24| descorbertas

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¹sujeito a erros.

Consegui postergar minha visita a Amy nas últimas horas, mas compreendia que não podia mais evitar. Mesmo que isso me atormentasse internamente, eu precisava ser forte e encarar as consequências do que aconteceu com ela.

Bati na porta uma única vez antes de espiar para dentro. Madison e Amy me encararam.

Meu coração acelerou. Pigarreei para disfarçar. - Ah, não sabia que a Madison estava aqui - murmurei, sem jeito. - Volto depois.

Ameacei fugir, mas a voz da Amy freou minha tentativa: - Nada disso, Jungkook! - decretou. - Há lugar para você, a sala é bem espaçosa.

Fiquei tenso e retornei alguns passos, sentindo o meu corpo todo rígido devido ao nervosismo. Madison se ergueu, beijando o rosto da mãe antes de se afastar dela.

- Eu vou deixar que vocês conversem a sós - avisou, se aproximando de mim e beijando meu rosto com afeto. Retribuí o sorriso, apesar de ter saído meio esquisito. Amy se acomodou na maca, me encarando com um ar alegre.

- Vai permanecer parado na porta por quanto tempo? - perguntou, sorrindo. - Tudo isso é medo de mim? Eu não vou morder, Jungkook.

Soltei um suspiro baixo, finalmente entrando na sala. Sentia como se o peso do mundo estivesse sob minhas costas. Eu tentei evitar olhar diretamente para seu rosto, pois seus ferimentos estavam me afetando de modo doloroso.

- Por que demorou tanto para vir me ver? - quis saber, pressionando minha mão na sua. Não respondi. Fiquei contemplando nossas mãos unidas, a sua perdida na minha. - Jungkook? Por favor, olhe para mim, querido. - Fiz o que ela pediu, apesar de ter o coração em pedaços diante da impotência do que aconteceu com ela. - A culpa não foi sua.

- Não pode dizer isso - declarei, com a voz rouca. - Eu sou o capo dessa família, Amy. Portanto, tudo o que acontece de errado é, sim, responsabilidade minha.

Ela buscou uma respiração funda. - Você está se cobrando demais - falou. - Seu pai também era assim, sabia? Sempre se sentindo culpado quando as coisas não estavam indo bem, embora eu enfatizasse que nem tudo estava sob nossa responsabilidade. Vocês não são deuses, querido, apesar de você acreditar que são. - Deu um sorriso divertido.

Decidi me acomodar na poltrona ao lado da maca, mantendo firme a mão da Amy na minha. Estava apreciando a sensação do seu calor, a vida emanando do pulsar do seu coração.

- Por mais que eu não fale com frequência... - me calei, respirando fundo - eu amo você, Amy - admiti, sentindo meu coração acelerar. - A ideia de quase tê-la perdido me deixou sem forças, desnorteado e com medo. Não gosto de sentir medo. O medo me enfraquece e me deixa perdido. Quando estou perdido, não penso direito.

- O medo é o que te torna humano, meu querido - concluiu ela, com carinho. Sua mão livre tocou meu rosto. Seus olhos estavam úmidos. - Eu também amo você. E não gosto de saber que você se culpa pelo que aconteceu comigo. Não faça isso. Quer me ferir?

meu para cuidar  | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora