Capítulo 92

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Meu filho estava seguro agora. Meu sogro chegou, minha sogra tinha ido para o local do sequestro, e meus pais estavam a caminho.

Leandro: Calma, você fez o certo.

Eu: Eu espero que aquela vagabunda tenha morrido. Não me interessa se vou ser presa por isso, antes ela no inferno do que aqui infernizando nossas vidas. Ela ia nos matar. – falava com raiva.

Leandro: Calma Priscilla, eu não sou advogado nem policial, mas você agiu em legitima defesa, você não vai ficar presa e se for presa vai ser para averiguação, fica tranquila. A Deborah foi pra lá, ela queria estar presente em tudo para não dar margem pra nada. – já tinha passado 30 minutos e nada de noticias. Meus pais chegaram, minha mãe tremia sem parar.

Mãe: O Noah com quem ele está?

Eu: A Noêmia e a dona Nair estão cuidando dele. Ele foi pra casa dela. Eu precisava de um lugar totalmente seguro pra ele agora.

Mãe: Que bom... Isso é bom. – logo veio uma enfermeira. Ela era enfermeira chefe da obstetrícia.

XX: Senhora Pugliese, eu sou Regina Sales, sou enfermeira chefe da obstetrícia.

Eu: Como minha esposa e meus filhos estão?

XX: O bebê está na Neonatal, ele estava em sofrimento, ficou um tempo sem receber oxigênio. Ele está sendo bem cuidado pela equipe da doutora Graziela agora, logo ela virá falar com a senhora. Ele mede 40 centímetros e pesa 2,150.

Eu: E a minha esposa?

XX: A senhora Smith Pugliese teve eclampsia e uma parada cardíaca assim que o bebê saiu. Conseguimos trazê-la de volta em menos de um minuto, mas ela perdeu muito sangue. Ela perdeu uma das trompas, a outra está totalmente saudável, mas ela entrou em coma. Ela foi intubada, foi bem cuidada, mas ela não conseguiu sair do respirador. Ela fez uma tomografia e constatamos que ela teve um acidente isquêmico transitório. Aumentaram a sedação dela e ela ficará em coma induzido por 24 horas e depois tentaremos tirá-la do respirador novamente.

Eu: O... – eu não conseguia falar – O estado dela, é grave?

XX: Aparentemente sim senhora... O doutor Adriano virá falar com a senhora e dar mais detalhes. Ele me pediu para dar essas informações porque entrou uma gravida baleada e não tinha outro obstetra disponível.

Eu: Claro eu entendo... Obrigada. – ela saiu. Depois de uma hora a Graziela veio. – Oi... Como meu filho está?

Graziela: Ele está no oxigênio, ele ficou um tempo sem receber oxigênio. Não parece ter sido um longo tempo. Ele tem os sentidos preservados, mas ficou bem letárgico, demorou a chorar. Fiz uma tomografia, está tudo bem com o cérebro dele. Eu o virei do avesso tadinho, pra certificar que não estava deixando passar nada, mas ele vai ficar bem, não corre perigo. Vamos observar nas próximas 72 horas bem de perto na neonatal se ele vai ter algum déficit, se vai ter alguma alteração. Mas ele não corre risco de morte tá? Mas precisa da neonatal por uns dias.

Eu: Tá bom, eu posso vê-lo?
Graziela: Claro... Vamos lá família, vocês vão poder ver pelo vidro, mas a mamãe pode entrar.
– fomos todos lá. Eu entrei para me vestir, a enfermeira levou a incubadora para perto do vidro para a minha família ver. Meus pais e meu sogro choravam e riam ao mesmo tempo. Eu me sentei ao lado dele.

Eu: Oi filho... Bem vindo ao mundo meu amor... Deus te abençoe e te proteja meu filho. Eu te amo muito. – ele era lindo, e a cara da mãe dele. – Você é a cara da sua mãe filho – ri e chorei ao mesmo tempo. – A mamãe vai ficar boa logo tá? – fiz carinho nele. Graziela disse que ele estava menor e pesando menos do que o esperado, mas que ele estava bem apesar disso tudo. E depois dessas 72 horas de observação na neonatal, ela vai poder dizer quando ele vai pra casa. O hospital fornecia as fraldinhas, e ela me pediu para levar toquinhas de lã, meias e luvinhas pra ele. A minha mãe e minha avó tinham lavado muitas e ainda estavam na minha mãe, e ela foi em casa buscar.

 A minha mãe e minha avó tinham lavado muitas e ainda estavam na minha mãe, e ela foi em casa buscar

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 Logo o médico que fez a cirurgia da Natalie apareceu, a gente foi conversar... Ele falou o que a enfermeira falou, disse que agora era esperar ela responder. Ele me deixou entrar para vê-la. – Oi amor... – fiz carinho nela – Nosso bebê está bem ok? Precisa ficar bem também, por você, pelo Bernardo, pelo Noah, por mim. – comecei a chorar. – Eu te amo tá? Eu te amo muito e eu não vou deixar nada acontecer com você e com nossos filhos... – logo eu tive que sair. Minha sogra estava no corredor falando com o médico. Leandro entrou primeiro pra ver a Natalie e em seguida ela entrou.

Mãe: Filha eu não vou trabalhar essa semana, a gente ia pra Angra, mas não vamos mais com tudo isso. Quer que a gente busque o Noah?

Eu: Hoje ele vai ficar com a Noêmia mãe, por segurança. Amanhã eu pego ele e o levo pra sua casa.

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