A Casa do Lago - Onde tudo começou...

Capítulo 90

Pri: Eles estão falando com ela devem estar a uns 200 metros daqui. Vamos para o carro e a gente trava as portas. Eles podem atirar a vontade o carro é blindado. – ela colocou o Noah na cadeirinha e jogou a bolsa dele no banco de trás. Me ajudou a levantar e a ir para banco de trás também. Ela pegou a minha bolsa no meu carro e a chave do meu carro e entrou correndo no carro travando as portas.

XXX: VOCÊ É IDIOTA??? POR QUE NÃO PEGOU AS CHAVES DOS CARROS? – gritou com o outro cara.

Ashley: Priscilla... Abre essa porta e me dá meu filho ou eu atiro em você. – apontou uma arma. Ela ligou o computador de bordo do carro dela e digitou uma mensagem rapidamente. "Fomos sequestradas com nosso filho. Antigo galpão Neo da mãe de Ashley na estrada Rio Niterói. Natalie em trabalho de parto. SOS."

Pri: Tenta, vagabunda... – a Pri tinha se transformado ali. Ela estava tão segura, ou aquilo tudo era uma grande proteção.

Eu: Pri, eu não estou me sentindo bem...

Pri: Aguenta mais um pouco amor, eu sei que é difícil, mas precisa aguentar mais um pouco. – a Ashley andou para frente do carro e apontou a arma para a Priscilla.

Eu: Ela vai atirar...

Pri: E ela vai morrer.

Eu: Priscilla o que você vai fazer? – eu estava desesperada.

Ashley: SAI DESSE CARRO COM MEU FILHO AGORAAAA... – berrou e o Noah chorava.

Eu: Calma filho a gente já vai pra casa. – ela veio na direção da janela.

Ashley: Não me obriga a atirar em você Priscilla... Eu não vou me importar em atirar em você pra matar porque eu deveria ter feito isso quando a gente ainda era casada... Eu só quero meu filho, só me entrega meu filho.

Eu: Priscilla... Pelo amor de Deus.

Pri: Eu só preciso que ela dê o primeiro tiro. - falou baixo - O Noah tá preso na cadeirinha?

Eu: Está. – ela deu um tiro no vidro da Pri me fazendo gritar. Quando ela foi pra frente do carro atirar de novo a Pri ligou o carro. O tiro falhou e ela deu ré e a Ashley tentou atirar de novo e a Pri acelerou a atropelando com toda força. Ela rolou pelo para-brisas e por cima do carro e caiu atrás. Os caras atiraram no carro, mas acertou o vidro e não conseguiram atingir os pneus. Priscilla rapidamente ganhou a rodovia e ela ultrapassou todos os sinais vermelhos que ela viu. Eu sentia muita dor, minha cabeça doía demais, Noah não parava de chorar. – O que você fez? Ela pode ter morrido Priscilla... – falei apavorada.

Pri: Antes ela do que a gente Natalie. Eu esperei ela atirar primeiro. Se ela morrer, ótimo... Bom para nós e para o mundo e foi legitima defesa. Ela atirou pra me matar. E os caras também. Carro a gente compra outro. Eu não ia colocar vocês em risco, não compramos carro blindado atoa. – falava nervosa... - CALA A BOCA NOAH... CHEGA... PARA DE CHORAR... – berrou com ele e ele fez silencio na hora.

Eu: Pri... – minha voz saiu num sussurro. Ela apertava o volante com tanta força, ela estava no automático e na adrenalina. Alguns carros de policia apareceram no sentido contrário e a fechou. Ela abriu a porta e desceu...

XX: Senhora recebemos a informação de sequestro vindo desse carro.

Pri: Minha ex mulher mandou me sequestrar e sequestrar minha esposa e meu filho. Fomos levadas para um galpão da mãe dela, desativado, o galpão da Neo. Ela tem um avião que a mãe dela arrumou no campo de marte para ela fugir para Portugal com meu filho. Os caras que nos colocou nos nossos carros, saíram para falar com ela, porque parece que ela não foi honesta com eles, então eu aproveitei a brecha e coloquei minha esposa e meu filho no carro. Minha esposa está em trabalho de parto a bolsa rompeu preciso leva-la ao hospital. O carro dela ainda está lá. – pegou a chave e deu a ele.- Ela atirou para me matar, mas meu carro é blindado. Os homens também atiraram e eu a atropelei. Não sei se ela está viva ou morta, mas eles tentaram nos matar principalmente ela. Eu preciso levar minha esposa para o hospital agora. – falava muito rápido.

XX: Um carro vai te acompanhar e nós vamos até o galpão. – ela entrou no carro e dirigiu até o Copa Star. Um policial desceu na frente e logo uma equipe veio me pegar, eu não conseguia falar mais nada, minha cabeça doía muito. Vi um policial pegar meu filho no carro e o niná-lo. Ele tinha voltado a chorar, mas eu não ouvia o choro dele. A Pri falava rapidamente com um médico e ele gesticulava para ela apontando para a recepção. Estava tudo em câmera lenta e praticamente sem som para mim, era uma sensação horrorosa de sentir. Me levaram para uma sala de atendimento e a ultima coisa que eu ouvi foi que eu precisava de uma cesárea de emergência que meu filho estava em sofrimento e precisavam de uma incubadora e de um médico da uti para cuidar de mim porque poderiam me perder. Meu coração disparou quando ouvi essas ultimas palavras, eu não queria morrer, eu não queria deixar meus filhos e minha esposa. E tudo se apagou...