Concluída | não/revisado | contém erros | máfia | darkfic | agegap
Com vinte e nove anos e liderando a máfia irlandesa, Jeon Jungkook se vê consumido pela sede de vingança.
Determinado a alcançar seu objetivo, e não hesitará em manipular qualquer p...
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Acordei de repente, um tanto assustado. Para minha surpresa, Jungkook estava ali, dormindo de modo profundo, parecendo completamente exausto após as últimas horas tumultuadas.
Imaginei que o cansaço fosse o motivo. Meu coração se apertou ao recordar tudo o que havia acontecido, desde o ataque no quarto do meu pai até o desabafo emocional de Jungkook na madrugada. Ver um homem forte como ele tão perdido e vulnerável foi bem angustiante para mim.
Minha mente estava cheia de perguntas, ainda mais agora, após esse surto emocional dele. Sentia-me atordoado e confuso com todos os eventos recentes. Nossa partida da aldeia dos pescadores foi tranquila, e o carinho da família de Jungkook me tocou profundamente. Sentir-me amado por eles trouxe um calor ao meu coração que nunca havia experimentado antes, exceto com meu pai.
Levantei-me com cautela da cama, tentando não o acordar. Sentei na beirada, observando-o em seu sono tranquilo. Seu rosto parecia sereno, bem diferente do seu habitual ar irritado quando estava acordado.
Ainda ecoavam em minha mente as palavras intensas que ele havia expressado sobre seus sentimentos por mim. Eu compreendia que nem todos eram habilidosos em expressar seus sentimentos, afinal, o amor é um sentimento complexo. Mas sentia gratidão por sua sinceridade.
Dirigi-me ao banheiro, lavei o rosto e arrumei meu cabelo. Ao retornar ao quarto, que ainda estava na penumbra do amanhecer, olhei para Jungkook mais uma vez antes de sair. Não sabia se alguém mais estava acordado, mas segui em direção ao andar de baixo. Cheguei à cozinha com a intenção de aquecer um pouco de leite para Jungkook. Meu pai costumava fazer isso por mim quando eu estava triste ou aborrecido com algo. Enquanto eu me concentrava em acender o fogão, fui surpreendido pela chegada repentina de alguém.
— Jimin? — chamou Carter. Olhei para a entrada da cozinha e vi Carter. Seus olhos estavam cansados e um pouco vermelhos, como se tivesse passado horas chorando.
— Carter! — exclamei, me aproximando rapidamente dele. — Percebo que você também está triste, assim como Jungkook — observei. — Venha... — segurei sua mão gentilmente. — Vou preparar um leite quente para você.
— Leite? — questionou ele.
— Sim, — murmurei, conduzindo-o até uma das banquetas. — Tenho certeza de que vai ajudar a se sentir melhor.
— Você acha?
Olhei para ele, oferecendo um sorriso encorajador. — Conversar também é importante — comentei, acendendo o fogão e despejando um pouco de leite em uma vasilha. — Embora eu saiba que vocês geralmente não discutem muito sobre sentimentos, não é mesmo? É um assunto proibido.
Ele acabou rindo. Foi reconfortante ouvir sua risada. — Não é que seja proibido, querido, mas é realmente complicado — explicou, com um olhar suave, embora a tristeza ainda estivesse presente. — Baixou os olhos, como se suas próprias palavras o machucassem de alguma forma.
