15| confiscar você para mim

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- Vocês estão chatos demais - soou Aurora, se jogando para trás, no colchão da minha cama. - Não aguento essas expressões de derrota.

Me assustei com o pulo do "insolentezinho" no meu colo. Ele estava crescendo absurdamente rápido e se tornando assustador.

- O senhor Oh foi assassinado, Aurora, então é normal que estejamos tristes - explicou Madison, um pouco seca. - Não acredito que você não tenha se sensibilizado com a morte dele. Foi horrível.

Estremeci, tentando evitar que a imagem do conteúdo daquela caixa voltasse a invadir meus pensamentos. As últimas horas foram preenchidas apenas com isso, o que me causou insônia. Não fui capaz de dormir ou de descansar.

Mesmo tendo prestado homenagens ao homem, em companhia do jungkook, eu não consegui descansar minha mente. E para piorar, as palavras do jungkook continuavam se repetindo em meus pensamentos, me deixando refém das dúvidas. Eram muitas. Porque eu saí da Escócia com a promessa de que estaria indo para junto do meu pai, só que isso não aconteceu, e fui parar na Irlanda, entre pessoas que aparentemente não gostavam do meu pai.

Eu não compreendia o motivo de estar sendo mantido ali, nem o motivo de meu próprio pai já não ter aparecido para me buscar. Embora eu não soubesse mais se ficaria feliz em partir. Aos poucos, eu vinha encontrando uma família naquele lugar, além de um novo sentimento sempre que estava perto do jungkook.

Era estranho e angustiante, porque eu não entendia direito o que se passava dentro de mim.

- Claro que me sensibilizei - resmungou Aurora. - Não sou um monstro. A diferença é que não me permito ficar abatida por tanto tempo.

- Tudo aconteceu ontem, Aurora, pelo amor de Deus! - exasperouse Madison, se levantando. Parecia visivelmente chateada. - Você é realmente esquisita.

- Ei?! - Aurora exclamou, ofendida, mas Madison já estava seguindo para a porta de saída. Nem deu tempo para Aurora se defender. - O que deu nela?

- Tristeza - respondi suspirando, me concentrando no pelo do insolentezinho.- Imagino que não deve estar sendo fácil para ela. Eu, que não tinha convivência com o homem, me sinto muito mal com tudo.

- Quer conversar um pouco? - quis saber. - Vejo que está angustiado. O que houve, além disso?

Mordi os lábios, aflito por ela ser tão perspicaz. Claro que, às vezes, eu pensava em contar a elas sobre todas as coisas que jungkook e eu fazíamos quando ninguém estava olhando. Eu desejava compartilhar com mais alguém todas as sensações e sentimentos que ele me fazia sentir, apesar de viver expondo aos quatro ventos que me odiava. Se me odiava, por que vivia me tocando? Não fazia sentido.

- Jimin..-Olhei para ela. - jungkook acusou meu pai de ter feito aquilo com o senhor Oh - revelei, nervoso. Meu coração sangrava apenas com a ideia disso. - Não consigo entender todo esse ódio, Aurora. Por que jungkook odeia tanto o meu pai?

meu para cuidar  | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora