A Casa do Lago - Onde tudo começou...

Capítulo 26

NATALIE NARRANDO...

Eu passei a semana bem triste. Minha irmã estava ainda mais homofobica comigo e me mandando mensagens ofensivas diariamente. Notei no Instagram dela que meu ex marido estava comentando em tudo que ela postava e comecei a suspeitar daquilo. Eu recebi uma carta da justiça para oficializar meu divórcio. A Pri saiu do hospital eu estava feliz com isso. Foram sete dias no quarto e ela finalmente saiu do hospital. A gente conversou muito sobre meu ex marido, minha irmã, sobre a mãe dela também. A gente estava sendo muito transparente uma com a outra. Inclusive sobre o que sentíamos uma pela outra. Eu estava apaixonada por ela e era reciproco. No dia seguinte fui até a minha advogada para assinarmos tudo. Ian chegou pouco antes de mim. Eu não olhei na cara dele. Entramos na sala da minha advogada, ela leu tudo que tinha que ser lido, tudo que eu já sabia que ficaria pra mim que ele já tinha enviado pra mim em dinheiro. Assinei tudo, ele também. Eu a agradeci e sai antes dele. Fui para o meu carro e chorei de raiva, eu tinha tanta raiva dele que meu choro na verdade era vontade de socar a cara dele. Qual o problema de ter terminado tudo e não ter me feito ir até a igreja na frente de todos os nossos convidados e simplesmente não aparecer? Fui para a praia caminhei um pouco e me sentei na areia. A Pri me ligou e eu cancelei e mandei uma mensagem dizendo que eu estava bem e iria a casa dela pra gente almoçar. Meu celular vibrou era mensagem e era mensagem do meu irmão.

Natalie, eu preciso que saiba de uma coisa. Vou te enviar umas fotos que recebi de um colega. Eu enviei pra mamãe e ela disse que eu deveria enviar para você.

Foto...

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Foto...

Foto...

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Quando eu abri meu coração quase explodiu.

Era a minha irmã aos beijos com o Ian meu ex marido. Aquelas fotos não eram de hoje... Aquelas fotos eram do dia do meu casamento. Ela estava com o vestido que ela usou no meu casamento. Eu não estava acreditando no que eu estava vendo. Eu comecei a chorar, meu peito doía. Eu estava tão decepcionada e com tanta raiva dela. Eu levantei da areia e fui para o meu carro. Tirei a tipoia pra dirigir e fui pra casa da Priscilla. A cozinheira dela, que abriu a porta pra mim. Seu nome é Ana.

Ana: Tudo bem dona Natalie?

Eu: Não. Mas vai ficar. A Pri?

Ana: Está no quarto dela. – eu fui até lá.

Pri: Oi amor, tomar banho está ficando mais fácil e menos cansativo... – ela me olhou – O que foi? O que aconteceu? – eu a abracei e solucei copiosamente. – O que foi?

Eu: Você não vai acreditar... Ou melhor... Você vai... – desbloqueei meu celular e dei na mão dela.

Pri: Meu Deus... Essa é a sua irmã com o seu ex marido? – arregalou os olhos.

Eu: Sim... É... – sequei meu rosto.

Pri: Os dois estão bem vestidos... Quando essas fotos foram tiradas?

Eu: No dia do meu casamento. Ela estava com esse vestido na cerimonia que não aconteceu. – falei chorando com raiva.

Pri: Oh meu Deus... Ela era o caso dele... Ele desistiu do casamento por ela?

Eu: Ao que tudo indica sim. – solucei.

Pri: Está triste por ele ter desistido por ela?

Eu: Estou... Mas estou mais triste ainda por ela ser minha irmã, e me odiar tanto a ponto de ficar com o meu noivo. Tem que ser muito ruim pra fazer isso.

Pri: É verdade. O que pretende fazer?

Eu: O que eu posso fazer amor? Nada... Eu não posso fazer nada. Eu não quero fazer nada. Eu quero que ele morra, eu quero que minha irmã se exploda. Eu odeio a Emilly, eu definitivamente virei a chave e agora eu odeio a minha irmã. Ela me odeia, sempre deixou isso claro e agora ela desceu tão baixo que eu não consigo sentir nada além de desprezo por ela e é isso. Chega... – ela me abraçou.

Pri: Tudo bem... – eu amava isso na Pri, como ela me respeitava, como ela me apoiava e apoiava todos os meus sentimentos e me deixava lidar com aquilo respeitando meu espaço. Logo a Ana bateu na porta nos chamando para almoçar. – Vamos comer? A Ana fez uma comidinha bem gostosa. Se ela continuar cozinhando assim, em um mês eu não passo na porta mais. – riu e eu ri com ela e a beijei.

Eu: Obrigada por ser tão maravilhosa comigo, por entender como isso tudo me machuca, entender o viés disso tudo em mim e que não diz respeito ao que eu sinto por você, mas o que foi feito comigo como mulher e como irmã. – a abracei de novo.

Pri: Estarei aqui sempre ok? Eu entendo o que você está sentindo e eu te respeito e respeito esse momento. Isso vai passar, e eu ficaria igual se fosse comigo. Não tem traição maior. – me deu um selinho. – Mas agora, levanta a cabeça, que vida que segue. Os dois uma hora vão quebrar a cara e o Karma é uma vadia você sabe disso.

Eu: Sei... E espero que essa vadia foda muito com a vida dos dois. - Eu lavei o meu rosto, o sequei e sai. Do banheiro dela, ela se trocava e a gente foi almoçar. A Ana cozinhava super bem, a comida dela era maravilhosa. A gente almoçou e foi dormir um pouco.