Capítulo 11

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"- Soube que teve um bom treino hoje. - Uma mulher de cabelos longos e ondulados estava sentada ao meu lado na cama. - Minha linda filha, Andrew mostrou o punho sem a mão.

- Desculpe mamãe, tio Andrew está bem?

- Claro que está, a mão dele logo estará boa novamente. - Ela passou a mão em meus cabelos. - Ele ficou impressionado por ser tão nova e tão forte

- Acho que puxei a você.

- Não minha princesa, você é muito mais forte, fisicamente e de muitas outras coisas.

- Como você sabe?

- Porque é uma das coisas que tenho certeza sobre você. - Ela se aproximou e me deu um beijo na testa. - Durma bem minha querida, amanhã deixarei que brinque com Pearlie e Leonic.

- Posso mesmo mamãe?

- Claro que sim, não preciso ser dura com você o tempo todo, só não saia de Bellmoor.

- Eu prometo que não sairei.

A mulher ajeitou o cobertor sobre a menina, depositou mais um beijo na testa da mesma e saiu pela porta."

Abri os olhos, estava deitada na cama, o ar fresco entrava pela janela, mal me lembrava de ter sido abertas, o vinho que bebi deve ter subido para a cabeça e nem mesmo havia percebido.

Encontrei uma jarra com água fresca ao lado da cabeceira da cama, coloquei em um copo e o bebi por completo. Enchi mais outro e com ele em mãos fui até a cortina que balançava com o sopro do vento.

Peguei a cortina que estava balançando e a abri, era a última "janela" do quarto que não havia nenhum móvel na frente, bom eu pensei que era uma janela, mas, na verdade era uma porta que levava para uma linda sacada, dava para ver grande parte do jardim e mais adiante a cidade de Bellmoor, mesmo sendo tarde ainda continuava acordada e radiante, ela é bem iluminada e ainda continham muitas pessoas, eu pude notar isso mais na parte mais alta, pois o que estava mais embaixo minha visão não colaborava.

O jardim estava ainda bem iluminado, notei alguém passando pelo mesmo não muito longe, dei alguns passos para trás me misturando as sombras, todavia imaginava que meus tons claros não me ajudariam muito a esconder.

- Você tem certeza? - O homem perguntou.

Uma mulher saiu das sombras de uma árvore, ela se vestia como uma das empregadas do castelo, ela parecia a mulher que me trouxe os petiscos mais cedo até o quarto.

- Elas são idênticas.

- Isso não quer dizer nada. - O homem vestia um capuz que tampava seu rosto.

- Vou tentar me aproximar e ver se consigo descobrir algo, meu senhor.

- Seja cautelosa Dinah.

- Eu serei.

E assim cada um foi para um lado como se não estivessem passados por ali. Fechei a porta o mais silenciosa possível, pois não tinha certeza de todos por ali tinham a super audição como Kayden e Serafyna. Tomei o restante da água e voltei a me deitar, rolei pela enorme cama por um tempo pensando no que acabei ouvindo antes de finalmente pegar no sono mais uma vez.

"O céu estava de um azul límpido, algumas nuvens ao céu brilhavam com o sol da manhã que estava se levantando. Olhei para um dos rios que atravessava a cidade, havia árvores em torno do mesmo, seria um bom lugar para descansar uns minutos e observar as nuvens se movimentando e o sol ficando cada vez mais radiante.

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