Concluída | não/revisado | contém erros | máfia | darkfic | agegap
Com vinte e nove anos e liderando a máfia irlandesa, Jeon Jungkook se vê consumido pela sede de vingança.
Determinado a alcançar seu objetivo, e não hesitará em manipular qualquer p...
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Três dias.
Três dias imerso naquela comunidade acolhedora, onde eu me senti tentado a permanecer para sempre. E, no fundo, eu suspeitava que Jungkook também compartilhava desse mesmo sentimento, já que ele ignorou as oportunidades de deixar a ilha, mesmo quando elas surgiram duas vezes diante de nós.
Foi então que a voz da senhora Abby me despertou de meus devaneios, enquanto observávamos os pescadores retirando uma enorme rede do mar, repleta de peixes.
— Seu marido nunca foi pescador, não é mesmo? — sua pergunta me pegou de surpresa, enquanto ela permanecia ao meu lado na praia. — Na verdade, vocês dois não parecem familiarizados com esse tipo de trabalho árduo.
Meu rosto corou de constrangimento. — Não, ele nunca pescou mesmo — respondi, embora eu não tivesse certeza, era apenas uma dedução. — Os negócios dele são diferentes.
— E o que ele faz? — indagou, despertando um nervosismo em mim.
Eu não poderia revelar que Jungkook estava envolvido em assuntos obscuros, nem tampouco mencionar que eu mesma me sentia prisioneiro dele, já que ele se recusava a me deixar partir. Não que eu tivesse algum desejo real de partir, é claro.
— Peço desculpas, senhora, mas não tenho uma resposta para essa pergunta, pois não compreendo muito bem — respondi, me sentindo sufocado. — Na verdade, sempre evitei me envolver com os negócios dele, pois me canso muito fácil. — Forcei um sorriso.
— Ah, entendo perfeitamente, meu querido — disse ela, alisando o avental que usava. — Quando meu marido decidiu estudar medicina, ele tentava me explicar tudo o que aprendia, mas eu não entendia nada. — Ela riu, um pouco constrangida. — A única coisa que eu compreendia era a alegria de vê-lo feliz. Eu estava orgulhosa do meu homem.
Naquele momento, olhei para ela, percebendo o brilho em seus olhos enquanto falava sobre seu marido.
— Como a senhora percebeu que não conseguia mais viver sem ele? — acabei perguntando, deixando meu ímpeto me levar. — Quero dizer... — fiz uma pausa, tentando escolher as palavras certas.
— Você quer saber como descobri que amava Anthony? Que ele era o homem da minha vida? — Sorri, concordando. — Ah, querido, o amor pode se manifestar de várias formas diferentes, não há uma maneira específica de descobri-lo. No meu caso, comecei a perceber certos sinais em mim mesma, sabe? Na forma como eu agia e pensava.
— Como assim? — perguntei, interessado.
— Ah, eu percebi que não conseguia mais imaginar minha vida sem Anthony, além de passar o tempo todo pensando nele. E quando pensava no futuro, o imaginava ao lado dele — explicou, me fazendo refletir sobre suas palavras. De repente, sua mão tocou a minha. — Mas você e seu marido são recém-casados, Jimin, você não deveria ter dúvidas sobre seus sentimentos.
