Capítulo 1 🔥

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Chegamos na balada e a fila já estava enorme, o lado bom é que Emiliana havia conseguido um convite especial e não precisamos esperar na fila, passamos direto e obviamente formos diretamente ao bar. Pegamos dois shots de uísque .

— Shot de iniciação! — Brindamos. — Um, dois!

Viramos a bebida que desceu quente pela minha garganta e pousamos o pequeno copo na mesa com um baque audível mesmo com a música alta.

Após vários copos de bebida e shots, o álcool misturado já estava me deixando meio sonolenta e alterada, sorridente até, Emiliana que estava paquerando os homens que estavam dançando ali do bar me arrastou para dançar com ela ao meio deles para que a minha cara de sonolência diminuísse, estava tocando as músicas que gostávamos, a sonolência que estava tendo realmente foi embora rapidinho conforme dançávamos uma com a outra, estava me divertindo bastante, embora a todo momento tivéssemos que ficar de olho no relógio.

A algum momento Emiliana saiu de perto sem mesmo que eu notasse, ela deve ter se dado bem com algum rapaz aleatório, como sempre fazia, sendo assim a sua noite ficaria completa.

Me cansando de dançar, olhei a minha volta após pegar outra bebida no bar, encontrei uma poltrona vazia diante de uma mesa bem ao canto da boate, seria um ótimo lugar para passar esse tempo que a Emy estivesse ocupada com alguns prazeres.

Me joguei na poltrona e dei um longo e lento gole na bebida, comecei a olhar em minha volta, olhando as pessoas ali presentes se divertindo, sorri com tudo, acho que era mais por causa da bebida.

Meus olhos pousaram no rumo de um pilar ao lado da escadaria que levava para os quartos no andar de cima, um homem de pele escura e brilhante estava escorado no pilhar apreciando uma bebida em um pequeno copo, nossos olhos se cruzaram, aqueles olhos em tom brilhante e amarelados, aquela cor me lembrava olhos de gato, tão brilhantes e profundos, imaginei que poderia estar vendo coisas, olhei para o copo quase vazio sob a mesa e balancei a cabeça em negação, ao voltar o olhar para o mesmo lugar o homem já não estava mais onde o havia visto segundos atrás.

Empurrei o copo um pouco mais longe e olhei o relógio em meu pulso — droga — teria que ir atrás de Emy, se não iriamos chegar mais tarde do que planejamos e isso nos meteria em uma grande encrenca.

— Tanto faz. — Murmurei ao olhar para o copo virando o restante do líquido e fui em direção as escadas, teria que encontrá-la mesmo aos tropeços.

Subi os degraus e já pude notar casais se enroscando pelo longo corredor, a parte mais constrangedora era ter que abrir a porta dos quartos para tentar encontrar Emy, ver casais nus não me agradava, mesmo que eles nem notassem a minha presença e a bebida me faria ignorar tudo que estava vendo.

Cheguei na metade do corredor e ao abrir uma porta e ver o quarto vazio entrei, e pulei na cama.

— Você me paga Emiliana LeBlanc! — Me sentei na cama.

— Creio que não esteja se referindo a mim. — Uma voz masculina veio da direção do pequeno banheiro que ficava separado apenas por uma cortina um pouco transparente de plástico.

Soltei um gritinho pelo susto, achei que estava sozinha, a cortina foi aberta e notei um homem de pele negra e alto aparecer, ele estava com a camisa em mãos, parecia estar torcendo a mesma.

Olhei em direção ao seu peito nu e largo, um abdômen bem definido e bem marcado, algumas marcas de cicatrizes, mas a pele dele estava radiante diante da luz fraca do quarto, subi os olhos devagar, seus braços pareciam tão fortes e de ombros largos, olhei em seu rosto, um rosto quadrado com os lábios cheios e bem desenhados, aqueles olhos dourados novamente, era o mesmo homem que estava parado próximo ao pilar.

— Me desculpe. — Me levantei. — Achei que o quarto estava vazio.

Comecei a ir em direção a porta, porém ele foi mais rápido e entrou na minha frente, bloqueando a porta, — como ele é alto — me senti ainda mais baixa diante daquele homem alto, eu pude sentir o seu cheiro, e era um perfume que me deixou extasiada, eu estava muito próxima a ele, mais próxima do que deveria. Dei um passo para traz para me afastar, não havia visto que ele tinha soltado a camiseta que estava em sua mão ao chão e acabei enroscando o salto de minha bota no tecido emaranhado e ao arrastar o pé para traz o que me levou a tropeçar.

— Ops! — Achei que cairia, mas, o que veio não foi um encontro ao chão.

Senti o braço dele em torno da minha cintura, seu peito nu estava colado em mim, eu podia sentir o calor de sua pele por cima das minhas roupas, encarei aqueles olhos dourados que pareciam me hipnotizar, meus batimentos estavam acelerados e minha respiração ficou pesada, eu estava presa naqueles olhos.

Não sei se foi pelas bebidas que havia tomado ou se apenas fui tomada pelo grande desejo que senti, eu firmei meu corpo segurando em um de seus braços, e me inclinei para frente o beijando.

Eu não costumava aproveitar as festas desse jeito, assim como Emy aproveitava, mas ele estava tão próximo, um completo estranho bem diante de mim, eu estava o beijando e melhor ainda, ele estava retribuindo.

Com seu braço ainda em minha cintura, ele me puxou ainda mais contra si, soltou um leve gemido ao intensificar ainda mais o beijo, ele me beijava com intensidade, passou a língua no canto de meus lábios, abri mais para poder receber por completo, nossas línguas dançavam em harmonia, o beijo estava com gosto doce e amargo de bebida e álcool.

Ele retirou a minha jaqueta sem deixar meus lábios, logo em seguida levou uma de suas mãos a minhas costas e senti a palma de sua mão grande e quente sob a minha pele fazendo arrepiar. Pousei uma mão em seu peito rijo e macio, passei os dedos descendo e subindo devagar, ele soltou um gemido e se afastou, ele puxou a minha camisa por cima da cabeça e desabotoou meu sutiã e o puxou.

Me pegou no colo e me levou até a cama retornando aos meus lábios, me deitou na mesma e ficou diante de mim, ele me encarou por alguns segundos, o modo que me olhava, aqueles olhos famintos de desejo.

— Você é muito linda, sua pele é linda.

Ele se inclinou sob mim e passou a língua em um de meus mamilos e apertou o outro com sua mão, soltei um gemido e enterrei meus dedos em seus cabelos curtos e macios e enterrei as unhas da outra mão em seu ombro. Ele voltou seus lábios aos meus e desceu a mão devagar até o botão de meu short.

A porta foi escancarada.

— Finalmente achei você! — Gritou Emiliana, e ao ver que estava sem nada na parte de cima fechou a porta. — Achei que estava dormindo por aí de tedio, mas me enganei. — Ela sorriu e começou a recolher minhas roupas. — Desculpa interromper vocês dois neste momento, sinto muito mesmo, mas você sabe que temos que ir agora.

— Sim eu sei. — Resmunguei em resposta. — Sinto muito. — Falei para o homem que se afastou e me levantei pegando as roupas das mãos de Emy e logo me vestia.

— Vou te esperar lá fora, não demore. — Emy saiu do quarto.

— Pelo visto no final você encontrou quem estava procurando ao entrar nesse quarto.

— De combo encontrei você.

— É uma pena que não poderemos terminar o que começamos. — Murmurou.

— É uma pena mesmo. — Me aproximei ao terminar de me vestir. — Mas quem sabe outro dia.

Ele enroscou seu braço novamente em torno de minha cintura e me puxou, se inclinou e deu um beijo profundo e rápido de despedida, se afastou antes que fossemos parar na cama mais uma vez.

— Tenho que ir. 

— Nos veremos novamente, floco de neve.

— Tchau! — Me despedi e passei pela porta.

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