A quinta garota | MONSAM

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Então vamos para o primeiro capítulo. Lembrando que nossa Khun Neung aqui será a Faye e a Aneung, obviamente, a Yoko. FreenBecky obviamente as mães de todos.

Boa leitura!

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Junho, 2024

_Você poderia ao menos ter fingido que gostou do filme, Kirk estava tão animado. -Khun Neung disse olhando para a irmã pelo espelho retrovisor do carro enquanto dirigia de volta para a mansão da família.

_Eu gostei. Só não gostei de Kirk marcando território como se eu fosse propriedade dele. -Sam bufou e balançou a cabeça.

_Ele parece gostar mesmo de você. -Aneung, namorada de Khun Neung, sorriu gentilmente.

_O problema é que eu não gosto dele. Não assim. Já deixei claro, mas ele segue nessa tentativa inútil de me conquistar. -Sam suspirou com pesar. _Estou farta disso.

_Tuo-lek, não deixe de avisar caso ele ultrapasse algum limite. -Khun Neung disse e Sam concordou enquanto relaxava no banco de trás do carro.

O trajeto entre o shopping e a mansão era de aproximadamente 30 minutos já que a propriedade ficava mais afastada do centro da cidade e por isso, o caminho mais prático era a rodovia que cortava Bangkok. Aneung começou a falar com Neung sobre a possibilidade de suas avós serem as responsáveis pelo casamento das duas que aconteceria em breve.

_Amor! -Aneung segurou o braço de Neung e a freada fez Sam bater a testa no banco da irmã.

_Mas que droga... -Sam murmurou e ao erguer os olhos, sentiu todo o nervosismo do mundo a preencher.

As marcas de pneu acabavam no precipício. Algumas pessoas estavam paradas olhando para baixo na ribanceira e o único instinto das garotas foi descer do carro e procurar entender o que significava aquilo.

_O que aconteceu? -Neung perguntou a um homem que puxava uma corda num caminhão guincho.

_O carro lá em baixo está sustentado por uma árvore e está quase caindo, tem algumas garotas lá pelo que parece. Só que ninguém tá com coragem pra descer.

_Eu desço. -Sam disse pegando a corda quase que imediatamente. Acionou o chamado de emergência no celular para o hospital que pertencia a sua família e sabia que logo haveria uma ambulância ali.

_Samanun, nem pensar! Eu nem sei o que vovó, papai e mamãe fariam se alguma coisa acontecesse com você. -Neung entrou no meio.

_Me tornei médica por um motivo que é salvar vidas e é o que vou fazer.

As vezes Neung odiava o maldito senso de heroína que Sam carregava como herança da família.

_Precisamos de médicos vivos... -Tentou novamente. _E você é médica, não bombeira.

Já era tarde demais para tentar argumentar. Sam já havia improvisado a corda como um equipamento de segurança em seu corpo e já estava com os pés na borda do precipício. A jaqueta preta a protegia do frio, a calça skinny e os Vans na cor preta também ajudariam muito na sua "proteção".

_Estaremos aqui para puxa-lá caso precise. -Um homem gritou. Todos estavam em uma força tarefa para ajudar a corajosa médica a descer.

_O resgate está demorando muito! -Outra pessoa gritou.

Sam sentiu o corpo gelar ao perceber a altura onde estava, porém; ao ouvir os gemidos de dor, decidiu que precisava se concentrar em ajudar aquelas garotas.

_Ei, você pode me dizer o seu nome? -Pediu ao se aproximar do carro.

_Gyoza.. -A garota disse com a voz dolorosa. O rosto estava repleto de machucados.

_Ok, Gyoza. Eu sou Sam. Prometo ajudá-la, ok? Você consegue vir? Preciso que se agarre em mim com força.

Gyoza assentiu e com alguma dificuldade conseguiu envolver o corpo de Sam e os populares acima puxaram a corda até que Gyoza estivesse nas margens da rodovia. O som da sirene da ambulância do hospital onde Sam trabalhava já ressoava ao longe.

Seus 7 anos de experiência em 'como ser médica' seriam úteis agora. Precisavam ser. Era um bebê na medicina, mas sabia mais que a maioria e precisava ajudar aquelas garotas.

Respirando fundo, Sam desceu outra vez e a próxima garota era chamada de Naow. Todas usavam uniformes de líder de torcida. A garota seguinte estava com uma perna quebrada, com muito custo ela disse que seu nome é Natty (N/A: Natty participou do SIXTEEN para formação do TWICE em 2015. Ela é tailandesa, uma fofa) e Sam sentiu o corpo doer pelo esforço físico enquanto a ajudava.

_Ei, calma... eu vou sustentar você. -Sam tentou acalma-lá. Por sorte, a garota era menor que as outras e acabou se agarrando as costas de Sam.

_Samanun! -A voz era de Cher, o rapaz alto que trabalhava como socorrista era um dos melhores amigos de Sam. _Os bombeiros estão vindo.

Sam não conseguiu responder por conta do esforço que fazia. Os gemidos de dor de Natty a estavam perturbando, seus pensamentos vagavam para o quão ruim estava aquela perna.

Por último, Sam socorreu uma garota de cabelos longos chamada Yuki. Os gritos dela ficaram mais estridentes a medida que Sam tentava colocá-la em suas costas de péssimo jeito.

_Yuki, se agarre em mim com força.

_Cadê... cadê minhas amigas... -Yuki balbuciou enquanto tentava enxergar um pouco mais. A cabeça girando a fez sentir vontade de vomitar.

Sam olhou bem para o carro e seu corpo gelou, sentiu que devia descer mais ao perceber que o pára-brisa estava quebrado. Subiu com Yuki e quando iam ajudá-la, seu instinto disse para descer até estar em terra firme, mais alguns metros abaixo.

_Sam! -Neung gritou a irmã. _SAM! O que você vai fazer?

A descida foi abrupta e assim que pisou na mata baixa de péssimo jeito, Sam viu a garota caída de costas, ela estava com a mesma roupa de torcida das outras, os cabelos longos presos num rabo de cavalo e completamente ferida. Sam pegou o celular que estava enfiado no cós da calça e chamou Cher.

_Os bombeiros chegaram? Preciso de uma maca aqui embaixo. É uma quinta garota, está com escoriações e uma fratura na perna.

Cher saiu de perto da ambulância e chegou até a beirada. Olhou e conseguiu, com muito custo, ver Sam abaixada. Passou as informações aos recém chegados bombeiros e observou o trabalho de descida.

Sam, abaixada, usou a lanterna do celular para checar as pupilas. Checou o pulso rapidamente e agradeceu aos céus pelo socorro estar tão próximo. Mais um pouco e aquela garota morreria.

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Obrigada por lerem!