Capítulo 4 - Perca da consciência

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[...] Jackson Storm

Todos estavam conversando e apenas olhando para McQueen enquanto eu estava bebendo heineken olhando para a atenção que todos davam para McQueen. Estavam todos felizes demais enquanto outros estavam comendo até acabar a comida, quando alguém de repente me cutucou. Era Mate, o melhor amigo de McQueen, que surpreendentemente estava do meu lado e não no de mcqueen. Provavelmente estava sem lugar já que todos queriam estar ao lado de McQueen. Até mesmo Francesco estava falando tão íntimo de McQueen.

– Ocê é o Jackson, não é? Muito prazer em conhece ocê, uai!

O homem com aparência de carpinteiro apertou minha mão mesmo sem eu ter me oferecido para um aperto de mãos. Ainda não sei o porquê desse homem ser o melhor amigo de McQueen.

– Hm, sou sim. Vem cá, qual o motivo de você vir com McQueen? Você não é um corredor.

Minha intenção era jogar um pouco de provocação em cima dele, mas o mesmo parecia não se importar e então sorriu desleixado. Eu me perguntava o problema desse cara.

– Posso não ser um corredor uai, mas ninguém nunca se importa quando eu apareço nos encontros junto com meu amigo McQueen.

Tentei ignorar a presença do homem cujo o nome era Mate enquanto continuava bebendo. Por um segundo, pude notar McQueen me olhando quando eu conversava com Mate. O que foi isso? Ele estava me olhando faz tempo? Não consegui segura um pequeno sorriso malicioso em meu rosto quando percebi que poderia usar Mate que estava ao meu lado.

– Então... Mate, estou certo? – O homem estava com sua boca cheia de comida enquanto eu falava

– Chim! (sim)

– Você é amigo de McQueen há muito tempo?

Mate terminou de comer enquanto se preparava para responder, quando eu novamente peguei McQueen nos encarando entre Cruz e Francesco. Isso estava dando certo já que McQueen estava nos olhando enfurecido, mas disfarçou e encheu seu copo de whisky e bebeu. Me assustei quando ele fez isso. Desde quando McQueen bebia desse jeito?

– Sou sim! Faz teeeeempo que eu conheço meu amigo McQueen. Ele era igual ocê, todo egoísta. Mas por quê dessa pergunta sôh?

Pisquei rapidamente depois que ouvi Mate falar. Esqueci que fiz uma pergunta para ele e acabei perdendo a atenção. Eu tenho que parar com essas coisas estúpidas. Só depois entendi que Mate tinha me chamado de egoísta, mas eu ignorei até que alguém me chamou.

– Como?

– Eu perguntei como vai sua vida de corredor, Storm! Você venceu a copa pistão afinal novato sensação.

Cruz estava esperançosa pela resposta e era óbvio que ela estava falando comigo já que suas bochechas estavam mais vermelhas que tomate. Ela estava bêbada. Todos riram enquanto brindavam bebidas ao alto. Todos olhavam com curiosidade agora, até mesmo McQueen e meus companheiros de carros tecnológicos.

– Sim, eu venci. Minha vida não é muito diferente de antes. Por que pergunta?

– Ah, sabe. Porque você é sempre tão assim distante dos outros corredores... Tenta se enturmar com a gente! Aposto que vai gostar!

Não consegui nem responder, quando alguém me puxou para um abraço de encorajamento. Era Mate. Ele estava com as bochechas rosadas assim como Cruz. Ele estava sóbrio agora mesmo, como ele fez isso em menos de dez minutos? Quando desviei o olhar para McQueen, o mesmo parecia tonto, rabugento e vulnerável. Cruz continuou a falar enquanto continuava bebendo e Mate ainda me abraçava.

– Vai ser divertidooooo, haha!

(No que caralhos eu me meti...)

McQueen estava cada vez mais tonto e parecia querer deitar em algo urgentemente. Eu estava me sentindo sufocado com Mate me abraçando desse jeito desajeitado e a voz trêmula e tonta de Cruz me irritava. Eu estava prestes a me levantar para ir embora, quando um som alto de baque me chamou atenção. McQueen havia caído para trás e todos se levantaram para ver, até mesmo eu. O que foi isso?! Ele estava bêbado?

– McQueen! Você está bem?

Francesco falava com seu sotaque puxado estava colocando McQueen em pé enquanto o mesmo não estava muito consciente.

– Alguém precisa levar ele para casa! Ele esta muito bêbado e é completamente vulnerável quando o assunto é bebida – Bob falou enquanto ajudava Francesco a manter McQueen de pé.

– Não sabemos em qual parte da cidade ficam um dos apartamentos dele. O que faremos?

Cal agora se pronunciou enquanto Cruz estava desmaiada na mesa de tanto beber. Mate finalmente me soltou e se aproximou do amigo já inconsciente.

– Eu posso... levar ele, uai! – Ele falava quase gritando enquanto me empurrava na direção de McQueen. Eu podia sentir o cheiro da bebida nele de longe.

– Não. Você está muito bêbado. Talvez devêssemos ligar para Sally?

Bob afirmou enquanto Mate ignorou e se sentou para comer de novo. Eu pensava o que passava na cabeça desse maluco. Eu estava ciente da situação onde McQueen tinha deixado os amigos dele, mas eu não queria que McQueen fosse embora assim de uma hora para a outra e principalmente com aquela advogada. Eu tinha que fazer alguma coisa já que Mate também estava sem carona já que estava morando também em Radiator Springs.

Os corredores estavam discutindo como loucos sobre quem iria levar McQueen para onde já que todos estavam com a agenda lotada de afazeres enquanto outros estavam bêbados demais para pensar. Estava um falatório sem fim enquanto Mcqueen permanecia desacordado e completamente vulnerável. Eu precisava fazer alguma coisa a respeito sobre aquilo, afinal, era McQueen.

– Eu posso levá-los para Radiator Springs já que não fica muito longe desse restaurante, tanto McQueen quanto Mate. Não tenho muito o que fazer esses dias de qualquer forma, e uma viagem não me custa muito.

Levantei a voz para fazer com que todos ouvissem enquanto eu terminava de beber ainda sentado. Mate me olhou tonto enquanto os outros apenas se entre olharam. Bem, ninguém além de Sally, Mate e Cruz sabem que não somos amigos ainda. Sally não está presente e os outros dois estão bêbados demais para entenderem a situação. Ninguém notaria isso, certo? De qualquer forma, eu quero saber um pouco mais de onde McQueen mora.

– Você e McQueen são... Amigos?

Cal se pronunciou depois de um tempo pensando sobre isso junto dos outros. Eles realmente não confiavam em mim, e meus colegas da nova geração de corredores me olhavam estranho parecendo tentar entender já que eles me conheciam e conheciam o meu temperamento para essas coisas.

– Bem, próximos o suficiente para eu levá-lo em casa.

Os homens que estavam ajudando McQueen a ficar de pé apenas de entre olharam e depois me deram o McQueen para segurar quando eu me aproximei. Mate então nos seguiu quando o chamei pelo nome, e então saímos do restaurante deixando os outros corredores. Bob e Cal me deram uma última olhada e logo continuaram a farra.

Estávamos nós aproximando do meu carro quando McQueen murmurou algumas coisas e Mate estava apenas falando outras coisas sem noção também.

– Aaaah, eu só queria um hambúrgueeeer!

Mate não parava de falar sobre hambúrguer e outras comidas enquanto eu abria a porta do carro e ajeitava McQueen no banco. Ele estava muito quente e não parecia nada bem. Pensei um pouco antes de colocar a mão na sua testa e conferir. Ele estava queimando de calor, mas Mate não parecia se importar já que quando entrou no carro apenas o abraçou e dormiu com a boca aberta. Eu apenas franzi a testa e bati a porta.

No que você me enfiou McQueen...

Ignorei a parte de colocar o cinto, como sempre, e acelerei partindo para Radiator Springs que não era tão longe já que esse restaurante era próximo ao mesmo. Levaria umas duas horas para chegar até Radiator Springs daqui e eu não podia perder a oportunidade de tentar me aproximar de McQueen, talvez depois disso ele me agradeça e queira se tornar um dos meus amigos mais próximos, e só assim ele veria o meu valor. Ele perceberia o quão bom eu sou perto dele.

FIM DO CAPITULO QUATRO

O Relâmpago da Minha TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora