As Consequências De Uma Falsa Aposta

Capítulo 19

Oi meus amores.

Obrigada pelo feedback no último capítulo, peço gentilmente que continuem assim.

19

Aquela música da Taylor Swift, Guilty As Sin, minuto 3:13 até 3:46.

Mais uma vez estávamos naquele lugar que eu não gostava tanto, mas tinha passado a aturar por conta de Lisa, afinal eu lhe devia favores já que fui salva de uma imensa vergonha pública. Nunca imaginaria que o preço seria tão alto, mas lá estava eu pagando por ele sem ter muito direito a reclamações ou qualquer coisa parecida.

Lisa tinha acabado de se apresentar no palco e sumiu de vista, como sempre faz após uma apresentação.

Isso nunca me incomodou antes, mas agora havia incomodado e mais uma vez eu não sabia explicar as razões por tais sentimentos. Talvez tenha algo a ver com o que senti com relação a Somi, mas eu realmente não podia afirmar com certeza. Eu deveria conversar com alguém sobre isso, entretanto não há alguém em que eu confie o suficiente para me abrir sobre Lisa.

Fechei os olhos e soltei um longo suspiro após ver que já era tarde.

Deveríamos ir para casa.

Pensei bem e tomei a decisão de procurar por ela.

Ainda era um lugar cheio de jovens, havia o cheiro de álcool misturado com cigarro e perfumes baratos.

Cheguei perto do palco improvisado e avistei a guitarra que Lisa costuma usar.

O restante de sua banda estava ali por perto, em um ato de coragem eu me aproximei para indagá-los à respeito da tailandesa.

Um deles estava usando um cigarro e foi justamente ele quem me respondeu sobre ela.

— Nossa guitarrista? — Ele puxou a fumaça e em seguida a soltou para cima. — Se não me engano, foi por ali. — Apontou para um corredor escuro.

Quer dizer, tinha a luz vermelha, mas essa luz não era o suficiente para iluminá-lo e tornar as certas coisas mais visíveis.

— Obrigada. — Ele me deu um aceno com a cabeça e voltou a conversar com os outros integrantes da possível banda.

Eu entrei no corredor e comecei a me questionar o que diabos fez Lisa andar por ele, afinal ela tem pavor de escuro e qualquer pessoa com medo do escuro não passaria por esse corredor.

Pelo menos, se eu tivesse medo do escuro, eu não passaria.

Aquele corredor estava tão largo, de longe, nem parecia que era tão grande, mas andando por ele era outra coisa.

A música começou a ficar para trás, não tanto, eu ainda ouvia as batidas, mas era como se algo tivesse interrompendo o alto volume.

Seria maluquice dizer que tinham abaixado o som, mas era o que parecia.

Eu passei por uma porta entreaberta e parei de andar no mesmo instante.

Gemidos.

Eu olhei pra baixo.

Sons de estalos, logo eram beijos.

Dei alguns passos para trás e olhei para dentro da sala.

Era uma sala como qualquer outra, embora houvesse uma aparência mais acabada e desleixada. Bebidas espalhadas por ali, alguns cinzeiros e eu diria que eram petiscos em cima da mesa. Espelho no teto e aparentemente um pole dance acompanhado de uma mesa de sinuca ao lado.