[...] Jackson Storm
McQueen tinha acabado de me perdoar, eu não sabia nem como me sentir depois disso. Minha mente estava a mil por hora ainda pensando no abraço que recebi de McQueen.
Eu não curto muito toque físico, mas quando McQueen me abraçou, eu cedi a isso sem nem pensar. Eu estava observando McQueen terminar de comer enquanto eu terminava também.
McQueen era generoso e realmente galanteador. Ele estava sem sua jaqueta, apenas com uma regata branca deixando seus ombros expostos. Seu cordão com um pingente de relâmpago era adorável, fazia jus ao seu nome. A chuva ainda caia do lado de fora e nem sinal de que estava prestes a parar. O celular de McQueen estava vibrando sem parar no meu bolso, mas eu não queria devolver ainda. Se eu devolvesse, a atenção de McQueen não iria ser só minha.
Enquanto eu pensava, McQueen finalmente acabou e se levantou recolhendo os pratos e os colocando na pia para lavar. A qualquer momento ele iria pedir seu celular de volta e eu precisava impedir isso. Enquanto eu o observava lavar os pratos, novamente minha atenção se voltou aos seus quadris. Balancei a cabeça e desviei o olhar tentando procurar outro entretenimento quando de repente, vi meu vídeo game junto com dois controles perto da televisão.
– Ei, McQueen. Sabe jogar vídeo game?
Por um momento pude o ver curioso sobre e então o loiro me olhou com mais curiosidade.
– Já ouvi falar, mas nunca joguei.
Senti que aquele momento era a oportunidade certa para me aproximar mais de McQueen e também desviar um pouco sua atenção. Além do mais, quero ver como ele vai se sair jogando.
– Tinha que ser um velhote...
– Me chame assim mais uma vez e o velhote aqui vai te dar uma surra!
Comecei a rir da sua ameaça enquanto McQueen zombava. Foi a ameaça mais fofa que já vi vindo de McQueen. Me levantei e fui até a televisão para ligar ela e conectar alguns cabos aqui e ali. Pude perceber que McQueen estava observando curioso cada movimento que eu fazia.
Quando me sentei no sofá, dei tapinhas ao meu lado em sinal para McQueen se sentar. Fiquei surpreso quando McQueen entendeu o sinal e apenas obedeceu se sentando e pegando o controle que eu ofereci. Eu estava prestes a ensinar o relâmpago McQueen a jogar. Isso seria histórico.
Ofereci o controle ao McQueen enquanto ele aceitou. Nos ajeitamos lado a lado no sofá da sala, McQueen parecia olhar para o controle tentando entender os botões enquanto eu dava umas risadinhas internas vendo aquilo.
– Sabe usar os botões?
– Eu não posso simplesmente apertar todos?
Dei uma risada sincera naquele momento. McQueen não parecia gostar e eu então me aproximei mais para tentar explicar cada funcionalidade dos botões. Por incrível que pareça, McQueen estava ouvindo atentamente e parecia entender tudo que eu estava fazendo. Era como se ele estivesse fazendo uma estratégia de corrida. Engraçado como ele leva tudo tão a sério como se estivesse fazendo ensinamentos práticos de corrida.
Quando terminei de explicar, o jogo de corrida virtual começou. Mesmo depois de explicar todos os botões e alguns truques de jogo, McQueen não deixou de apertar todos os botões ao mesmo tempo na hora de jogar. Isso era tão engraçado quanto as caretas que McQueen fazia quando via que estava perdendo. Sem mais nem menos, eu venci a corrida e isso não era muita novidade já que era só a primeira vez de McQueen. Se ele se esforçar mais um pouco agora que já sabe com o jogo funciona, na próxima ele com certeza ganhará.
– Que jogo mais besta. As regras desse jogo de corrida não fazem nenhum sentido!
– É um jogo eletrônico, McQueen. Muitas vezes as regras que são consideradas na vida real são alteradas.
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O Relâmpago da Minha Tempestade
FanfictionJackson Storm sempre foi egocêntrico, rígido e frio com tudo e todos. O mundo para o mesmo já estava garantido. Mas a única coisa que ele ainda não havia garantido era Mcqueen, que nunca sequer o notou. Jackson queria fazer Mcqueen olhar para ele co...