3| coragem e determinação

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Era quase duas da manhã quando saí furtivamente do quarto. Estava inquieto, incapaz de dormir. Em meu íntimo, sabia que isso estava relacionado ao intruso da noite passada.

O medo de fechar os olhos e a possibilidade dele retornar me mantinham acordado, agitado apenas pelo pensamento. A residência inteira estava imersa em silêncio e escuridão.

Caminhei lentamente pelos corredores, avançando até o topo da vasta escadaria. Hoseok apareceu quando cheguei ao último degrau.

— Está indo a algum lugar, senhor? — questionou. Sua voz era profunda, carregada do marcante sotaque irlandês. — Precisa de alguma coisa?

Interrompi meus passos, com as mãos à frente do corpo.

— Sinto a necessidade de respirar um pouco de ar fresco — respondi, lutando para não parecer ríspido, embora estivesse bastante irritado. — Ou será que estou confinado apenas aos ambientes internos?

Ele balançou a cabeça.— Não, senhor — indicou a porta com um gesto. — O acompanharei de perto.

Comecei a me mover, mas parei imediatamente, o que o fez frear os passos também. — Não pedi por companhia — comentei, nervoso. — Seria demais pedir para que mantenha distância, Hoseok? Por favor, olhe para mim e veja se represento alguma ameaça...

Ele cerrou os dentes, sem me olhar, pelo contrário. — Está bem — murmurou, pigarreando. — Vou supervisionar o senhor de longe.

Suspirei suavemente, balançando a cabeça. Era algo, ao menos. Me afastei e me encaminhei para a porta de saída. O cenário do lado de fora era ainda mais surpreendente. Além da mansão, havia outras propriedades. Não conseguia contar quantos carros estavam estacionados, além de algumas motos. Contudo, desde a minha chegada, o que mais me impressionou foi o jardim. Era esplêndido.

Deixei as sandálias pelo caminho enquanto caminhava pelos corredores verdes, sentindo a textura da terra e do gramado sob meus pés. Optei por retirar o robe, já que ele arrastava no chão e atrapalhava meus passos. Aproximei-me das rosas, encantado com a beleza delas. Havia flores brancas, vermelhas e rosas, algumas até misturando tonalidades. Por um instante, parei e admirei o céu repleto de estrelas. Na Escócia, eu adorava passar as madrugadas contemplando a beleza do céu estrelado.

Continuei a caminhar, até ser surpreendido pelo respingo da água sobre mim. Entendi que estava destinado a regar as plantas, mas a água acabou me atingindo também, enquanto eu estava ali.

Sorri ao sentir a água gelada em minha pele, mas permaneci no lugar. Acabei girando ao redor, recebendo mais jatos de água.

— Uhuu... — murmurei, completamente envolvido em meu próprio momento. Não demorou muito para que minha camisa de seda ficasse encharcado, crudando ao meu corpo.

Fui abruptamente interrompido

— O que está acontecendo aqui?

A interrupção me fez estremecer. A voz parecia ecoar até o âmago de meu ser. Ao me virar para encarar quem falava, me deparei com Jungkook, parado diante de mim, exalando aquela raiva característica. Durante todo meu tempo ali, naquela casa, não havia presenciado um mero sorriso dele. Era sempre a raiva.

meu para cuidar  | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora