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Opa!

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Agosto chegou como um tapa seco no rosto de Mon que já estava conseguindo andar mesmo que mancando. Aos poucos ia descontando a raiva em flexões na barra fixa e em sessões intermináveis de amassos com a doutora Samanun quando ela não estava enfiada em uma sala de cirurgia.

Depois que transaram, não conseguiram ter outra vez por falta de tempo e lugar apropriado.

_Ei, pega leve! Você precisa se recuperar. -Nop falou com a amiga no ginásio da escola. Mon estava fazendo flexões no chão.

_Eu tô legal, relaxa.

_Vá para casa. -A voz da treinadora Nita soou. _Você precisa descansar.

_Não era você quem queria que eu melhorasse logo? -Mon a encarou de onde estava.

O cropped colado ao corpo estava incomodando Mon ao ponto dela quase explodir, e foi só por isso que o exercício foi interrompido. Sem dizer mais nada, Mon foi em direção ao vestiário. Tomou um banho e mandou mensagem para Sam, queria vê-la e tentar desestressar um pouco.

Quando a médica avisou que iria pega-la, Mon se animou mais. Ficou esperando pela mulher no pátio do estacionamento enquanto pensava na coreografia que os outros fariam e ela teria de ficar olhando.

Bufou tantas vezes que mal percebeu a buzina e em seguida a mulher de blusa social preta e cabelos soltos encostada em um Porsche Cayenne também preto. Tudo combinava perfeitamente com Sam. A blusa, a calça skinny com aquele cinto dourado e os sapatos sociais.

Os olhares eram inevitáveis e Sam adorava que soubessem que estava ali por Mon. Assim que a garota se aproximou, a médica a abraçou pela cintura e lhe beijou com carinho.

_Oi. -Mon envolveu o pescoço dela. _Você gosta de chamar atenção, não é?

_Adoro. Principalmente com você. -Mordiscou o pescoço dela rapidamente. _Estou com a garota mais bonita e gostosa desse lugar, não é para me gabar?

_Eu quem deveria me gabar! Estou pegando uma doutora gostosa e rica. Ganhei na loteria em todos os sentidos. -Mon segurou o rosto dela com a mão firme, arrancando um riso safado de Sam.

_Pode dizer que ganhou na loteria, me chamar de mamãe noel, tudo o que você quiser.. -Sam a puxou mais para si. _E você falando essas coisas com essa roupa nunca me ajuda.

_Você adora me ver nesse uniforme, não é? -Mon beijou a ponta do nariz da mais velha ao vê-la confirmar com a cabeça que sim. _Vamos logo antes que eu agarre você aqui.

A mulher abriu a porta para Mon. Antes que fossem embora, Sam reparou que estavam sendo observadas pelo garoto que esteve com Mon no hospital durante a visita dos alunos. Ele não parava de olhar na direção delas. A médica franziu o cenho antes de entrar no carro e arrancar.

_Preciso ir em casa primeiro, tudo bem? -Mon disse e viu Sam assentir enquanto ligava para alguém.

_Só um segundo. -Disse quando alguém atendeu.

_Sim, doutora.

_Oi, Khun Wisanu. Preciso falar com meu pai. -Sam e Mon o ouviram assentir e então, sem que Mon soubesse, estavam falando com médicos no meio dale uma cirurgia. _Pai, pensei e pensei e descobri qual o nosso problema.

_Você não tirou o dia de folga?

_Sim, mas minha cabeça não. Preciso falar. A TC não mostrou exatamente o que precisamos ver. Tente fazer uma vistoria com foco no lobo superior esquerdo com o crânio totalmente aberto. Nosso problema está ai.

A quinta garota | MONSAMOnde histórias criam vida. Descubra agora