Wild Kondo/As Amazonas/Os Paladinos - A Saga do Tempo

Capítulo 3 - Camelot

A Saga do Tempo – Wild Kondo
Livro 1: Os Cavaleiros da Távola do Wild Kondo
Capítulo 3: Camelot
Contagem de Palavras: 1281 Palavras

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A viagem continuou sem interrupções. Em alguns momentos, os cavaleiros se viravam para dizer algo aos Lutadores e havia algo nisso que estava deixando Gabriel intrigado.

— Mat, podemos conversar por um momento? — perguntou o rapaz, se aproximando.

— Claro — respondeu Matsaniel. — Sobre o que quer falar?

— Notei que os cavaleiros não falaram mais nada sobre os animais — disse o mais velho. — Você tem algo a ver com isso?

— Tenho tudo a ver com isso — respondeu Matsaniel. — Coloquei neles a sugestão de ignorarem os animais.

— Você vai fazer isso com todo mundo? — perguntou Gabriel.

— Só se for necessário — respondeu Matsaniel. — Veja, chegamos.

Os Lutadores olharam admirados para Camelot. A cidade-castelo era uma visão impressionante. O que separava a cidade do lado de fora era uma grande muralha, com um único portão à vista, aquele por onde eles atravessariam.

Os cavaleiros anunciaram sua chegada ao porteiro e o portão foi aberto para todos entrarem.

O interior da cidade também era muito bonito. As ruas e as casas mostravam claramente a arquitetura da época. Vendedores em suas bancas anunciavam seus produtos para as pessoas que passavam na rua e todos pareciam felizes e satisfeitos.

Os cavaleiros não atraíram muita atenção quando entraram na cidade. Os Lutadores, por outro lado...

— Imagino que estamos destoando da moda — observou Matsaniel.

— Temos outras coisas para nos preocupar — observou Gabriel.

O rapaz estava olhando para as pessoas que cochichavam enquanto olhavam para os animais. Provavelmente, ninguém havia dito nada porquê eles tinham chegado com os cavaleiros, mas isso não duraria para sempre.

— Mat, consegue desviar a atenção de todos? — perguntou Gabriel.

— Você não perdeu tempo mesmo, não é? — perguntou Matsaniel. — Tudo bem, uma alteração em larga escala saindo.

O garoto tirou seu chapéu fedora e o substituiu pelo chapéu de metal cheio de espelhos da memória.

Aquilo atraiu ainda mais os olhares dos curiosos, mas isso só durou até Matsaniel estalar os dedos e transmitir seu sinal telepático. Imediatamente as pessoas voltaram para seus afazeres anteriores e ninguém mais voltou a olhar.

Matsaniel, por sua vez, cambaleou para o lado, mas foi segurado por Camila.

— Tudo bem? — perguntou ela.

— Sim — respondeu Matsaniel. — Só precisei me esforçar um pouco mais, já que aqui não tem antenas para retransmitir meu sinal telepático.

Depois disso, o grupo continuou pela cidade até chegarem aos portões do castelo.

— Jovens viajantes, aqui nos separamos — disse o primeiro cavaleiro.

— Sim, precisamos levar nosso relatório ao rei — disse o segundo.

— Posso ir também? — perguntou Tom, atraindo os olhares dos amigos. — Quero dizer, podemos ir também? Seria uma honra conhecer o rei Arthur.

— Bom, se o rei não estiver muito ocupado, ele poderá recebê-los — disse o primeiro cavaleiro. — Mas precisaríamos anunciá-los. Quem é o líder do grupo?