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Boa noite! Estou em epifania com os últimos dias, desculpem a demora. Espero que gostem.

•••

_Você está se envolvendo. -Phailin disse à filha quando assumiu seu posto as uma da manhã seguinte. Sam não desgrudava os olhos de Mon, preocupada. _Vá se trocar e aí você pode ficar aqui parada olhando.

_Mãe-

_Agora, Samanun. O pai dela está dormindo, se você for exceder seu horário trabalhando eu preciso te lembrar que você tem outros pacientes. Se for exceder velando o sono dela, então você é como uma visita.

Sam não respondeu, apenas saiu andando e voltou minutos depois vestindo uma camisa preta e calças de moletom, os tênis eram os mesmos de antes. Prendeu os cabelos e pegou um crachá de visitante, se sentou no sofá ao lado do pai de Mon que ainda dormia e continuou a observando com certa adoração.

_Doutora.. -Joffrey acordou de sobressalto. _O que...

_Não consigo explicar agora. Eu vou... vou só observar Mon, tudo bem?

O homem sorriu e assentiu. Joffrey aproveitou e foi comer alguma coisa num 24 horas perto do hospital. Havia passado o dia todo e iria ficar a noite toda com Mon além de ter de ir trabalhar quando amanhecesse.

As horas passaram e quando o sol começou a nascer, o efeito do sedativo foi se dissipando por completo e Mon não apresentou mais o quadro convulsivo. O exame de sangue mostrou que o remédio do pós operatório era o responsável pela crise e a tomografia mostrou que o cérebro estava perfeito. Não havia nada.

O alívio de Sam foi tanto que não passou desapercebido por Phailin e tampouco pelo pai da garota antes que ele tivesse de ir trabalhar.

_Filha, eu prometo que quando ela acordar serei a primeira pessoa que ela vai ver e te direi como ela está. -Phailin falou.

_Eu quero ser a primeira pessoa que ela vai ver. -Sam disse convicta. _Prometo ficar de fora, mas eu quero que ela saiba que estou aqui.

_Achei que eu estivesse inventando coisas.

_E está. Eu só quero o bem estar da minha paciente.

_Você nunca trocou de roupa pra ser "visitante" de um paciente. -Phailin suspirou. _Enfim, se é o que você quer. Fique.

_Obrigada, mãe.

Phailin saiu e deixou Sam no quarto. Joffrey foi embora depois de beijar a testa da filha e Mon, por sua vez, acordou quase 10 da manhã e o primeiro rosto que viu foi o de Sam enquanto ela checava sua perna.

Estava completamente sonolenta e zonza. Sam colocou as luvas após higienizar as mãos e tirou o tubo da garganta de Mon. Já era a segunda entubação e a tosse veio com tudo.

Sam elevou a cama de Mon, a ajeitou com todo cuidado, a cobriu melhor e tirou alguns fios de cabelo da testa dela.

_Consegue falar um pouco? -Sam perguntou tocando a testa dela com carinho.

_A-acho que sim.. eu tô com.. tô com muita dor na perna.

_Eu sei. Tivemos que tirar o medicamento. Ele fez você ter uma crise convulsiva e eu não posso permitir que você continue tomando.

_Eu... -Mon se mexeu com dor. _Sam...

_Eu sei.. eu estou aqui, hum? -Sam pegou o celular e chamou a enfermeira daquele plantão. Uma senhora entrou com rapidez e o olhar gentil, Sam explicou a situação. _Vou pedir para trocar o medicamento, está bem?

Sam chamou Phailin e Arnold, ambos concordaram em trocar o medicamento e após aplicado, Mon sentiu-se mais aliviada.

_Eu notei -Mon começou a falar. _que você não soltou mais minha mão.

Sam sorriu enquanto seu rosto ficava vermelho feito um pimentão.

_Não quis que acordasse e pensasse que está sozinha.

_Por isso você está sem jaleco?

_Sim. Não posso ficar te fazendo companhia como médica então troquei de roupa e peguei o crachá de visitante. Seu pai foi para o trabalho e então peguei o de acompanhante. -Sam segurou a mão de Mon com mais firmeza. _Me desculpe se isso é estranho pra você.

_É a coisa mais legal que já fizeram por mim. Você como médica então nem se fala. -Mon soltou uma risada baixa. _Você é incrível, obrigada por ter feito isso.

_Não há de quê. -Sam sorriu.

Mon ergueu a mão com certa dificuldade por ainda senti-la pesada e entrelaçou seus dedos aos de Sam.

_Nem tivemos nosso primeiro encontro ainda, mas olha isso... parece que minha mão foi feita exatamente para você segurar. -Mon observou.

Sam pensou a mesma coisa, por esse motivo firmou o enlace de seus dedos.

_Tem alguma coisa sobre você... -Sam disse baixinho. _Alguma coisa que me atraiu pra você.

Mon manteve os olhos fixos na médica.

_Não quero te assustar..

_Você não me assusta. Pelo contrário, eu me sinto segura com você. Quero você perto de mim tipo agora, segurando minha mão. -Mon a puxou para que se aproximasse. _Desculpe por pular etapas, mas eu adoraria que você me abraçasse.

Sam não disse nada. Se aproximou mais de Mon e a tomou nos braços, envolvendo o corpo dela junto ao seu, pela primeira vez percebeu que finalmente parecia ter encontrado seu encaixe perfeito e, em seu interior, gritou que jamais a deixaria ir.

A quinta garota | MONSAMOnde histórias criam vida. Descubra agora