7| curiosidade e desespero

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¹Sujeito à erros.

Fúria, frustração e impaciência me sufocavam com força.

Mesmo que eu negasse e odiasse admitir, estava profundamente incomodado com os soluços de Jimin desde o momento em que partimos da delegacia.
Seu choro contínuo não me agradava, embora detestasse essa situação de qualquer maneira.

Sempre evitei ver pessoas chorando, e isso não mudaria, mesmo que fosse meu inimigo. De relance, observei seu corpo frágil tremendo à medida que o choro se intensificava. Suas mãos estavam entrelaçadas em seu colo, e ele se esforçava para se controlar. Seus cabelos curtos caíam pela testa.
Conforme os minutos passavam dentro do meu carro, seu cheiro impregnava o ambiente, atingindo minhas narinas como um feitiço.

Minutos atrás, quando Kael me ligou para informar sobre a fuga, forneceu alguns detalhes, incluindo o fato de terem visto Jimin entrar em um carro policial. Rapidamente, entrei em contato com o delegado, deixando claro que esperava ser informado quando meu hóspede chegasse à delegacia.

Não precisei dar muitas explicações. A quantia considerável que pagava mensalmente em propinas garantia o silêncio e a cooperação desses porcos. Essa era a realidade da minha cidade, onde eu controlava tudo e todos.

Apertei o volante com força, odiando o fato de ainda sentir a maldita adrenalina do medo... medo de perdê-lo. Jimin era meu único trunfo contra Aidan. E estava furioso com meus irmãos por terem decidido tirá-lo da casa sem minha permissão.

Nervoso, retirei um lenço do meu bolso e estendi para ele, exausto de vê-lo chorar. Ele me encarou, confuso, mas aceitou o lenço.

— Não compreendo sua gentileza, mas agradeço — sua voz soou enfraquecida, mas consegui entender. Apertei a mandíbula e, novamente, olhei para ele, embora seus olhos estivessem voltados para a paisagem fora da janela.

— Não estou sendo gentil, por favor, não interprete mal — sussurrei. — Só estou cansado de ouvir você chorar.

Finalmente, seus olhos se encontraram com os meus, revelando uma mistura de emoções. Não mantive o olhar por muito tempo, precisava me concentrar na estrada para evitar um acidente. O carro do Hoseok seguia logo atrás de nós.

— Você é um homem mau, Jungkook — afirmou ele, com voz magoada. — E... amargurado.

Mais uma vez, me forcei a encará-lo. Jimin estava com o rosto vermelho devido ao choro, os lábios tremendo, formando um leve beicinho adorável. Seu corpo parecia trêmulo.

— Existem pessoas que são a personificação do mal, querido — rosnei — e ambos sabemos de quem estou falando.

Ele suspirou baixinho. — Não entendo suas palavras. São vazias para mim.

Dei uma risada zombeteira. — Claro que são! — ironizei.

O silêncio dominou os próximos minutos, até ser interrompido por um pequeno solavanco no carro.

meu para cuidar  | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora