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_Calma, senhora. -Sam disse enquanto virava o homem que havia caído no chão em crise convulsiva.

Sam fez um movimento da mandíbula para baixo para que o paciente não mordesse tanto a língua. Pegou seu celular com a mão livre e acionou uma ambulância.

A doutora aguardou cinco minutos e nada da crise passar.

_Binm! -A mulher chorava enquanto observava a cena.

Quando a ambulância chegou, Cher e outros dois médicos entraram em ação enquanto Sam detalhava o ocorrido ao colocar as luvas para ajudar. Depois de quase meia hora, o paciente estava devidamente sedado e entubado não ambulância.

_Eu não vou para o hospital. -Sam retirou as luvas. _Estou no meio de um jantar especial. Deixo com vocês, está bem? -Disse e Cher concordou. _A senhorita não precisa se preocupar, está bem? Temos a melhor equipe desse país. Seu marido ficará bem. -Reverenciou a mulher que a agradecia sem parar.

Chet e outros funcionários ajeitaram tudo outra vez, Sam os ajudou rapidamente e do lugar, Mon estava boquiaberta. Nunca iria se acostumar com Sam salvando o dia.

_Você nasceu pra isso. É impressionante como você acalmou toda a situação enquanto o atendia! -Mon olhava para o lugar onde o homem estava há poucos minutos.

Sam se ajeitou na cadeira com os sucos em mãos.

_É o básico, manter a calma. Você sabe, todo dia é um belo dia para salvar vidas. -Piscou ao fazer a referência. _Deixe-me servi-la.

Sam serviu Mon de maneira tão amável que a líder de torcida tinha certeza que estava ficando completamente caída por aquela mulher. Os mínimos detalhes estavam formando uma imagem cada vez mais nítida de Sam e do ser humano incrível que ela era.

O jantar regado a muito sushi chegou, Chet as ofereceu doces japoneses por conta da casa como sempre fazia quando algum membro da família de Sam ia até o restaurante, mas naquele dia foi especial: Sam havia ajudado uma pessoa. Ela merecia além e por isso Chet não cobraria absolutamente nada delas.

Mon quase gemeu de satisfação ao comer do sushi. Era divino! Tanto que se sentiu uma criança boba enquanto devorava-os sem qualquer vergonha. Sam sorria de orelha a orelha por vê-la aproveitando tão bem aquele jantar.

_Hum... pode parecer meio bobo, mas qual é a sensação de fazer uma cirurgia? -Mon a olhava atentamente enquanto comiam.

Sam soltou uma risadinha.

_É exatamente a mesma pergunta que fiz para meus pais quando eu estava me descobrindo na medicina e a resposta é parecida: você se sente útil ao cubo. Todas as profissões são necessárias, todas te tornam útil para algo na sociedade. Porém, a de médico, principalmente quando se é cirurgião, te faz pensar que o seu trabalho pode devolver a saúde e qualidade de vida de alguém, afinal sem saúde não somos nada. É indescritível a sensação de fazer uma cirurgia, por exemplo -Sam pausou por um momento. _ortopédica em alguém que estava sem andar e então você consegue fazer esse paciente ir para casa bem, caminhando, pronto para ter uma vida normal. Então a sensação é essa, indescritível. De utilidade ao cubo.

Mon a observava com os olhos brilhando enquanto Sam falava com paixão sobre o que amava fazer. Uma chama nasceu no coração de Mon e de repente se sentiu mais interessada pela medicina.

_Você é mesmo uma heroína da vida real. É lindo ver você falando sobre seu trabalho com tanto amor.

_Obrigada por se interessar tanto. As pessoas geralmente admiram médicos, mas fogem quando é para desmembrar a prática da medicina.

O coração de Mon queimava em ouvir Sam. Colocou a mão no peito pra tentar se acalmar, queria só olhar e olhar para a médica sem se preocupar com nada e sem parecer uma louca, mas tinha medo de assusta-la.

A quinta garota | MONSAMOnde histórias criam vida. Descubra agora