Capítulo 58

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Minha sogra ligou falando que soube da ida dele pra casa no dia 12 e que estava muito feliz e me surpreendeu com uma pergunta.

Sogra: Natalie como vai querida?

Eu: Bem Patrícia e você?

Sogra: Muito feliz com meu netinho indo pra casa.

Eu: Nem estou acreditando que ele vai pra casa. – sorri.

Sogra: Natalie, eu queria perguntar uma coisa.

Eu: Claro.

Sogra: Eu vou poder visita-lo na casa de vocês? Não sei dos limites da Priscilla e não quero sufoca-la perguntando.

Eu: Claro que vai Patrícia, inclusive falamos disso antes de dormir, queremos os avós aqui na segunda. Ele não poderá receber muitas visitas, serão controladas no inicio, e queremos você, o Roberto, e meus pais para recebe-lo em casa. A Pri quer muito isso, que ele veja os avós dele aqui por ele.

Sogra: Que bom, eu fico muito feliz por isso. Fizeram lembrancinhas?

Eu: Sim, mandamos fazer, mas como não vamos receber muitas visitas de uma só vez, não fizemos muitas coisas diferentes. Mas estamos querendo dar um presente para todas as enfermeiras e médicos que cuidaram do nosso menino.

Sogra: Sabe quantas pessoas são?

Eu: Sim, a Pri perguntou e foram 3 equipes diferentes que fizeram rotação entre eles, então foram 10 enfermeiras, 6 enfermeiros, 3 pediatras sendo um deles homem, e 6 técnicas de enfermagem.

Sogra: Podemos dar um presente das minhas lojas. Eu recebo muitas coisas extras para colocar a venda, para presentear empresários, tipo cintos, pequenas bolsas, carteiras, óculos, da Gucci, da Dolce Gabana, Armani, Yves Saint Laurent. Eu tenho muita coisa, e essas pessoas merecem muito algo caro e que se lembrem dele e da família, eu posso disponibilizar a vocês se quiserem é claro.

Eu: Jura?

Sogra: Claro... Eu vou ligar pra Graziela e vou pedir a ela pra me mandar por e-mail uma lista com o nome de todos, assim peço para as meninas da empresa fazerem os embrulhos e colocarem os nomes nas etiquetas das sacolas.

Eu: Ótimo, vai ser incrível. – combinamos tudo, a Pri chegou e pegou parte da conversa e ela gostou da ideia. Eu e a Pri decidimos dar a Graziela também uma Pandora com alguns berloques bem bonitinhos de medicina. No dia 10 eu e Priscilla mudamos definitivamente para a casa. Minha sogra chegou lá, a equipe da personal ainda estava lá, era sábado. Ela levou as caixas com os presentes da equipe hospitalar com o nome de todos. Eram presentes lindos. O quarto dele estava limpo e desinfetado. As fraldas a gente já tinha pedido e já tinha chegado, usamos parte dos gift cards que ganhamos.

Pri: Nossa primeira noite na nossa casa. – nos jogamos na cama.

Eu: Sim... Eu estou tão feliz que não sei o que dizer...

Pri: Nem acredito... E daqui dois dias nosso filho vai estar em casa.

Eu: É... Ontem eu chequei a situação da adoção do Noah.

Pri: E ai?

Eu: Já está na fase de assinatura e liberação do juiz. Foi mais rápido que eu pensei.

Pri: Não tem que passar pela Ashley?

Eu: Não. A negativa dela não impede de nada. Só travou porque a gente não era casada, mas ela assinou um documento abrindo mão dele 100% então ela não tem mais o direito de travar, ou de impedir nada. Normalmente esses pedidos demoram 15 dias no máximo, então logo a certidão atual dele vai ser anulada e eu poderei adotá-lo. Noah Smith Pugliese.

Pri: Vai ficar chique o nome dele né.

Eu: Vai sim... – sorri e a beijei – Te amo...

Pri: Te amo. – a gente queria transar, mas estávamos exaustas demais pra isso. Acordamos bem cedo o jardineiro e o piscineiro tinham chegado, foram cuidar da área externa. A casa por dentro estava toda limpa e estava tudo no lugar tudo etiquetado. A minha cozinheira ia ficar com a gente, a da Pri voltou para São Paulo para cuidar da mãe. E nossas faxineiras cuidariam da manutenção da casa, assim elas trabalhariam juntas de segunda a quinta e cuidariam da casa e da roupa. Tomamos café numa padaria porque não tinha absolutamente nada em casa. A nova máquina de lavar já estava instalada. Tomamos um belo café da manhã na padaria ali perto e fomos fazer compras. Já fizemos compras para dois meses de praticamente tudo da casa, carnes, básicos como arroz, feijão, macarrão, massa de tomate, farináceos, produtos de limpeza, bebidas, o que ia precisar repor semanalmente seriam as frutas, verduras e legumes. Tem um horti frutti na rua do condomínio então íamos comprar ali. A compra para dois meses deu quase 5 mil reais. Chegamos em casa colocamos tudo no lugar, a Pri começou a fazer o almoço e eu fui terminar de guardar meus papeis no armário do meu escritório. Depois fui ajuda-la fazendo o suco e a salada, e almoçamos. Deitamos no sofá da varanda, a vista era para a piscina e o mar, era linda demais aquela vista.

Eu: Essa vista é perfeita né?

Pri: Muito. – sorria. – Nem acredito que estou aqui, que construí a casa dos meus sonhos do jeito que eu queria e que eu estou aqui com o amor da minha vida e que logo meu filho vai estar aqui. Acordamos no sábado a noite a Graziela nos ligou.

Eu: Alô?

Graziela: Oi Natalie como vai? Boa noite.

Eu: Boa noite Graziela, estou bem e você?

Graziela: Tudo ótimo. Estou ligando para dizer que a alta do pequeno é amanhã as 13 horas ok? Preciso que desçam com o bebê conforto porque ele precisa fazer o teste da cadeirinha antes, então podem vir ao meio dia.

Eu: Ah sim... Pode deixar. Obrigada.

Graziela: Imagina... Até amanhã.

Eu: Até amanhã. – desligamos.

Pri: O que ela disse?

Eu: Uma hora da tarde amanhã.

Pri: Ai meu Deus – me abraçou.

Eu: Ela disse pra descer com o bebê conforto porque ele precisa passar pelo teste da cadeirinha primeiro. Não sei o que é isso, mas ela pediu. Ai a gente pode ir ao meio dia por causa do teste.

Pri: Vamos arrumar a bolsa dele. – sentou na cama – Eu não consigo me mexer – ria e eu ri também.

Eu: Agora vamos ser mães em tempo integral precisamos nos mexer. – ficamos em silêncio sentadas ali por uns 30 minutos. Eu não sabia o que ela estava pensando e nem ela sabia o que eu estava pensando. Acho que a gente precisava desses minutos de silêncio de imersão para entendermos tudo que ia acontecer agora na nossa vida. Era real, tínhamos um filho e ele ia pra casa agora. 

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