Então, com Carol e Carla como babás, a vida de Thammy virou um inferno, pois ela não conseguia fazer nada sozinha e tinha que usar um vocabulário bem infantil, como se realmente fosse uma criança pequena. Quando tinha que ir ao banheiro, tinha que falar 'quero fazer pipi' e, ainda assim, não a deixavam ir ao banheiro, trocando as fraldas de Thammy no pátio do orfanato.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Nos dias que se seguiram, a vida de Thammy transformou-se em um verdadeiro pesadelo. Com Carla e Carol designadas como suas "babás", cada momento de seu dia era monitorado e controlado pelas gêmeas cruéis. Thammy não podia fazer nada sozinha, e qualquer tentativa de independência era imediatamente punida.
Logo de manhã, Carla e Carol acordavam Thammy com vozes exageradamente doces.
— Bom dia, bebezinha Thammy! Está pronta para mais um dia? — dizia Carla, com um sorriso que não alcançava os olhos.
— Hora de trocar a fraldinha antes do café da manhã! — acrescentava Carol, enquanto puxava Thammy para fora da cama.
Thammy, sentindo-se totalmente impotente, deixava-se ser trocada como um bebê, as lágrimas sempre presentes em seus olhos. Durante o café da manhã, as gêmeas continuavam a tratá-la como uma criança pequena, alimentando-a e falando com ela em um vocabulário infantil.
— Vamos, Thammy, abra a boquinha para o aviãozinho! — provocava Carla, enquanto segurava uma colher de mingau.
— Muito bem, bebezinha! Agora um golinho de suquinho! — ria Carol, segurando um copo com canudo.
O inferno não terminava ali. Durante as aulas, Thammy era obrigada a usar um vocabulário infantil. Sempre que precisava ir ao banheiro, tinha que pedir de maneira degradante.
— Irmã Maria, Thammy quer fazer pipi — dizia, a voz trêmula e os olhos cheios de súplica.
A resposta era sempre a mesma. A freira balançava a cabeça, com um olhar frio.
— Você tem suas fraldas, Thammy. Use-as.
Desesperada, Thammy não tinha outra opção a não ser fazer xixi na fralda. Carla e Carol, sempre alertas, faziam questão de anunciar o "acidente" para todos.
— A bebezinha molhou a fraldinha de novo! — gritava Carla, atraindo olhares e risadas.
— Hora de trocar! — acrescentava Carol, puxando Thammy para o centro do pátio.
A humilhação máxima acontecia quando as gêmeas trocavam a fralda de Thammy no pátio do orfanato, na frente de todas as crianças. Thammy deitava-se no chão frio, tentando se desligar da situação, mas as risadas e os comentários cruéis tornavam isso impossível.
— Vejam só, a bebê Thammy está sendo trocada! — zombava uma das crianças, provocando uma nova onda de risadas.
Thammy sentia-se mais humilhada e desprotegida do que nunca. Cada troca de fralda, cada palavra infantil dirigida a ela, era uma facada em sua dignidade. E o tormento não terminava com o fim das aulas. No dormitório, as gêmeas continuavam a tratá-la como uma bebê, forçando-a a brincar com brinquedos infantis e a dormir cedo, como uma criança pequena.
O ciclo de humilhação parecia interminável, e Thammy sentia-se cada vez mais perdida e desesperada. A cada dia que passava, ela ansiava por uma saída, por qualquer coisa que pudesse tirá-la daquele inferno. Mas, por enquanto, estava presa naquela realidade cruel, sem ver uma luz no fim do túnel.
Fim do Capítulo 14
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O orfanato desafiador de Thammy
Fiksi RemajaConta a história de uma garota chamada Thammy. Ela tem 10 anos, vive em um orfanato e divide o quarto com duas gêmeas de 15 anos insuportáveis. Thammy é recém-chegada ao orfanato e ainda faz xixi na cama sempre que tem pesadelos. As gêmeas decidem f...