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Epa! Então, como eu disse, a dinâmica dessa é totalmente diferente de outras fanfics românticas que vocês estão acostumades.

Espero que gostem 🔥

•••

Depois da maior vergonha de sua vida, Mon almoçou com Sam na imensa mesa da copa. Um lustre moderno pairava sobre o centro da mesa, havia todo um toque rústico mesclado ao moderno no ambiente.

_Desculpe pelo que houve. -Sam disse após um tempo.

_Tudo bem, Sam. Acontece. Por pior que seja. -Mon sorriu. _É realmente uma pena. Eu estava adorando. -Sussurrou a última frase olhando de jeito safado para Sam.

_Gostou tanto assim? -Sam tocou a coxa da garota sob a mesa de vidro.

_Muito. -Mon entreabriu as pernas, sentindo o toque da médica se aproximar de sua intimidade gradativamente.

O som de saltos ecoaram e as duas se recompuseram imediatamente, focadas em seus pratos de sobremesa.

_Olá, queridas. -Uma senhora adentrou o cômodo as cumprimentando. Mon se ergueu para reverencia-lá. _Você deve ser Mon, sim?

_Isso mesmo, senhora.

_É tão adorável quanto imaginei. Estou de saída, quero que se sinta à vontade, ok?

Mon assentiu. A avó era tão gentil na forma de falar que logo ficou claro pra Mon de onde vinha a educação de toda a família. Sam abraçou a avó e quando ela saiu, a médica indicou para que se sentassem outra vez. Continuaram comendo a sobremesa até que o celular de Sam apitou. Mon observou o semblante da médica mudar imediatamente.

_Sei que disse que te mostraria a medicina em sua essência, só que preciso ir para o hospital agora. -Se levantou rapidamente. _Eu não devo demorar, você pode ficar e esperar por mim?

_Claro. Eu vou esperar. -Mon sorriu de canto, sentiu o beijo carinhoso de Sam em sua testa antes que ela sumisse casa adentro.

A médica se trocou rápido, pegou um dos jalecos no closet e foi de moto até o hospital. Quando chegou, encontrou sua mãe avaliando Khun Phuki, irmão de Chet, pai de Aneung, cunhada de Sam e Song.

_O que faz aqui? -Phailin perguntou.

_O que houve? -Sam ignorou a mãe enquanto ia colocando as luvas.

_Foi atingindo por um carro, a pancada provocou uma pressão considerável no tórax e abdômen dele. Aparentemente não tem lesão, mas pedi um raio x em 3D completo.

Sam tocou o queixo de Phuki, ele estava meio sonolento por conta da medicação para dor, o movimento duro do pescoço fez Sam estranhar, assim como os olhos dele.

_Quero uma TC de crânio. -Sam pediu. _Phuki, oi. -O chamou.

_Sam? -A voz meio grogue saiu seguida de um sorriso. _Por que tem uvas ali? E ali?

Sam franziu o cenho.

_O que deram pra ele? -Perguntou aos demais.

_Nada, só o clássico analgésico.

Antes que Sam pudesse dizer qualquer coisa, o monitor cardíaco apitou. A saturação de Phuki caiu totalmente.

Sam começou a massagem cardíaca, os olhos fixos no monitor enquanto tentava recuperar os sinais de homem.

_Droga. -Sam murmurou. Phailin pegou o desfibrilador e pediu a filha para se afastar.

_200. -Pediu. O peito dele se elevou. Nada. _250. -Tentou. _300.

Na última tentativa, os sinais voltaram.

_Ele está com hemorragia interna. -Sam concluiu. _Vamos levar para a cirurgia.

_Você tirou o dia de folga, Sam. Foram dois plantões seguidos. -Phailin disse.

_Eu preciso ajudá-lo.

_Não era pra você estar aqui. Quero que vá pra casa agora e deixe Phuki comigo e com a melhor equipe do país. -A mulher disse com um tom bravo. _Agora, doutora Anuntrakul. Para casa! Agora!

Passaram para o elevador, deixando Sam para trás. Irritada, ela foi para casa outra vez e encontrou Mon na cozinha, terminando de colocar as louças para secar.

_Oi. Pensei que fosse demorar mais.

_Minha mãe me dispensou.

_Pensei que ela tivesse te chamado. -Mon franziu o cenho.

_Digamos que eu... tenha programado para avisarem a mim e ela ao mesmo tempo quando algo acontece. -Disse com o semblante caído. _Phuki sofreu um acidente, ele é irmão de Chet, e agora vai entrar em cirurgia.

_Chet? Do restaurante? -Mon levou a mão até a boca ao vê-la assentir. _Eu sinto muito, Sam. -Abraçou a médica.

_Eu queria ajudar. Ele é muito querido pra todo mundo. Só que minha mãe decide me tirar e-

_Ela só quer seu bem, você precisa descansar, Sam. Não é por mal, mas você tem olheiras, sabia? -Mon riu baixinho ao cortar a fala da linda mulher. Sam a acompanhou no riso enquanto segurava as mãos da garota em seu rosto. _Sua mãe é a melhor, Khun Phuki ficará bem. Tenho certeza.

As duas se abraçaram apertado.

Quase três horas depois, Phailin mandou uma mensagem para Sam avisando que Phuki estava bem, a cirurgia havia sido um sucesso e o estado de saúde dele não corria qualquer perigo.

Nessas duas horas, Mon aproveitou para ficar deitada com Sam no enorme sofá da sala. Nenhuma das duas tinha rotulado o que estava acontecendo entre elas, tudo que sabiam era de que precisavam da companhia uma da outra e isso era tudo. Sam abraçava a garota com tanto amor que Mon acabou dormindo um pouco enquanto ouvia as batidas do coração da médica.

A mensagem de Phailin a acordou. Depois de passado o susto, Sam abraçou Mon ainda mais forte.

_Eu estou adorando ficar assim com você. -A médica falou num sussurro, deixando um beijo na cabeça de Mon.

_Eu também. Você me passa uma segurança tão grande.

_É assim que quero que seja. Quero proteger você.

As duas se olharam, Mon acariciou o rosto da doutora e sorriu.

_Você literalmente me salvou. Sempre que penso nisso eu fico meio maluca. -Deu um selinho na doutora.

_Meu corpo gela ao pensar nisso porque se eu não tivesse descido, você poderia não estar aqui. -Sam a apertou mais um pouco. _E eu não estaria assim com você porque estaria me culpando por não ter ido mais pra baixo.

_Mas eu estou aqui, doutora. -Mon a olhou com mais intensidade ainda. _E você é uma heroína daquelas que todo mundo ama, a favorita.

_Ser a sua heroína favorita já basta pra mim. -Sam traços os dedos nos fios meio loiros de Mon. A garota se ajeitou para beija-la.

Mon invadiu a boca de Sam com a língua, fazendo a médica abrir mais os lábios, dando passagem para a invasão deliciosa. Os sons ecoavam, Mon acabou ficando sobre a médica, sentindo as mãos firmes em sua cintura, as pontas dos dedos entrando no cós da saia escolar.

_Que boca gostosa.. -Sam sussurrou entre o beijo.

_Gosta é?

_Huhum... -Sam se mexeu de modo a se erguer, Mon saiu de cima dela com cuidado por causa da perna e sentiu a médica a pegar no colo, levando-a novamente para seu quarto. _Tudo bem pra você ficarmos aqui?

_Tudo ótimo. Só... tranque a porta, não sei se consigo controlar meus hormônios porque eles ainda são meio adolescentes.

Sam gargalhou baixinho e trancou a enorme porta antes de ir agarrar a garota, certa de que não haveria volta se ultrapassassem certo limite.

•••

Vamos ter quebras de momentos por causa dos chamados da Sam, óbvio, então segurem a onda aí.

A quinta garota | MONSAMOnde histórias criam vida. Descubra agora