A porta do quatro destrancou, me permitindo ver os feixes de luz que entravam pela janela. Coloquei minhas malas em cima da cama e organizei meus produtos de higiene no banheiro. Como não havia nenhum armário ou guarda-roupas, optei por deixar tudo na mala, ao menos por enquanto. Me apressei em trocar de roupa para ajudar Marie na cafeteria. Ghost me daria uma carona até lá. Nesse meio tempo, mandei mensagem para Pierre e combinamos de nos encontrar na manhã seguinte para tomar um café.
O dia passou rápido e quando me dei conta, era noite novamente. Depois de tomar um banho, sentei na beirada da cama e olhei pela janela. A vista dava para o pátio da base, onde alguns homens patrulhavam o perímetro.
Lar doce lar.
Eu estava cansada e tudo o que fiz foi me aconchegar debaixo do cobertor e pegar no sono.
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O carro de Pierre estacionou em frente a cafeteria na manhã seguinte. Por sorte era cedo e ainda estávamos fechados. Como um cavalheiro, ele saiu do carro e abriu a porta do passageiro para eu entrar.
- Bom dia, senhorita. Está muito bonita.
- Bom dia, Pierre. Por favor, sem gracinhas.
Eu estava vestindo uma meia térmica por baixo de uma calça jeans escura, uma blusa branca de mangas longas e meu casaco preto de Tweed. Nos pés uma bota cano curto na cor café.
- Vou levar você em um lugar especial.
- Eu só quero tomar um café.
- Eu havia me esquecido de como você fica impaciente pela manhã.
O balanço do carro me fez pegar no sono novamente, acordando somente com o barulho da porta de Pierre se fechando quando chegamos em nosso destino.
Espiei pelo vidro do carro e imediatamente reconheci o lugar. Era a Harbor Coffee House, uma cafeteria em meio as montanhas. Aquele lugar era como um porto seguro para os amantes de café, longe de tudo e de todos em meio a natureza. E também o lugar onde Pierre e eu nos conhecemos.
Entramos no estabelecimento e escolhemos uma mesa próxima a janela. A vista das montanhas era de tirar o fôlego.
- Bom dia jovem casal. - Uma simpática garçonete nos oferece os cardápios.
Pierre pareceu animado com a dedução da moça, pois agora me encarava com uma certa esperança no olhar. Eu por outro lado, apenas ignorei a situação e escolhi meu pedido.
- Vou querer um cappuccino tradicional com chantilly extra, um folheado de presunto e uma torta de banana caramelizada.
- Certo. E você?
- Hum...para mim pode ser um expresso sem açúcar e uma torta de framboesa, por favor.
A garçonete anotou os pedidos e se retirou. Como era cedo, haviam poucas pessoas na cafeteria, o que deixava o clima ainda melhor.
Apoiei o queixo em meu punho e observei pela janela.
- Amanda...
- Espere o café chegar. - Balancei a mão no ar.
Pierre me olhou e sorriu.
- Você fica realmente impaciente pela manhã.
Finalmente a garçonete retornou com nosso pedido. Sem perder tempo, dei um gole no saboroso cappuccino. O líquido escorreu pela minha garganta, revigorando meu interior.
- Tsac. - Estalei os lábios e sorri. - Agora sim!
- Você é inexplicável, Amanda.
- Obrigada, eu acho.
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Amor, guerra & café - Simon Ghost Riley
FanficSeria possível um soldado que já viu e passou por tudo nessa vida, se apaixonar por uma mulher cujo a arma mais perigosa que ela já tocou foi um moedor de café? Será que na famosa "cidade do amor", realmente existe amor? Simon e a força tarefa 141 e...