Simon Riley:
Eu estava exausto. Nas últimas semanas tudo o que tenho feito é buscar por rastros de Makraov. Qualquer nome, endereço ou um mísero relato de alguém que tenha o visto por aí, já seria o suficiente. Depois de alguns dias procurando, Price e eu encontramos um homem que poderia ser um dos informantes do filho da puta. O capitão havia dito que depois que o pegássemos, a missão de interrogá-lo seria de Gaz e Soap para que eu pudesse descansar.
Aquilo me deixou um pouco mais tranquilo, mas algo ainda me incomodava. Não importava o quanto eu tentasse esquecer, meus pensamentos sempre se voltavam para alguém. Uma mulher que me fazia perder o juízo toda vez que eu estava em sua presença e que o cheiro, apesar do perfume que usava, sempre me lembrava o de um delicioso café.
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Era sábado de manhã, Mila havia se oferecido para me ajudar com a captura do tal informante, e como seu histórico era um dos melhores, apenas aceitei sem pensar muito a respeito.
Como era de se esperar, a missão havia sido concluída com sucesso e pouco depois do meio-dia estávamos de volta. Mila e eu almoçamos no refeitório, que já estava vazio por conta do horário. Conversamos um pouco sobre as missões e ela me contou sobre sua vida em Paris e sua trajetória nas forças armadas, a moça sem dúvidas era uma das mais sangue frio que eu já conhecera.
Depois de comer fomos até a sala de reuniões para passar o relatório ao capitão. Estávamos em um dos corredores próximo a enfermaria, Mila dizia algo sobre os treinamentos que recebera quando criança, mas minha atenção voltou-se para alguém que cruzara o corredor a frente.
Semicerrei os olhos para tentar distinguir a figura, não demorou muito para que a silhueta de Yuri se revelasse. Não somente a dele como a de Amanda também. Um dos braços do soldado estava em volta da cintura dela e ambos andavam com certa dificuldade. Yuri pareceu notar minha presença esboçando um certo descontentamento.- Por que a pressa, sargento?
- Tenente, preciso levá-la a enfermaria.
- O que aconteceu? - Meu corpo enrijeceu-se.
- Estávamos no estande de tiros quando ela se feriu com o som de uma Calibre Doze.
- Uma Doze? O que estavam fazendo no estande de tiros?
- Estávamos apenas trei...
- Sem os protetores? Que tipo de profissional você é?!
- Ela estava com os protetores.
- Não é o que parece!
Apesar de não estar nos ouvindo, Amanda parecia entender a situação e me repreendia com o olhar.
- Eu jamais a machucaria de propósito! - Yuri, que antes estava de cabeça baixa, agora me encarava profundamente.
- Mas o que está acontecendo aqui? - Era a voz do capitão Price. Ele estava acompanhado dos dois outros membros da equipe.
- Capitão. - Yuri o cumprimenta com um aceno de cabeça. - Amanda se feriu no estande tiros.
- Como isso aconteceu? - Yuri e eu abrimos a boca para explicar, mas Price levantou uma das mãos e continuou. - Eu mesmo vou levá-la a enfermaria e quero os dois na minha sala quando voltar.
- Sim, senhor. - Concordamos.
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Amor, guerra & café - Simon Ghost Riley
FanfictionSeria possível um soldado que já viu e passou por tudo nessa vida, se apaixonar por uma mulher cujo a arma mais perigosa que ela já tocou foi um moedor de café? Será que na famosa "cidade do amor", realmente existe amor? Simon e a força tarefa 141 e...