A porta do elevador se abriu enquanto eu pegava a chave de casa no bolso. Andei alguns passos no pequeno corredor de apartamentos antes de ser puxada bruscamente por alguém.
- Mas o que... - Minha boca foi tampada.
- Fique quieta. - Era Pierre tentando me matar do coração.
- Pierre, o que faz aqui? E o que é tudo isso?
- Tem alguém no seu apartamento.
- Do que está falando?
- Eu vim até aqui para conversarmos quando...
- Sobre o que?
- Sobre você! Se está bem, como passou a noite e... espera, isso é um curativo? - Ele abre a boca para dizer algo, mas parece desistir e apenas suspira. - Quem fez isso com você? Foi por conta do ataque, não foi?
- Olha, conversamos sobre isso depois. Apenas continue.
- Como eu disse, vim até aqui para ver você quando notei que a porta do seu apartamento estava entreaberta e ouvi alguém lá dentro.
- Tem certeza disso? Não está bêbado, está?
- Pode me levar a sério por um segundo?
- Estou tentando.
Pierre bufa e me pega pelo braço, indo em direção ao meu apartamento. Ele tinha razão, havia alguém lá dentro. A porta estava entreaberta com marcas ao lado da fechadura, indicando que alguém havia arrombado.
Adentrei com cautela e senti uma pontada no peito ao me deparar com meu apartamento inteiramente revirado.
Meus olhos se encheram de lágrimas, mas não tive tempo para derramá-las. Passos vindos do outro cômodo nos deixaram em alerta.
- Fique atrás de mim. - Pierre se põe em minha frente.
Os passos eram firmes e meu coração parecia bater no mesmo ritmo que eles.,
- Você de novo?
- Ghost? - Olhei por cima dos ombros de Pierre. - Por que está aqui?
- Não é óbvio para você? Olhe só para o estado do seu apartamento, não tenho dúvidas de que foi ele.
- Foi você quem fez isso?
- Não. - A voz do mascarado ecoa pelas paredes. - Quando cheguei já estava assim.
- Você é um sínico. Acha mesmo que vamos acreditar nisso?
- Deixe-o se explicar. - Encaro Ghost com o coração apertado. - O que veio fazer aqui?
- Eu... - Ele me encara de volta intensamente. - Queria me assegurar de que você ficaria bem.
- Que patético. - Pierre debocha.
- Quando cheguei, a porta já estava arrombada e o apartamento revirado. Decidi entrar apenas para ter certeza que não havia mais ninguém.
- Você tem alguma ideia de quem possa ter feito isso?
- O que?! Acredita mesmo nele?
Ignoro Pierre e me aproximo de Ghost.
- Tem alguma ideia de quem fez isso?
- Sim. Foram os mesmos que fizeram isso com o seu rosto.
- Do que ele está falando, Amanda?
- Eu ainda estava na praça quando o ataque aconteceu na noite passada. - Passo a mão na testa, sentindo minha cabeça latejar. - Foram os terroristas que fizeram isso com meu rosto e ao que tudo indica, também foram eles que fizeram essa bagunça.
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Amor, guerra & café - Simon Ghost Riley
FanficSeria possível um soldado que já viu e passou por tudo nessa vida, se apaixonar por uma mulher cujo a arma mais perigosa que ela já tocou foi um moedor de café? Será que na famosa "cidade do amor", realmente existe amor? Simon e a força tarefa 141 e...