25| idolatrado como um deus

548 88 10
                                    

📌Vote e comente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

📌Vote e comente.
¹sujeito a erros.

Preferiria enfrentar a morte mil vezes a passar mais um dia sem tocar no Jimin, sem sentir seu cheiro, o gosto de seus lábios e de sua pele.

Parecia que eu estava prisioneiro da maneira como ele reagia a mim, da forma como meus comandos a afetavam. Dois meses. Malditas oito semanas sem poder me aproximar dele como eu desejava.

Embora Jimin fosse submisso às minhas vontades, respeitei sua decisão de manter distância, mesmo indo contra tudo em mim. Claro que não resisti à tentação de invadir seu quarto todas as noites, porque não conseguiria descansar sem me aproximar e ter um pequeno vislumbre dele e de sua respiração.

Observá-lo em seu sono tranquilo se tornou meu passatempo favorito, quase uma obsessão. Nunca imaginei que esse garoto acabaria me perturbando tanto e em tão pouco tempo. Havia algo nele, em seu rosto inocente, na sua voz aveludada, no seu sorriso encantador... talvez naqueles olhos intensos, frequentemente cheios de lágrimas, expressando mágoa ou mera emoção; ou no próprio jeito simples que ele sempre enxergava as coisas. Eu não sabia dizer o que poderia ser, mas estava lá... me atraindo cada vez mais para perto.

Me perdi em todas as vezes que pensei em roubá-lo e prendê-lo somente para mim, para os meus olhos, onde ele jamais conseguiria fugir. Só que eram esses pensamentos que me faziam compreender quão perdido eu estava, quão desestabilizado e vulnerável esse maldito garoto estava me tornando.

A decisão de voltar a entrar no quarto de Aidan partiu dos meus irmãos, já que eu não estava psicologicamente preparado para encarar aquele ambiente sem sentir meu peito afundar. Desde que Carter revelou ao Jimin que seu pai era nosso tio, discutimos minhas suspeitas de que, talvez, só talvez, ele não fosse o pai biológico dele. Por isso, eles vasculharam o quarto do bastardo em busca de material genético, e um fio de cabelo de Jimin não seria um problema.

Semanas atrás, durante a visita ao quarto de Aidan, meus irmãos encontraram as cartas de amor, a cereja do bolo para fazer Jimin compreender suas verdadeiras origens. A teoria da minha conversa com ele parecia muito melhor do que a prática, porque detestei assistir a mágoa cobrindo seus olhos ao descobrir a verdade.

Eu ainda podia sentir seu aperto em meu corpo quando o puxei para um abraço na tentativa de consolá-lo. Minha intenção era fazê-lo parar de chorar, mesmo que minha garganta se fechasse e eu não fosse capaz de dizer nada.

Por que diabos meu peito ficou tão pesado diante do rosto magoado dele? Atormentado com minhas recordações e indagações, sacudi a cabeça e me concentrei no que estava fazendo naquele instante. Sem conseguir disfarçar a ansiedade, pressionei a mão na maçaneta da porta do quarto dele e a girei.

Um sorriso aliviado encheu meus lábios ao constatar que finalmente estava disponível para mim. Mal pude lidar com a frustração dos últimos dias, cada vez que vinha visitá-lo e notava essa maldita porta trancada.

meu para cuidar  | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora