A Casa do Lago - Onde tudo começou...

Capítulo 43

Eu: Oi amorzinho... É a mamãe filho... A vovó veio te ver não é? Você gostou dela amor? Acho que ela está apaixonada por você. – fazia carinho nele.

Graziela: Olá...

Eu: Olá...

Graziela: Vamos as noticias desse pequeno lutador?

Eu: Vamos...

Graziela: Ele fez muito coco ontem e hoje e isso é ótimo. Ele ainda não respira completamente sozinho, a icterícia dele passou, ele ganhou 200 gramas, o ritmo cardíaco dele está melhor também. Ele cresceu 1 centímetro, agora ele tem 40 centímetros. E ele tem olhos verdes escuros acredito que ficará castanho. Ele abriu os olhinhos hoje cedo.

Eu: Que bom. Noticias boas...

Graziela: Noticias ótimas. Ele está se mantendo bem no suporte respiratório sem precisar voltar para intubação o que é raro no caso dele. Ele está lutando muito. Já aplicamos algumas vacinas nele. – conversamos bastante, fiz fotos dele pra mandar pra Pri. Chegando em casa eu mandei as fotos dele pra Pri e ela logo fez uma chamada de vídeo comigo.

Eu: Oi amor...

Pri: Oi... – sorriu – Ele está lindo amor.

Eu: Uma amorzinho não é? Ganhou 200 gramas, cresceu 1 centímetro. – dei todas as notícias, menos da mãe dela. Achei melhor falar disso pessoalmente.

Pri: Isso é muito bom.

Eu: Está com a carinha cansada. Está trabalhando muito?

Pri: Estou exausta amor... Mais três dias e eu vou pra casa. Estamos acabando as gravações aqui, estou dormindo pouco, mas está indo bem, estamos fazendo muitos progressos.

Eu: Isso é bom amor. Logo estará de volta. Estou com saudades.

Pri: Eu também, estou com muita saudade de você. – conversamos um bom tempo e desligamos. Fiquei pensando na minha conversa com a Patrícia e espero de verdade que ela tenha sido sincera e realmente esteja mudando. Isso era importante pra Priscilla e isso era importante para o Noah também. Ter uma família unida, que o cercaria de amor, de carinho, de cuidado, e isso era tudo que a gente estava buscando. 

PRISCILLA NARRANDO...

Eu precisei viajar a trabalho e passar o dia das mães fora do Rio. Era meu primeiro dia das mães. Acordei chateada, pensei em mandar mensagem pra minha mãe, mas não mandei. Mandei mensagem pra Natalie, ela já é mãe do meu filho. Ela me mandou um café da manhã especial no hotel fiquei muito feliz. Eu vou pra casa em alguns dias, e ela está cuidando do Noah, de me passar os boletins, de me enviar fotos. Meu filho saiu do respirador e está com auxilio de oxigênio e isso era incrível pra ele. No dia das mães a Nat foi lá tirou fotos dele, e tinha uma dele com os olhinhos abertos. Eu chorei tanto. Meu filho era lindo. Cresceu 1 centímetro e ganhou 200 gramas. Natalie foi na casa também e estava em processo de decoração e de jardinagem. Eu vou pra casa no dia 15 quando acabam as gravações. Natalie foi me buscar no aeroporto no dia 15, era sexta feira duas e meia da tarde.

Eu: Oi – sorri.

Nat: Oi – me deu um selinho e me abraçou. – Saudade de você.

Eu: Eu também estava morrendo de saudade. – ficamos um tempo abraçadas.

Nat: Vamos pra casa?

Eu: Estou louca por um banho e para ver meu pequeno.

Nat: Vamos... – fomos para o carro dela e fomos pra minha casa. Era ótimo estar em casa. Tomei um longo banho, lavei meu cabelo, tomei café com ela e fomos ao hospital. Quando cheguei lá tinha uma pessoa com ele... Eu assustei muito quando vi quem era.

Eu: O que ela faz aqui? Quem a deixou entrar?

Nat: A doutora Graziela. Eu a encontrei aqui no dia das mães. Ela estava lendo uma história pra ele, fazendo carinho. – me deu o celular dela. Ela filmou e tirou fotos. Ela me tirou dali e fomos para um lugar mais afastado.

Eu: O que ela está fazendo aqui Natalie? O que ela quer com meu filho? – falei nervosa. Me senti ameaçada.

Nat: Nosso filho... Ela está muito ligada a ele Priscilla. A gente conversou muito depois disso. Ela ama o pequeno.

Eu: Ah ela ama ele? Mas odeia a mãe dele... Isso é uma piada por acaso?

Nat: Priscilla, de alguma forma o Noah mudou totalmente o pensamento da sua mãe sobre muitas coisas... Conversa com ela primeiro antes de julgar.

Eu: Não quero ela perto de nós e nem dele para julgar absolutamente tudo, porque ela já faz isso a 9 anos Natalie. O meu filho merece ter paz na vidinha dele e não uma pessoa que se acha dona do mundo e da verdade absoluta. – falava nervosa. – Ela nem no meu casamento foi. Ela me criticou no natal e nunca me pediu desculpas por nada, porque eu vou querer tê-la na minha vida? – eu estava nervosa, e acho que estava tendo uma crise de ansiedade.

Nat: Amor, calma...

Eu: Calma nada Natalie... Ela foi um monstro comigo todo esse tempo, o que mudou agora?

Nat: O Noah. Aproveita isso amor... Conversa com ela. Ela conversou comigo de forma que ela nunca fez. Ela sente culpa... Aquele menininho ali a fez olhar para todas as culpas dela.

Eu: Meu filho não é centro de reabilitação.

Nat: Priscilla... Calma... Por que criar guerra? Ela não está fazendo mal a ele. Seja racional Pri, está colocando sua mágoa por ela em cima dele. Ela não está lá maltratando ele, ela não está fazendo mal a ele, ela senta lá, conta uma história, faz carinho, pergunta como ele está, se ele precisa de algo, o que pode ser feito pra ele ficar melhor. Ela pode ter sido uma merda pra você, mas ela está tentando.

Eu: Eu vou pra casa... – sai andando e fui para o estacionamento.

Nat: Não, você vai ver nosso filho. Espera ela sair... Para com isso. Você está agindo como ela a um tempo atrás. – entrei no carro e fiquei lá em silencio. Depois de 15 minutos ela saiu sorrindo falando no telefone.

Patrícia: Ele está lindo Roberto, ele olhou pra mim, segurou meu dedo. A médica falou que ele está evoluindo bem dentro do esperado. Hoje eu li a história do João Pé de Feijão. Lembra que a Priscilla amava essa história? Ele ficou me olhando por tanto tempo... – entrou no carro dela e logo foi embora. Eu deixei cair uma lágrima ouvindo ela falar. Ela estava feliz. Por que ela não pode ser assim comigo?

----------------------

A Priscilla sente muito a falta da mãe dela né?!