Capítulo 99

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Vamos para os últimos capítulos de mais uma história...

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NATALIE NARRANDO...

Eu estava dolorida, meu braço esquerdo formigava um pouco e eu não o levantava muito. A Pri estava comigo. Eu queria saber do meu filho, ele estava bem, estava na neonatal, mas estava bem. Eu sofri uma parada cardíaca, uma eclampsia e não consegui sair do respirador, e foi detectado que eu tive um acidente isquêmico transitório. Eu ficaria confusa uns dias, com afasia, mas logo eu ficaria melhor. Não ia poder amamentar meu filho por 15 dias, mas seria estimulada para que o leite descesse. Eu ia poder vê-lo a tarde, e depois dos exames fui para a semi intensiva. O obstetra viria conversar comigo junto com o neurologista mais tarde. Minha mãe já tinha chegado e a Pri ainda estava lá. Me trouxeram uma sopa, eu estava faminta. Priscilla tinha dito que a Ashley tinha sido presa, mas essa não era bem a verdade.

Eu: Como vai ser? O seu carro? O meu carro? O processo disso tudo? A Ashley vai a julgamento?

Pri: Amor, a gente precisa conversar sobre isso. – minha mãe sentou na poltrona do meu lado e a Pri sentou na cama. – A Ashley não foi presa.

Eu: Como assim? – fiquei confusa.

Pri: Ela está morta...

Eu: Como assim Priscilla? – assustei.

Pri: Depois da sua cirurgia e de ver nosso filho eu tive que ir para a delegacia prestar meu depoimento. Eu tenho uma copia dele depois se quiser ler e a policia vai querer te ouvir assim que possível. Eu passei depois disso por um teste de balística no IML, e eu não estava entendendo porque eu não tinha tocado em nenhuma arma, não sei atirar e nem tenho arma, nem mesmo na sua que fica no seu cofre lá em casa eu jamais coloquei a mão. Eu fiquei esperando sair o resultado sem entender do que se tratava, afinal ela atirou contra o carro e aqueles caras também. A Ashley não morreu porque eu a atropelei, ela morreu por causa de dois tiros na cabeça – ela assustou - Foi quando confirmaram com a pericia da balística que não foi eu quem atirou nela. Aqueles dois homens atiraram nela. Eles queriam uma confirmação exata para não dar margem para que eu ficasse presa e esperando por um julgamento como suspeita.

Mãe: É filha... Quando o comboio da policia chegou lá, os primeiros que chegaram ouviram dois tiros, eles tinham acabado de atirar nela. E temos quatro policiais que estiveram com a Priscilla antes dos tiros acontecerem que foi quando o comboio encontrou com ela no caminho e dois carros pararam e ela contou o que houve e um deles a escoltou até aqui. O laudo da pericia forense saiu no dia seguinte, e a morte dela foi ocasionada pelos tiros. Ela quebrou a perna, o braço e deslocou o quadril na queda pelo atropelamento, ficou inconsciente pela queda, mas não foi isso que ocasionou a morte dela, dado também a circunstancia de que ela não estava tão longe dela para o atropelamento ser numa pancada tão forte a ponto de mata-la. Agora a Priscilla vai responder sim ao processo, mas por ter agido em legitima defesa sem intenção de matar e para salvar a família.

Eu: A Ashley saiu de vitima nisso então?

Mãe: Não. As vitimas são vocês. Ela morreu porque fez merda. Escolheu os companheiros de crime errados. Os dois estão presos, confessaram, foram presos em flagrante, a mãe dela foi presa também.

Eu: Que loucura... – suspirei. Conversamos sobre e eu cochilei um pouco, estava sonolenta. Logo que acordei a fisioterapeuta veio me colocar de pé. Foi um pouco cansativo, mas fizemos meia hora de exercícios. Depois disso me colocaram numa cadeira de rodas e eu pude ver meu filho. A Pri me deu uma máscara, não podíamos entrar sem máscara lá. Nós lavamos as mãos e entramos.

Graziela: Oi... Olha nós aqui de novo – sorriu.

Eu: Pois é...

Graziela: Mas dessa vez vai ser breve. Ele está bem, ainda usando o oxigênio, mas logo vai poder ficar com você no quarto viu. Fez exames hoje está tudo normal. Estamos só ajudando os pulmões dele, o cérebro dele com o oxigênio. – ela abriu a incubadora e o pegou, a enfermeira veio com uma mantinha. Ela me deu ele.

Eu: Oi filho, bem vindo amor da mamãe, você é a minha cara – ri. – Que tanto de cabelo filhinho... – o beijei. – Te amo minha vida. Te amo muito. Você é muito lindo meu amor... – fiquei meia hora com ele ali, a Pri o pegou também. Ele ia ficar mais dois dias na neonatal e ia poder ficar comigo. Eu ia sair da semi intensiva a noite e ia para o quarto. Ele ia poder ir pra casa comigo. O delegado foi falar comigo no dia seguinte. Contei o que aconteceu, assinei o meu depoimento, eu não responderia por nada, mas precisaria dar depoimento. Eu tive acesso ao meu depoimento, ao da Priscilla, da mãe da Ashley e daqueles homens. O réveillon chegou, e eu passei no hospital. A minha sogra ficou com nosso filho e eu a Pri passamos no hospital com o Bernardo. Quando deu meia noite brindamos com suco.

Pri: Feliz ano novo amor... que nosso ano seja incrível, te amo muito. – nos beijamos.

Eu: Feliz ano novo... Que sejamos cada vez mais felizes e muita saúde para nós e para os nossos filhos. – brindamos... – Te amo...

Pri: Feliz Ano novo filho, muita saúde pra você, a mamãe te ama muito – o pegou e o beijou. Eu fiz o mesmo. Era um novo ano. Era uma nova vida... A tarde minha sogra chegou com o Noah, pra conhecer o irmãozinho, ele ainda não tinha conhecido. – Oi filho... Como você está lindo com essa roupa – ele foi para o colo dela. – Te amo, feliz ano novo filhinho. – ele encarou a Natalie com o Bernardo no colo.

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