Capítulo 4: A Sombra das Gêmeas

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As gêmeas pareciam se deliciar com o fato de Thammy se dar mal quase sempre. Ao sair do escritório da freira, elas decidem perturbar Thammy ainda mais.
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Ao sair do escritório da irmã Maria, Thammy caminhava lentamente pelos corredores do orfanato, sentindo-se mais desamparada do que nunca. As paredes frias e cinzentas pareciam apertar ao seu redor, intensificando sua sensação de isolamento. Com Caramelo firmemente abraçado contra o peito, ela tentava encontrar alguma forma de conforto.

Carla e Carol, como predadoras esperando o momento certo para atacar, estavam de prontidão. Elas pareciam se deliciar com cada fracasso e humilhação de Thammy, e não estavam dispostas a deixar a oportunidade passar.

— Então, Thammy, o que a irmã Maria disse? — perguntou Carla, com uma voz que pingava de falsa preocupação.

— Ela vai te mandar embora por ser tão inútil? — zombou Carol, acompanhada pela risada maliciosa de sua irmã.

Thammy olhou para baixo, sem coragem para responder. Ela sabia que qualquer palavra sua seria apenas mais combustível para as provocações.

— Vamos, bebê, fale alguma coisa! — insistiu Carla, empurrando-a levemente.

— Talvez ela esteja planejando fugir! — sugeriu Carol, em um tom de gozação.

Antes que Thammy pudesse reagir, Carla deu um passo à frente e tentou arrancar Caramelo dos braços dela.

— Me dá isso aqui! Um bebê grande não precisa de um ursinho de pelúcia! — disse Carla, puxando o ursinho com força.

Thammy segurou Caramelo com toda a sua força, mas a diferença de idade e de tamanho era evidente. Em um movimento brusco, Carla conseguiu arrancar o ursinho das mãos de Thammy.

— Não! Por favor, devolva! — gritou Thammy, sentindo as lágrimas começarem a brotar novamente.

Carol riu alto enquanto Carla segurava Caramelo no alto, fora do alcance de Thammy.

— Olhem só, ela realmente é um bebê chorão! — zombou Carol.

Desesperada, Thammy tentou alcançar o ursinho, pulando e estendendo os braços, mas as gêmeas se revezavam, passando Caramelo de uma para a outra, como se fosse um jogo cruel. As outras crianças, atraídas pela comoção, observavam a cena com olhares de curiosidade e indiferença.

— Isso é para você aprender a crescer! — disse Carla, finalmente arremessando Caramelo em um canto distante do corredor.

Thammy correu até o ursinho, pegando-o do chão e abraçando-o com força. As lágrimas escorriam livremente pelo seu rosto agora, e ela sentia como se o mundo estivesse desmoronando ao seu redor.

— Você nunca vai se livrar da gente, Thammy. Estamos sempre de olho em você — sussurrou Carol, com um sorriso cruel.

As gêmeas se afastaram, satisfeitas com a humilhação infligida, deixando Thammy sozinha no corredor. Ela sentou-se no chão frio, abraçando Caramelo e chorando silenciosamente. Cada soluço era um reflexo da dor e da desesperança que a consumiam.

Mesmo nas horas mais escuras, Thammy ainda tentava encontrar algum resquício de força dentro de si. Ela sabia que, de alguma forma, precisava resistir, mesmo que parecesse impossível. Mas, naquele momento, tudo o que ela conseguia fazer era chorar e desejar que um dia, de alguma forma, as coisas pudessem mudar para melhor.

Fim do Capítulo 4

O orfanato desafiador de ThammyOnde histórias criam vida. Descubra agora