Era por volta das sete da manhã quando acordei com um pouco de dor de cabeça pela noite mal dormida. Levantei da cama ainda com os olhos fechados e lavei o rosto com cuidado para não estragar o curativo que Ghost havia feito.
Eu estava escovando os dentes quando ouço uma batida na porta do quarto.- Bom dia, Mandi.
- Bom dia, Marie.
- Noite longa?
- Estou horrível, não é?
- Não. Você está linda como sempre.
- Você é uma péssima mentirosa.
Marie sorriu e sentou-se na cama para esperar que eu terminasse a escovação.
- Está nevando forte lá fora.
- Justo hoje que eu estou sem casaco.
- E o seu sobretudo?
- Está ali - Apontei para o saco de lixo no chão.
- O que?! - Prontamente ela correu até ele e o abriu. - Me diga que não irá jogá-lo fora.
- Tudo bem então, eu não digo.
- Amanda, está louca? Você pagou uma fortuna nele.
- Ele está coberto de sangue. Mesmo que eu o lave, não quero ter a lembrança da noite passada toda vez que usá-lo. - Ouço Marie suspirar ao encarar a peça de roupa mais uma vez. - Vamos, Marie, deixe isso aí. É apenas um casaco.
- Tudo bem. - Ela o embrulha novamente no saco.
Vesti a mesma roupa da noite passada, afinal, eu não tinha muita escolha. Novamente dobrei o pijama e o coloquei sobre a cama ao lado do meu celular.
- Adivinhe quem estava me ligando ontem à noite.
- Pierre?
- Sim. - Marie revirou os olhos.
- O que ele queria?
- Não sei, não quis atendê-lo.
- E nem deveria. Aliás, eu não sei porque você não o bloqueia de uma vez.
Fiquei em silêncio, encarando a tela do celular.
- É melhor irmos logo ou vamos perder o café da manhã.
- Como assim perder?
- O café é servido às oito e se perdemos, ficamos sem comida.
- Como sabe?
- Gaz me contou.
- Gaz?
- Sim.
-Quando?
- Ontem.
- Em que momento?
- Está me interrogando?
- Desculpe, eu só não me lembro de tê-lo ouvido comentar sobre isso.
- Nós conversamos por telefone. Ele me mandou mensagem perguntando como eu estava e me convidou para darmos uma volta. - A cada palavra que saía da boca de Marie, minhas sobrancelhas se curvavam cada vez mais.
- Por isso não estava no seu quarto ontem à noite.
- Você foi até meu quarto?
- Sim, meu rosto estava sangrando e eu não sabia o que fazer. - Virei o rosto e apontei para o curativo. - Mas Ghost me ajudou.
- Ghost?
- Sim.
- Quando?
- Passava das duas da manhã.
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Amor, guerra & café - Simon Ghost Riley
Fanfiction❗️EM REVISÃO❗️ Seria possível um soldado que já viu e passou por tudo nessa vida, se apaixonar por uma mulher cujo a arma mais perigosa que ela já tocou foi um moedor de café? Será que na famosa "cidade do amor", realmente existe amor? Simon e a for...