Caótico kkkk. Espero que gostem! Desculpem possíveis erros.
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Borboletas, mariposas, águias e toda sorte de espécies de pássaros batiam asas no estômago de Mon quando olhava para Sam. Havia algo muito errado. Ou muito certo? Não dava para saber com precisão. Tudo que sabia era que precisava ficar perto dela.
Uma semana depois do encontro, Mon voltou ao hospital para checar a perna e quem a atendeu foi um médico americano muito amigo dos pais de Sam. Ele era um ortopedista renomado que se chamava Frank Henk. Ele não falava nada de tailandês e deu graças a Deus quando viu que Mon falava inglês.
_Muito bom. Você vai estar bem logo. -O médico disse após quase uma hora. _Vou pedir a doutora Samanun para realizar os relatórios semanais já que eu estarei aqui mensalmente.
_Claro. -Mon sorriu e seu coração acelerou quando Sam entrou na sala usando seu jaleco sobre o uniforme rosa do hospital.
_Oi. -Sam cumprimentou Mon com um sorriso. _Doutor Henk.
_Doutora Anuntrakul. -O homem a reverenciou. _Ela é toda sua. -Se despediu de Mon brevemente e saiu da sala.
_Toda minha.. hum.. -Sam se aproximou da garota que ajeitava a própria perna sobre uma cadeira ao seu lado.
_Toda sua. -Mon disse abrindo um sorriso que logo foi desfeito pela expressão de dor que tomou seu rosto. _Eu abro espacate desde criança, já quase me quebrei toda, como só uma parte da perna pode doer tanto?
_A dor é uma parte desse processo. Você sabe que logo vai passar e pra início de conversa, você nem deveria estar fazendo esforço. -Sam a ajudou a abaixar a perna.
_Isso é tão injusto! -Mon sentiu-se tão mal de repente que acabou soltando o que não queria de uma só vez. _Eu treino praticamente a vida toda como líder de torcida, além de já ter feito centenas de outros esportes. Eu dei duro o ensino médio inteiro pra cair num barranco e acabar assim! Que droga. Droga. Mil vezes droga. -Socou a própria coxa.
_Você vai se recuperar.
_Não a tempo! -Mon quase gritou, se arrependendo logo em seguida. _Me desculpa. Você não tem culpa de nada.
_Tá tudo bem, hum? Eu imagino que é muito frustrante. Por isso estou aqui: pra te ajudar a melhorar mais rápido, mesmo que não seja em tempo de você competir.
Mon balançou a cabeça, sentiu os braços de Sam a envolvendo com carinho e se deixou relaxar brevemente antes de ouvir um som de notificação. A médica pegou o celular e sua expressão se fechou.
_Eu preciso ir para a emergência. Queimaduras de terceiro grau.
E sumiu sem conseguir ouvir Mon.
Em meio a raiva e a curiosidade, Mon se levantou, pegou as muletas e foi para fora da sala. Caminhou pelos corredores do hospital até chegar no elevador. Colocou o andar do bloco cirúrgico e esperou e esperou até estar lá. Nenhum dos médicos ou residentes disse nada, pareciam cansados demais pro seu próprio bem e Mon, sentia seu coração bater rápido quando saiu do elevador. O corredor vazio estava cheio de portas com luzes de alerta na cor vermelha e haviam outras portas para salas menores com cadeiras parecidas com as da sala de espera. Mon entrou em uma dessas salas e descobriu que era uma galeria de onde era possível ver as cirurgias.
Lá embaixo, a garota viu quando um médico segurou um coração. Sim, um coração.
Mon se sentou e continuou observando, completamente fascinada com tudo o que via. Não fazia ideia de quanto tempo havia se passado, mas uma Sam ofegante parou ao seu lado.
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A quinta garota | MONSAM
FanfictionUma simples noite de sábado se transforma em um verdadeiro desafio quando Sam precisa se arriscar para salvar a vida de quatro garotas em um carro preso em uma ribanceira.