Capítulo 23 - Agora eu tenho certeza

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Eu estava perdido, sem saber como agir. McQueen não estava em seu juízo, então aquela atitude foi algo que ele nem tinha plena consciência, certo? Com ele ainda desmaiado, eu o peguei e o levei até o meu carro. Abri a porta e, ao tentar colocá-lo dentro, mas ele me agarrou.

Com grande esforço, tentei deixar de lado todos os meus pensamentos e puxei-o para entrar no veículo. Pedi para trazerem meu carro já que eu não gostaria de atrapalhar os mesmos na hora de ir embora fazendo eles me levarem até em casa. Enquanto isso, eu lutava contra outras impulsos. Droga, era uma pressão insuportável. McQueen continuou me empurrando para não entrar no carro.

– Hum... Eu não... vou entrar!

Por incrível que pareça, mesmo bêbado demais ele ainda conseguia falar algumas coisas. O mesmo se prendeu a mim enquanto eu tentava colocar ele para dentro do carro depois que abri a porta. Ele era incrivelmente forte para isso enquanto eu ainda tentava com dificuldade.

– Droga, McQueen! Só entra logo, você está bêbado demais!

– Nããão! Eu ainda não terminei... com os autógrafos... E quem é vocêêê?

Não sei se isso era fofo ou irritante, mas ainda sim consegui colocar McQueen para dentro do carro, mas acabei caindo em cima do mesmo fazendo com que ambos caíssem em cima do banco quando ele se prendeu a mim novamente. Eu poderia dizer que essa posição era um tanto... Demais.

Eu podia ver e sentir a respiração de McQueen enquanto o mesmo grunhia algumas vezes. Isso não era bom. Eu já estava excitado demais antes, agora então não seria exceção. Droga, McQueen.

– Você... Nem mesmo sabe quem eu sou, então porque... Porque eu fico assim toda vez que estou com você?! Droga...

McQueen apenas grunhia e murmurava algumas coisas. Nossos rostos estavam pertos o suficiente para um beijo, mas eu não podia fazer isso. Eu não vou fazer isso! Isso era como uma tentação e eu não... Eu não posso. Por que ele me beijou? Isso não fazia sentido, nada fazia sentido.

McQueen agora estava com os olhos entre abertos enquanto ainda me prendia a ele. Ele parecia tão... Inofensivo agora. Toda aquela maturidade que eu via antes na televisão, aquela pose e autoridade agora estava aqui, bêbado e inconsciente das suas ações. Há, isso era um tão engraçado de se pensar.

Pensar que eu gosto disso.

Dessa vez, consegui me livrar um pouco do seu aperto, mas não dele por completo. McQueen me olhou mais uma vez.

– Storm...?

Ainda depois de me livrar dele, não consegui me distanciar de seu rosto. Seu belo rosto vermelho. Eu não aguentava mais olhar para aqueles lábios rosados e suor pelo cabelo. McQueen tinha dito meu nome, MEU nome. Não era Cruz ou Mate, era simplesmente eu. Ele disse meu nome tão naturalmente, tão baixo com um som de gemido e eu não podia mais me segurar. McQueen, eu sinto muito por isso mas... Eu não aguento mais.

Sem demorar, me apressei e me coloquei novamente por cima do loiro que ainda seguia deitado no banco de trás do carro. Nunca me senti tão aliviado desse jeito em toda minha vida. Quanto mais eu beijava McQueen e ouvia seus gemidos baixos quando parava para respirar, mais excitado eu ficava. Eu não conseguia me segurar e isso já não era mais o suficiente. Eu precisava de mais, mas... Chega.

Eu rapidamente me afastei de McQueen, foi quando McQueen apenas me olhou ainda com aquela cara de desentendimento e depois ele simplesmente adormeceu. Ele acabou de adormecer?! Isso foi tão... Rápido. Eu só espero que ele não se lembre disso. Isso foi totalmente um ato ilegal e idiota meu! Eu nunca vou me perdoar por ter feito isso. Droga. Foi você quem começou seu idiota. Fechei a porta do carro e segui para o banco motorista. Eu precisava limpar esses pensamentos impróprios da minha cabeça, e era difícil.

O Relâmpago da Minha TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora