Capítulo 2

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 Ela entrou com a mala dela.

Eu: Hei, onde pensa que vai?

XX: Entrar... Eu preciso de um banho e estou com fome.

Eu: Mas...

XX: Eu aluguei essa casa, aqui está o recibo – me mostrou e era igual ao meu só que com o nome dela. Eu mostrei o meu pra ela. – Não vamos chegar a lugar nenhum assim. – eu suspirei. Lá se vai a tranquilidade das minhas férias.

Eu: Ok... Entra, toma um banho, vou arrumar o outro quarto pra você, e amanhã a gente resolve isso. Está frio, chovendo muito ai fora e está muito tarde também...

XX: Muito prazer, Natalie Smith.

Eu: Priscilla Pugliese. – a levei ao quarto de hospedes, era bem aconchegante. Peguei algumas toalhas pra ela, sabonete e um roupão meu. – Vou fazer algo pra gente comer.

Nat: Obrigada. – sorriu de leve e foi tomar banho. Eu troquei os lençóis e fui para a cozinha. Tinha levado algumas comidas congeladas, que eu costumava comprar quando estava em casa, era prático e ajudava quando não queria cozinhar muita coisa. Eu amava cozinhar, mas a minha correria nem sempre permitia. Peguei uma lasanha de queijo coloquei no forno, peguei a panela elétrica e cozinhei uma carne com vegetais. Coloquei a mesa, fui ver um vinho. E depois de uma hora ela veio com o cabelo levemente molhado e com um pijama quente. – Dignidade restaurada. - sorriu e eu ri. Que estranho, eu nem a conhecia, e se ela fosse uma maluca psicopata?

Eu: Me assustou.

Nat: Você também. Deve ter havido algum mal entendido com os caseiros. Enfim...

Eu: A gente resolve isso amanhã. Desculpa falar com você daquele jeito.

Nat: Tudo bem, também peço desculpas. – ficamos nos encarando um tempo, ela era linda.

Eu: O jantar logo fica pronto. Lasanha de queijo e carne com vegetais.

Nat: Que delicia.

Eu: Você bebe?

Nat: Muito – rimos. Fui pegar as taças e o vinho, a servi. – Obrigada. – tomou um gole. – Muito bom.

Eu: Sim, esse vinho é ótimo. Me diz, quem é você? Precisamos nos conhecer um pouco né, já que vamos dividir o mesmo teto essa noite.

Nat: Natalie Smith, sou advogada moro em São Conrado, não tenho muito o que dizer... Tenho 30 anos, moro sozinha e você?

Eu: Priscilla Pugliese, 29 anos produtora cinematográfica, moro na Barra da Tijuca, sozinha também.

Nat: Legal... Já quis ser atriz. Dizem que levo jeito. Fiz teatro um bom tempo.

Eu: E o que te fez ir para o Direito?

Nat: Sou justa, gosto de estar no controle. Minha meta é ser juíza estou estudando bastante pra isso.

Eu: Legal, isso é bom. Preciso ver o jantar já volto. – fui até a cozinha, tirei a lasanha do forno, a carne estava pronta também coloquei na travessa e coloquei na mesa. – Está pronto, vamos comer?

Nat: Vamos – pegou a garrafa de vinho e a taça dela e se sentou me servindo de mais vinho. A servi primeiro e depois me servi. – Nossa... Isso está muito bom.

Eu: Eu amo essa lasanha, eu compro de uma moça, que faz comidas congeladas e é uma mão na roda pra quem mora sozinha e chega tão cansada como eu. As vezes fico com preguiça de fazer tudo do zero então eu sempre tenho algo congelado. E a carne só temperei com os vegetais e coloquei na panela de pressão elétrica. Simples, mas mata a fome.

Nat: Está incrível. E eu estava com fome e exausta. – contei um pouco do meu trabalho pra ela e ela do trabalho dela. Ela era além de linda bem agradável, riso fácil. O que estava acontecendo comigo? – O que você faz aqui?

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