Thammy, ainda tremendo de vergonha e humilhação, mal conseguiu comer o restante do seu almoço. A cena no refeitório havia deixado todos comentando e rindo dela, e a sensação de ser o centro de tanto escárnio era quase insuportável. Ela desejava poder desaparecer, mas sabia que não tinha para onde ir.
Quando finalmente conseguiu se levantar da mesa, Thammy tentou se dirigir ao dormitório, na esperança de encontrar algum refúgio. Porém, Carla e Carol, já satisfeitas com o espetáculo, estavam à sua espera. Assim que ela entrou no corredor do dormitório, as gêmeas a cercaram, suas risadas ecoando pelas paredes.
— Olha só quem está aqui! Nossa bebezinha do refeitório! — exclamou Carla, com uma voz carregada de sarcasmo.
— Você realmente se superou hoje, Thammy. Nunca vimos nada tão engraçado! — riu Carol, aproximando-se mais.
Thammy tentou ignorá-las e seguir em frente, mas as gêmeas a bloquearam, empurrando-a de volta contra a parede. Ela apertou Caramelo contra o peito, buscando conforto na única coisa que lhe trazia alguma paz.
— Onde você pensa que vai? — perguntou Carla, segurando Thammy pelo ombro. — Estamos apenas começando.
— É, Thammy. Achamos que você precisa de mais treinamento para se comportar como a bebê que é — zombou Carol, inclinando-se para ficar cara a cara com Thammy.
A garota sentiu as lágrimas ameaçando novamente, mas sabia que chorar só lhes daria mais satisfação. Tentou manter a compostura, mas as provocações eram incessantes.
— Talvez devêssemos ensinar você a pedir ajuda de verdade — disse Carla, com um sorriso maligno. — Que tal fazermos um jogo?
— Isso! Um jogo! — exclamou Carol, batendo palmas como se tivesse uma ideia brilhante. — Vamos fazer você repetir tudo o que dizemos, Thammy. E se você não fizer direito, vamos contar para a irmã Maria que você precisa de uma punição ainda pior.
Thammy balançou a cabeça, sentindo-se completamente impotente. Sabia que não tinha escolha a não ser obedecer, esperando que isso minimizasse a crueldade das gêmeas.
— Vamos começar — disse Carla, com um tom autoritário. — Diga: 'Eu sou um bebê e preciso de fraldas'.
Thammy hesitou, mas as gêmeas se aproximaram ainda mais, e ela sabia que resistir só pioraria as coisas.
— Eu... eu sou um bebê e preciso de fraldas — disse, a voz quase inaudível.
— Mais alto! — ordenou Carol.
Thammy engoliu em seco e repetiu, um pouco mais alto.
— Eu sou um bebê e preciso de fraldas.
As gêmeas riram, claramente satisfeitas.
— Muito bem, bebezinha. Agora diga: 'Por favor, Carla e Carol, me ensinem a ser uma boa bebê' — disse Carla, cruzando os braços.
Thammy sentiu uma nova onda de humilhação, mas obedeceu.
— Por favor, Carla e Carol, me ensinem a ser uma boa bebê.
As gêmeas continuaram a rir e fazer Thammy repetir frases humilhantes, cada uma mais degradante que a anterior. Thammy, segurando Caramelo com força, sentiu-se cada vez mais desamparada e vulnerável.
Após um tempo que pareceu uma eternidade, as gêmeas finalmente pareceram se cansar do jogo.
— Muito bem, bebezinha. Você pode ir agora — disse Carla, com um gesto de desprezo.
— Mas não se esqueça, Thammy, estaremos de olho em você. E se você não se comportar, a irmã Maria vai saber — acrescentou Carol, rindo.
Thammy assentiu, mal conseguindo segurar as lágrimas, e correu para o dormitório. Lá, finalmente encontrou um momento de solidão e desabou na cama, chorando silenciosamente enquanto abraçava Caramelo.
— Eu prometo que vou tentar ser forte, Caramelo — sussurrou entre soluços. — Eu vou encontrar um jeito de sobreviver a isso.
Fim do Capítulo 21
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O orfanato desafiador de Thammy
Fiksi RemajaConta a história de uma garota chamada Thammy. Ela tem 10 anos, vive em um orfanato e divide o quarto com duas gêmeas de 15 anos insuportáveis. Thammy é recém-chegada ao orfanato e ainda faz xixi na cama sempre que tem pesadelos. As gêmeas decidem f...