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A dinâmica dessa fic foge do clichê típico.
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Após mais uma semana em casa, Mon finalmente conseguiu voltar para a escola. Com a apresentação cada vez mais próxima, a tristeza que se instalou em seu coração ganhava mais massa e ocupava tanto espaço que já havia perdido as contas de quantas vezes chorou em um único dia.

_Por que você não fica mais de perto? Auxilia, dê dicas para as outras, ajude... -Gyoza sugeriu para a amiga. Desde o acidente, as garotas pareciam menos confiantes.

_Não adianta. Todo mundo já é bom, não precisam de mim assim. Eu tinha que estar no topo da torre, tinha que auxiliar o salto da Naow, eu me sinto uma inútil, inválida. -Mon bateu com força no caderno.

Mon se levantou com o auxílio de Nop que permanecia em silêncio e juntos foram para a área interna do colégio. Já era quase hora da saída e Mon havia concordado em deixar que Sam a buscasse.

Sim, Sam a buscaria no colégio naquela sexta porque Mon queria conhecer mais sobre o mundo da medicina.

Desde que viu de perto toda a movimentação do hospital, a cirurgia de transplante cardíaco e a adrenalina sempre que ouvia de Sam sobre algum acontecimento que lhe deu a responsabilidade de salvar vidas, Mon estava muito interessada.

_Olá, senhorita Sam. -Nop cumprimentou a médica que o reverenciou de volta. _Deixo-a em suas mãos.

_Não se preocupe Nop, cuidarei bem dela.

_Até mais, Mon. Obrigada doutora. Divirtam-se. -Ele começou a se afastar e as garotas se aproximaram de Mon que agora tinha os braços ao redor do corpo de uma Sam carinhosa enquanto abraçava a garota.

_Como se sente? -A médica perguntou.

_Eu estava irritada e frustrada, mas você chegou e de repente me sinto ótima. Zero raiva e frustrações.

_Oi.. -Gyoza se aproximou junto das outras garotas. _Doutora Samanun, que bom vê-la.

_Olá meninas, como estão? -As cumprimentou gentilmente.

_Nunca estive melhor. -Natty disse mostrando que estava bem, a perna quebrada não a deixava se irritar porque estava se entupindo de outras atividades enquanto ainda não era possível retirar o gesso.

_Vamos? -Mon segurou a mão de Sam. _Até mais, gente.

Sam se despediu delas e foi ajudando Mon até o carro.

_Não é todo dia que se vê uma Ranger nesse lugar. -Billy, jogador de futebol americano e que as vezes se arriscava na torcida, disse ao se aproximar das meninas. _Quem é essa?

_A médica que nos salvou. -Natty disse.

O rapaz olhou bem para Mon sendo envolvida pela linda mulher, o sorriso no rosto da pequena era genuíno. Isso o aliviou, significava que ela estava bem apesar de tudo.

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_E como está no hospital? -Mon perguntou a Sam quando a médica arrancou a Ranger branca do pai. 

_Tudo seguindo bem. Essa semana estou focada em pacientes com câncer. Já faz alguns anos que participo de um estudo com areia monazítica que pode auxiliar no tratamento. Isso é meio maluco, eu sei, mas estamos tendo resultado.

_Isso é ótimo. Há algum artigo sobre? Eu adoraria ler.

_Sim, prometo te enviar assim que chegarmos. -Sam sorriu sem tirar os olhos da estrada.

_Há uma coisa que eu gostaria de te pedir. -Mon usaria toda sua falta de vergonha para descobrir se o que estava sentindo em relação a medicina era curiosidade ou se era isso que seria para sua vida.

A quinta garota | MONSAMOnde histórias criam vida. Descubra agora