𝐀𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐳𝐨𝐢𝐭𝐨 𝐚𝐧𝐨𝐬, 𝐌𝐞𝐫𝐞𝐝𝐢𝐭𝐡 𝐆𝐫𝐢𝐦𝐞𝐬 vê o mundo que conhece ser tomado por um apocalipse zumbi e é obrigada a fugir com as duas pessoas da qual quer ficar longe: sua madrasta e seu irmão, enquanto acredita que perdeu a pesso...
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"Porque aqui estou eu Estou dando tudo o que posso Mas tudo o que você faz é estragar as coisas Sim, estou bem aqui Estou tentando deixar claro Que ter metade de você simplesmente não é o suficiente"
A calmaria não durou. Descobrimos que o grupo do Terminus estava nos vigiando, pronto para nos prender em uma armadilha. Padre Gabriel era cúmplice deles, mas, tomado pela culpa, decidiu delatá-los na esperança de algum perdão divino. Daryl e Carol desapareceram, para o desespero de todos, e, como se não bastasse, Abraham decidiu que partiria para Washington na manhã seguinte para concluir sua missão. Pior: queria levar Maggie, Glenn e eu junto com ele.
- Minha filha não vai a lugar nenhum! -meu pai vociferou, sua voz cortando o silêncio.
- Tudo bem - Abraham retrucou, com um tom frio - Então aceito só o casalzinho.
- Nenhum de nós vai com você! - eu rebati, segurando firmemente a mão de Maggie.
- Eu vou -A voz de Glenn cortou o ar como uma faca - Se isso te fizer ficar essa noite e nos ajudar a acabar com o grupo do Terminus, eu vou.
Um silêncio pesado pairou na sala até que Tara deu um passo à frente. - Eu posso ir no lugar da Maggie.
As coisas estavam saindo do controle. Maggie me puxou pelo braço, levando-me para um canto afastado. Seu rosto estava tenso, os olhos inquietos.
- O único jeito de vencermos isso é com a ajuda deles - ela cochichou, a urgência em sua voz evidente - Talvez eu deva ir.
- Você não está falando sério - Minha voz saiu baixa, mas firme. Olhei nos olhos dela, tentando entender o que se passava em sua mente - Maggie, eu não posso deixar você ir.
Ela desviou o olhar por um instante, mas eu sabia o que viria em seguida.
- Não é só isso, não é? - minha voz tremeu - A verdade é que você não está pronta para ficar longe do Glenn, não é?
Os olhos dela encontraram os meus novamente, e vi a hesitação ali. Não era algo que ela podia negar, mas também não sabia como admitir. Aquele silêncio me cortou mais do que qualquer palavra poderia. Soltei sua mão, sentindo o peso do que aquilo significava.
- Faça o que achar que precisa fazer - Minha voz soou amarga, mesmo que eu não quisesse.
Maggie voltou para o grupo, erguendo a cabeça como se estivesse tomando uma decisão firme.
- Eu vou - ela anunciou, encarando Abraham - Mas só se você e Rosita prometerem nos ajudar antes de partirmos.
Abraham assentiu, satisfeito com o acordo. Eu permaneci onde estava, sentindo o chão desaparecer sob meus pés. Mais uma vez, Maggie me dava apenas migalhas que eu não podia aceitar. E mais uma vez, eu me perguntava: até quando aceitaria viver com tão pouco dela?