𝐀𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐳𝐨𝐢𝐭𝐨 𝐚𝐧𝐨𝐬, 𝐌𝐞𝐫𝐞𝐝𝐢𝐭𝐡 𝐆𝐫𝐢𝐦𝐞𝐬 vê o mundo que conhece ser tomado por um apocalipse zumbi e é obrigada a fugir com as duas pessoas da qual quer ficar longe: sua madrasta e seu irmão, enquanto acredita que perdeu a pesso...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Remendar o que foi quebrado Desdizer estas palavras ditas Encontrar esperança na falta de esperança Me tirar desse desastre."
Quando o desconhecido despertou, se apresentou como Aaron e afirmou vir de uma comunidade chamada Alexandria. Meu pai, como sempre, estava desconfiado. Mesmo assim, a pedido de alguns do grupo, decidiu ouvi-lo. Só eu e Daryl parecemos não acreditar em nenhuma palavra que saía da boca daquele homem.
Ele começou a descrever o lugar. Falava sobre as casas bem estruturadas, o estoque abundante de comida e a segurança que aquele lugar poderia nos oferecer. Aaron insistiu para que pegássemos sua mochila e olhássemos as fotos que ele tinha trazido. Relutantes, fizemos isso. As imagens mostravam o que ele descrevia: ruas limpas, cercas reforçadas e casas perfeitas. Mas não havia ninguém nas fotos. Nenhuma pessoa, nenhuma criança brincando, ninguém caminhando pelas ruas. Só isso já fazia o alarme soar na minha cabeça.
Aaron percebeu nossa hesitação e explicou:
- É intencional. Não colocamos pessoas nas fotos por segurança, para caso elas caíssem nas mãos erradas. Estou sozinho aqui, mas meu parceiro está esperando no trailer que deixei na estrada. Não há mais ninguém. Vocês não correm nenhum perigo.
A reação do meu pai foi previsível. Ele não acreditou. Olhou para Aaron com aquele olhar frio e incisivo de sempre, antes de se virar para o grupo.
- Vamos vasculhar a floresta e a estrada. Quero o trailer que ele falou, e quero saber quem mais está com ele. Seja o que for, não seremos pegos de surpresa.
Rick Grimes não baixava a guarda por nada. Ele mesmo decidiu vigiar Aaron enquanto Carl ficava cuidando de Judith. Daryl e Tara assumiram o posto de guarda do lado de fora do celeiro. O resto de nós ia para a estrada. Maggie já estava se preparando para ir, mas eu e Glenn trocamos olhares e rapidamente bloqueamos o caminho dela.
- Você não vai - eu disse, cruzando os braços.
- É melhor você ficar e descansar - Glenn reforçou.
- Nem sabemos se estou grávida - Maggie rebateu, irritada - E, mesmo se estiver, gravidez não é doença.
Eu suspirei e dei um passo à frente, tentando manter a calma.
- Maggie, se tem alguém aqui que precisa se cuidar, é você. E ele - fiz um gesto com a cabeça na direção de Glenn, é o pai do bebê. E eu... bom, nem sei o que sou, mas...
- Você é a garota pela qual estou apaixonada - Maggie cortou, sua voz ficando mais suave enquanto tocava meu rosto com a palma da mão.
Meu coração deu um salto, mas eu me mantive firme. Segurei a mão dela, afastando-a devagar.