Logo a Natalie chegou e eu fui acometida por um sentimento que eu não conseguia explicar.
Pai: Você tem uma visita. – ela se aproximou e eu comecei a chorar muito.
Nat: Calma...
Eu: Natalie... Que bom te ver. – chorava muito.
Pai: Filha precisa se acalmar. – os aparelhos apitavam. Ele chamou uma enfermeira e ela me deu um remédio para me tranquilizar e pediu para a Natalie sair do quarto. Ela estava assustada, eu não sabia o que eu estava sentindo, mas vê-la foi uma sensação de alivio, de medo, de muitas coisas que não consigo nomear. – Filha precisa se acalmar. A Natalie está muito preocupada com você.
Eu: Ela está viva pai... – soluçava.
Pai: Sim filha, ela está viva. Ela se feriu, mas ela está viva. Ela quebrou o braço, alguns dedos do pé, algumas costelas, mas ela está viva. Ela foi embora a alguns dias já. Está na casa dela se cuidando, e estava ansiosa pra te ver. Fica calma minha filha... – eu fui me acalmando.
Eu: Ela foi embora?
Pai: Não. Ela está lá fora esperando você se acalmar para entrar.
Eu: Pode pedir pra ela entrar...
Pai: Eu vou pedir, mas precisa se acalmar. Está tudo bem, ela está ótima, você está se recuperando.
Eu: Tá... – ele saiu e logo ela entrou. Ela usava uma tipoia, e uma bota ortopédica.
Nat: Oi... – sorriu. Ela tinha chorado.
Eu: Oi... Que bom te ver... – deixei as lágrimas caírem e ele me deu um beijo.
Nat: Eu estou bem... Você vai ficar bem. Eu estou aqui... ok?
Eu: Tá... Eu quero ir pra casa.
Nat: Você vai amor, assim que você estiver bem pra isso ok? – eu me sentia tão bem com ela. Ela me contou tudo que aconteceu, me mostrou vídeos, as fotos. Ela foi embora duas horas depois. Eu fui para o quarto na manhã seguinte, e quando sai do banho minha mãe estava lá. Eu suspirei.
Mãe: Que banho demorado é esse?
Eu: Bom dia pra você também mãe... – falei já irritada.
Mãe: Eu não tenho a manhã toda pra ficar aqui. – a arrogância de sempre.
Eu: Como se eu tivesse te chamado aqui né? – falei já perdendo a paciência.
XX: Me desculpe dona Priscilla – a enfermeira falou e olhou pra minha mãe. – Se a senhora não sabe, sua filha está operada. No peito e no abdome. Ela passou oito dias em coma, e agora que ela está saindo da cama e tomando um banho de chuveiro. Lavando o cabelo, tirando o sangue do cabelo desde o dia do acidente. Isso leva tempo e é o tempo dela. Se a senhora tem mais o que fazer do que cuidar da sua filha acidentada, pode ir cuidar da sua vida, que aqui tem gente suficiente cuidando e muito bem dela. – Eu quase dei um gritinho tipo quinta série.
Eu: A senhora ouviu... Eu preciso me trocar, com calma, se quiser esperar lá fora ou voltar depois. – ela pegou a bolsa dela e saiu irritada sem dizer nada.
XX: Sinto muito...
Eu: Tudo bem, você foi ótima.
XX: E não adianta ela ir reclamar com o chefe, porque ele nos autoriza a responder assim. Tem pessoas que vem aqui e não tem o menor carinho e cuidado com os pacientes, com os familiares, já vimos situações muito desumanas, e se a família não respeita, a gente respeita e a gente defende. Leve o tempo que precisar para tomar seu banho, para se vestir para tomar seu café, para almoçar e jantar. Estamos aqui para ajudar no que for preciso.
Eu: Obrigada, por tudo. – eu me vesti, sentei na poltrona, meu café já tinha chegado. Eu comecei a tomar meu café quando minha mãe entrou. Ela tinha ficado de fora esperando muito a contra gosto mas ficou esperando.
Mãe: Como você está? Pedi a Sônia para arrumar seu quarto lá em casa quando você sair daqui você vai pra lá. – falou muito séria e seca como sempre.
Eu: Eu estou me recuperando mãe. E muito obrigada, mas eu prefiro ir pra minha casa. Eu contrato uma enfermeira e eu vou sobreviver.
Mãe: Pra sua casa ou pra casa daquela mulher que você sofreu o acidente?
Eu: E o que você tem com isso mãe? E é pra minha casa mesmo. – falei já irritada.
Mãe: Eu já ofereci dinheiro pra ela sumir da sua vida agora estou aguardando o preço dela – mexia no celular.
Eu: O que? Você fez o que? Você é inacreditável mãe... Vai embora daqui vai... Não precisa voltar ok? Faz esse favor pra mim.
Mãe: Você é quem sabe. – ela saiu. Como ela podia ser assim? Eu terminei meu café da manhã, meu pai logo chegou falei pra ele da mamãe e ele estava furioso. Notei meu pai bem cansado quando falei da mamãe. Sinto que se a mamãe não mudar, esse casamento deles não vai longe.
Pai: Trouxe outro telefone pra você – me deu uma caixa da Apple. – O seu ficou destruído.
Eu: Eu imaginei mesmo. Mas está tudo salvo na nuvem. É só fazer backup. – eu liguei o novo telefone coloquei meus dados comecei o backup da nuvem ia demorar bastante. Logo trouxeram meu almoço, estava melhor a minha comida, minha dieta tinha mudado. O médico veio me ver depois e disse que eu estava bem, que em cinco ou sete dias eu iria pra casa. Conversei com a Natalie no fim da tarde por vídeo chamada por um bom tempo. Ela sentia dores no corpo então ela não foi me ver. Nos dias seguintes ela ia me visitar rapidamente, acho que ela estava com medo de encontrar minha mãe. Natalie parecia um pouco triste também. Depois de 7 dias recebi alta, e meu pai foi me buscar. Meu pai arrumou uma cozinheira e uma faxineira pra mim. Eu não ia precisar de enfermeira, mas precisaria fazer as coisas com mais cuidado. A Natalie foi pra minha casa no fim da tarde. Ela tinha tirado a bota ortopédica, as escoriações estava sumindo.
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A Casa do Lago - Onde tudo começou...
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 29 anos sou produtora cinematográfica e moro na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Amo o meu trabalho mais que tudo e nunca tive muita paciência para relacionamentos. Eu me envolvi com Ashley McLag, ela tem...