5| adrenalina

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Eu costumava acreditar que a forma como as pessoas eram criadas exercia uma forte influência sobre a maneira como elas se relacionavam umas com as outras

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Eu costumava acreditar que a forma como as pessoas eram criadas exercia uma forte influência sobre a maneira como elas se relacionavam umas com as outras.
Um exemplo disso é a maneira como eu via o mundo, completamente distinto dos demais. Para mim, os sentimentos se vinculavam às emoções, que por sua vez se conectavam às ações...

"- O senhor não precisa arrumar sua cama, pois este é o meu trabalho" - uma das diversas funcionárias na mansão dos jeon me disse mais cedo.

O problema é que não fui educado para depender totalmente dos outros, apesar de muitas coisas ali serem novas para mim, já que não fui introduzido a toda essa tecnologia abundante. Contudo, algo que sempre me ensinaram foi a tratar o próximo com respeito e amor, independentemente das circunstâncias.

Por mais que eu tentasse compreender os motivos que levavam Jungkook a ser tão rude comigo, não conseguia. O peso de sua raiva, somado à maneira como me encarava sempre que estávamos próximos, me enfraquecia, me desestabilizava... e isso me fazia sentir diminuído. Claro que, eu não estava buscando hipocritamente que ele gostasse de mim da mesma forma que os outros membros da família, mas era evidente que eu não merecia toda a amargura e fúria direcionados a mim. Não fui retirado do meu lar, o único que conhecia, para ser maltratado.

Na ocasião, Seokjin e Yoongi asseguraram que eu seria levado diretamente ao meu pai, mas isso não aconteceu. Em vez disso, me vi entre esses "irlandeses" diferentes e intensos, cada um mais do que o outro... exceto Jeon jungkook, que era como uma força da natureza.

- Jimin precisa de roupas - A voz de Amy chamou minha atenção. De acordo com o que Madison me contou, a mulher era a mãe dela, e madrasta dos rapazes. O mãe biológica deles já era falecida. - Será que sou a única que percebe que o garoto veste roupas velhas e estranhas? Por favor, não se ofenda, querido - complementou, tocando minha mão e oferecendo um sorriso gentil.

Sorri de volta, embora não pudesse evitar o desejo de olhar para a roupa que escolhi naquela manhã. Fiz uma careta sutil, pois eu gostava daquele roupa com babados de flores azuis; era bonito e delicado. Entretanto, era difícil discordar de que minhas roupas estavam realmente desgastadas.

- Jungkook não vai permitir que Jimin saia desta casa - argumentou Sean, enquanto levava seu copo de suco de laranja à boca.

Todos nós estávamos reunidos ao redor da mesa do café da manhã: os trigêmeos, Amy, Madison e eu. Precisava admitir que me senti um pouco mais confortável quando desci, mais cedo, e percebi que jungkook já tinha saído. Ainda não me sentia pronto para enfrentá-lo depois do nosso estranho encontro no jardim durante a madrugada.

- Não gosto de me sentir como se fosse um prisioneiro - resmunguei, brincando com meu pedaço de bolo de chocolate. Era meu favorito, mas meu estômago se embrulhou.

- E você não é, meu querido - garantiu Amy, segurando minha mão entre as suas. Ela era muito bonita, elegante e amável. Madison tinha um pouco dela, tanto na aparência quanto na personalidade. - Você está aqui como um convidado. - Sorriu, depois se virou para os trigêmeos com um olhar severo. - Jungkook não vai poder dizer nada se forem vocês a tirar jimin de casa. Imagino que não exista segurança melhor do que três gigantes, hum?

meu para cuidar  | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora