Capítulo 61

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Luana: Dona Natalie, dona Priscilla, quero recomendar uma mamadeira pra ele.

Eu: Não precisa chamar a gente de dona tá? Pode chamar de Natalie e Priscilla e nos tratar por você. Não precisamos dessa formalidade ok? E eu achei o bico dessa mamadeira muito grande.

Nat: E ele demorou um pouco pra mamar.

Luana: Então... No hospital, eles usam copinho, ou uma mamadeira que tem uma colher na ponta, normalmente fazem isso quando a mãe amamenta, para a criança não confundir os bicos. Mas como ele mama formula e ele é prematuro podem comprar outra que ele vai pegar melhor, ele é muito pequeno. Tem a da Avent pétala nível 1, ela é para recém nascidos, de 125 ml. E tem a Chicco chamada Step Up de 150 ml para recém nascido também.

Eu: Ele ganhou dois kits dessas duas marcas. Onde estão Natalie?

Nat: Acho que estão no armário da cozinha – eu fui até lá e ainda estavam na embalagem.

Eu: Olha só, são as que você falou. Temos 3 de cada.

Luana: Ótimo. Tem um esterilizador de mamadeiras?

Nat: Sim...

Eu: Temos?

Nat: Temos, minha mãe comprou. Da Avent. Um dos kits de mamadeira foi ela que deu.

Eu: Obrigada minha sogra.

Luana: Obrigada mesmo porque uma mamadeira dessas é quase 100 reais e esse kit é uns 400 reais.

Eu: Obrigada de novo sogra. E a gente comprou um kit em Miami também, nossa amiga trouxe pra gente. – rimos. Ela nos explicou algumas coisas, como coloca-lo em certas posições para facilitar para ele arrotar, para aliviar cólicas, ela era muito educada, solicita, gentil, paciente. A gente tirou umas mil duvidas com ela. Natalie deu o banho da noite, o trocou, eu dei a mamadeira fiz a inalação e o fiz dormir. – Boa noite meu príncipe, a mamãe te ama. Durma com os anjinhos a mamãe vai estar aqui do lado tá. – beijei a cabecinha cheirosa dele. – Eu amo esse cheirinho.

Nat: Boa noite amorzinho... Te amo. – o beijou. Eu o coloquei no berço dele, a enfermeira ligou o oxigênio como a médica pediu e coloquei nele. A gente saiu do quarto.

Eu: Luana, fique a vontade, você está em casa. O quarto de frente está arrumado para você a câmera da babá eletrônica está ligada e funcionando. Ela tem som e imagem colorida e noturna. A TV tem vários canais disponíveis fique a vontade. A geladeira está abastecida, os armários também, coma o que quiser e quanto quiser ok?

Nat: Isso... Tem refrigerante gelado, se não tiver, na geladeira pega na despensa, tem suco, tem tudo. Fique a vontade. E qualquer coisa nos chame.

Luana: Ok, obrigada. Boa noite.

Eu: Boa noite.

Nat: Boa noite. fomos para o nosso quarto fizemos nossa higiene e nos deitamos. Estávamos cansadas, porque não dormimos nada na noite anterior, e o dia foi bem intenso. Dormimos cedo. – Boa noite amor, te amo.

Eu: Boa noite, te amo. – acordei por volta de 3 da manhã com o pequeno chorando. Eu levantei a Natalie ia levantar junto. – Pode dormir amor eu vou lá.

Luana: Pronto, a gente já está colocando uma fraldinha limpa e o seu mama já está aqui prontinho, calma... Não precisa ficar bravo – ela fala com ele com muita doçura.

Eu: Oi – sorri entrando no quarto.

Luana: Temos um gargantinha de ouro aqui... – sorriu.

Eu: Eu amo ouvir esse choro. Ele demorou mais de dois meses pra chorar pela primeira vez. – eu passei o álcool nas mãos e o peguei. – Deixa que eu dou. – me sentei na poltrona, ela me deu a mamadeira e eu dei a ele. – Pronto filho... O mama chegou. Agora vamos mamar bem gostoso e dormir de novo.

 Agora vamos mamar bem gostoso e dormir de novo

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Luana: Ele tem o soninho bem tranquilo. Tem bebês que tem síndrome de abstinência que dormem muito mal a noite.

Eu: Já trabalhou com casos assim?

Luana: Já. Era uma garotinha, linda. Inclusive ela passou pelos mesmos procedimentos que o Noah. Mas a síndrome dela foi muito pior, a mãe usava crack e uma forma da cocaína separada, não me lembro mais do nome que ao invés de cheirar, ela fumava. Ela era uma criança que você chorava com ela. O choro dela era estridente, ela berrava tanto que doía nossa cabeça, que dava desespero, ela tremia muito, suava demais, bocejava o tempo todo, tinha muitos distúrbios gastrointestinais. Ela teve a forma mais grave durou 8 meses. Quando passou, ela era outra criança. Mas o período que ela vivia com a síndrome foi muito sofrida pra ela. O Noah tem o choro gritado, ele boceja bastante, ele treme as mãozinhas também já havia reparado?

Eu: Sim. Eu reparei quando ele saiu da neonatal ai a Graziela nos explicou.

Luana: Acredito que em um mês ou pouco mais ele não tenha mais os sinais.

Eu: Espero que sim. – ele terminou de mamar o fiz arrotar do jeito que ela ensinou e ele arrotou rapidinho. Eu o coloquei no berço e fui dormir. Eu acordei as sete da manhã era a hora que a Luana ia embora. O pequeno estava dormindo, ela desceu, tomou café da manhã e foi embora. Logo a Natalie desceu e eu tomei café com ela. O pequeno acordou, ela subiu para trocá-lo e eu fiz a mamadeira dele. Logo ela desceu com ele. – Oi carinha amassada da mamãe. – o cabelo arrepiado. Dei a mamadeira pra Natalie. A Edna ficou apaixonada por ele e emocionada também por ele estar em casa. A Natalie tinha uma série de audiências aquela semana, era algo muito importante e eram todas a tarde. Ela ainda não podia pegar licença maternidade porque o Noah ainda não era o filho dela legalmente. Ela foi trabalhar depois do almoço e eu fiquei sozinha com o pequeno, mas meu reforço estava chegando. Era minha mãe, que tirou a semana de folga para me ajudar com ele durante o dia. Isso mesmo... Dona Patrícia tirando folga para me ajudar com o meu filho. Ela chegou lavou as mãos passou álcool e tirou os sapatos, e já foi pegá-lo.

Mãe: Oi príncipe da vovó, Deus te abençoe e te guarde meu amor... Dormiu bem essa noite?

Eu: Fala pra vovó que você acordou só um vez filho, e acordou as 8 horas da manhã prontinho pra começar seu dia. Que você é muito bonzinho.

Mãe: Você é um amor meu pitico.

Eu: Ele precisa fazer inalação agora mãe, toma... Só segurar na frente do rosto dele. – ela ficou fazendo a inalação, contei a ela do caso da senhora no dia anterior, ela pediu o endereço pra ela ajudar um pouco mais essa senhora. A babá da tarde que contratamos desistiu do emprego, porque ela arrumou um outro com uma famosa e decidiu ir. A gente precisava contratar outra, mas por hora vamos cuidar dele sozinhas durante o dia, e a enfermeira só a noite. E a enfermeira do final de semana também pegou outro trabalho que pegaria um dos dias que é a sexta feira, então achamos melhor não fechar pra não ter conflito com o outro trabalho dela, e teríamos a Luana de segunda a quinta e de sexta a domingo cuidaríamos do Noah a noite toda em tempo integral. A Luana falou da importância de não deixa-lo dormir no escuro durante o dia, de manter o ambiente claro para ele acostumar, senão ele ia trocar o dia pela noite. Ela estava nos ensinando muito. Aquela semana foi vencida com dificuldades, mas foi vencida. Natalie e eu estávamos exaustas, mas era um cansaço bom. 

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