Capítulo 13

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A porta do elevador se abriu enquanto eu pegava a chave de casa no bolso. Andei alguns passos no pequeno corredor de apartamentos antes de ser puxada bruscamente por alguém.

- Mas o que... - Minha boca foi tampada.

- Fique quieta. - Era Pierre tentando me matar do coração.

- Pierre, o que faz aqui? E o que é tudo isso?

- Tem alguém no seu apartamento.

- Do que está falando?

- Eu vim até aqui para conversarmos quando...

- Sobre o que?

- Sobre você! Se está bem, como passou a noite e... espera, isso é um curativo? - Ele abre a boca para dizer algo, mas parece desistir e apenas suspira. - Quem fez isso com você? Foi por conta do ataque, não foi?

- Olha, conversamos sobre isso depois. Apenas continue.

- Como eu disse, vim até aqui para ver você quando notei que a porta do seu apartamento estava entreaberta e ouvi alguém lá dentro.

- Tem certeza disso? Não está bêbado, está?

- Pode me levar a sério por um segundo?

- Estou tentando.

Pierre bufa e me pega pelo braço, indo em direção ao meu apartamento. Ele tinha razão, havia alguém lá dentro. A porta estava entreaberta com marcas ao lado da fechadura, indicando que alguém havia arrombado.

Adentrei com cautela e senti uma pontada no peito ao me deparar com meu apartamento inteiramente revirado.

Meus olhos se encheram de lágrimas, mas não tive tempo para derramá-las. Passos vindos do outro cômodo nos deixaram em alerta.

- Fique atrás de mim. - Pierre se põe em minha frente.

Os passos eram firmes e meu coração parecia bater no mesmo ritmo que eles.,

- Você de novo?

- Ghost? - Olhei por cima dos ombros de Pierre. - Por que está aqui?

- Não é óbvio para você? Olhe só para o estado do seu apartamento, não tenho dúvidas de que foi ele.

- Foi você quem fez isso?

- Não. - A voz do mascarado ecoa pelas paredes. - Quando cheguei já estava assim.

- Você é um sínico. Acha mesmo que vamos acreditar nisso?

- Deixe-o se explicar. - Encaro Ghost com o coração apertado. - O que veio fazer aqui?

- Eu... - Ele me encara de volta intensamente. - Queria me assegurar de que você ficaria bem.

- Que patético. - Pierre debocha.

- Quando cheguei, a porta já estava arrombada e o apartamento revirado. Decidi entrar apenas para ter certeza que não havia mais ninguém.

- Você tem alguma ideia de quem possa ter feito isso?

- O que?! Acredita mesmo nele?

Ignoro Pierre e me aproximo de Ghost.

- Tem alguma ideia de quem fez isso?

- Sim. Foram os mesmos que fizeram isso com o seu rosto.

- Do que ele está falando, Amanda?

- Eu ainda estava na praça quando o ataque aconteceu na noite passada. - Passo a mão na testa, sentindo minha cabeça latejar. - Foram os terroristas que fizeram isso com meu rosto e ao que tudo indica, também foram eles que fizeram essa bagunça.

Amor, guerra & café - Simon Ghost RileyOnde histórias criam vida. Descubra agora