Levanto Penellope do chão em meus braços, sua coroa cai no chão quando a ergui e seu pescoço se esticou deixando sua cabeça um pouco pendurada para trás, a fenda de seu vestido se abriu deixando suas pernas a mostra. Serafyna e Emiliana correu em minha direção. Emiliana retirou os sapatos da amiga e pegou sua coroa que estava aos meus pés.
— Onde estão os malditos guardas? — Serafyna grita.
— Leve a princesa para o quarto. — Meu pai se aproximou. — Iremos cuidar das coisas por aqui.
— Chame Elysia e Kaelin agora!
Sai andando do salão com minha noiva em meus braços, meus pensamentos estavam desorganizados e desfocados, o único foco que eu conseguia ter no momento era a raiva que estava sentindo de Bryant, ele teve a ousadia de aparecer em minha casa e machucar Penellope. Eu iria rasgar ele, pedacinho por pedacinho, até não sobrar um pedaço sequer dele para contar história.
Ele está brincando com todos, com o reino. Teria que pôr um fim nisso, caçar cada um de seus informantes até não sobrar mais nenhum, enfraquecê-lo e descobrir onde aquele covarde está se escondendo.
Um conjunto de sombras se materializou ao meu lado assim que cheguei na porta do meu quarto e Kaelin se mostrou, abriu a porta para que eu passasse e me observou colocar com delicadeza Penellope em minha cama.
— Você pode ficar com ela por um momento? — Pergunto, minha voz saia com um leve rosnado.
Meus músculos estavam todos tensos, a fera que se mantinha dentro de mim estava rugindo para que saísse, que fosse libertada, e com muito esforço eu estava a mantendo presa, não saberia até quando ou onde aguentaria me segurar.
Tirei a bendita da coroa da cabeça e a joguei no sofá cinza, retirei o casaco de cima e o joguei no mesmo lugar, retirando os calçados de qualquer jeito fui até a porta para a minha sacada.
— Kayden é muito alto. — Kaelin começou a falar mais a ignorei.
Pulei da sacada me transformando. Não daria tempo de correr por todos corredores e como a pantera estava em um estado emocional muito alterado e eu sei que a maneira como estava, qualquer pessoa que passasse eu meu caminho não ficaria ilesa.
Pousei com as quatro patas no gramado e sai correndo em rumo a floresta que estava escura, rugindo e rosnando, meu poder lutando com grande fúria para ser espalhado, eu sabia que isso significava algo por saber que a minha parceira estava em perigo, era algo natural que já vi acontecer com vários feéricos quando a parceira está em perigo, perdemos todos os sentidos e somos dominados por poder que mal conseguimos controlar. Neste momento, com Penellope inconsciente por conta do veneno, a última coisa que eu poderia deixar acontecer era ser dominado por meus poderes.
Liberei mais poder ainda sem parar de correr, e assim um espelho da alma foi criado. Um reflexo de mim mesmo, um duplicado temporário, quando um duplicado é criado ele tem uma conexão mental comigo, o mesmo que sinto e ele sente e vice versa, ele correu para o outro lado, se afastando, mais um foi criado e correu por uma nova direção.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Através do Espelho
FantasyPenellope mora em um orfanato com algumas regras um tanto rígidas. Após um incidente do sótão do orfanato ela vai parar em um lugar totalmente diferente e estranho. Por lá ela conhece algumas pessoas um pouco diferentes e assim formam um laço, Penel...