Capítulo 13 - Outro encontro?

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[...] Jackson Storm

Eu não considerava Ethan um amigo muito íntimo, mas ainda sim ele era um dos poucos, mesmo eu não gostando muito. Enquanto andávamos até sair do estádio, Ethan finalmente parou com a carranca e começou a falar.

– Isso não foi justo... Mas de qualquer jeito, para onde pretende ir Mike?

Haviam quatro pessoas no grupo de corredores da nova geração contando com Storm. Eu não era muito a favor disso, mas era bom pelo menos ter uma distração. Mike riu parecendo ter o plano perfeito para hoje a noite enquanto Storm estava apenas ouvindo.

– Vamos para aquela boate famosa no centro da cidade! Aposto que vai ser bem divertido.

Mike, o corredor de cabelos grisalhos cutucou Ethan, o corredor de cabelos pouco mais escuros, enquanto o outro corredor, Jake, apenas arregalou os olhos quando lembrou de alguma informação importante. Ele aumentou a voz.

– Espera, você está falando da boate Queen? Aquela merda tem todo qualquer tipo de gente. Gays e lésbicas não são uma exceção e vocês sabem disso!

Como se ele já soubesse, Mike riu desdenhando enquanto Ethan apenas bufou. Parecia que ele já estava acostumado com essa atitude. Eu era quem mais estava calmo ali já que não ligava muito para isso. A única coisa que eu queria era beber.

– Isso é ainda mais divertido! Haha, vamos brincar um pouco, prometo que vai ser divertido ~

Jake apenas deu de ombros enquanto Mike me olhou já sabendo que eu concordaria de qualquer forma já que eu pouco me importo para gays e lésbicas de qualquer forma.

– Como você é irritante...

Ethan terminou de falar enquanto todos se separaram indo em direção aos seus respectivos carros. Pelo menos isso realmente poderia me acalmar um pouco depois dessa pequena pressão que senti.

Eu não me importava de McQueen ter vencido, mas algo que mexeu comigo foi a forma ameaçadora que McQueen mostrou para mim. Era como se ele tivesse no controle naquela hora.

Deitei a cabeça no volante enquanto pensava. Ele pensa que tem controle, não é? Ele pensa que é melhor, mas mesmo que ele seja, eu nunca vou deixar ele se impor de novo daquele jeito para mim. Ele vai provar do próprio veneno.

[...] Relâmpago McQueen

Depois de vencer a corrida, estava tudo bem mais calmo do que antes. Cruz conseguiu o terceiro lugar, mas ela não se deixou abalar por isso e disse que tinha coisas para resolver.

Enquanto isso, Luigi, Guido, Mate e eu estávamos a caminho do bar que Mate sugeriu. Sally não queria ir, isso me deixou bastante curioso, mas não era surpresa já que ela não gostava muito de lugares assim.

– Que boate é essa afinal?

Luigi e Guido se entre olhavam enquanto Mate ria sozinho. Isso me incomodava um pouco, mas eu queria me divertir um pouco. Afinal, eu havia ganhado a corrida de treinamento e Storm perdeu. Era bom mostrar para ele que ele estava enganado, isso era revigorante.

– Bem... Mate disse que era surpresa para você. Vamos apenas seguir, eu preciso muito de álcool no meu sangue!

Guido disse enquanto se animava. Mate estava na frente, andando ansioso como sempre enquanto Luigi seguia ao lado de Guido. Era tarde, no máximo umas 19 horas enquanto finalmente chegamos na boate.

Boate Queen

Nunca tinha ouvido falar desse boate antes mas parece ser bem famoso pela quantidade de gente que havia em volta. Mate apenas entrou enquanto nós o acompanhávamos. Os seguranças nem ligavam depois de verificar nossos rostos, principalmente o meu.

Era um lugar realmente bonito e bem decorado. Luzes lazer estavam por todo lado enquanto várias pessoas dançavam. Pude ver vários casais por ali também enquanto entravamos mais na boate. Guido foi o primeiro a falar.

– Eu vou pegar uma bebida, divirtam-se!

O homem foi sorrindo até o bar que estava a pouco metros de distância, mas parecendo bloqueado por causa da quantidade de gente. Procurei por Mate depois disso mas não o achei em lugar nenhum que estava ao meu alcance. Luigi me olhou então.

– Enquanto eles fazem besteiras, vamos apenas curtir de forma adequada, McQueen.

Assenti sorridente enquanto Luigi apenas olhava ao arredor comigo. Foi quando eu vi alguém de longe, uma silhueta familiar. Com todas aulas luzes e baixa iluminação, não era muito fácil de identificar a pessoa, mas eu podia quase ter certeza de quem poderia ser.

Era com certeza Storm. Ele estava com outros três caras ao seu redor. Me enfiei na multidão com intenção de tentar ver melhor a visão enquanto me distanciava de Luigi. Parecia muito real. Mas depois de tentar o máximo para ver melhor, eu o havia pedido de vista. Não faço a menor ideia de como eu fiz isso.

Andei um pouco mais pela multidão procurando, mas em vez disso eu achei o bar. Suspirei tentando me acalmar, parecia que eu estava alucinando agora. Foi isso antes de esbarrar com alguém. Era um homem, ele parecia intimidador a primeira vista.

– Sinto muito.

– Não tem problema, isso acontece as vezes.... Ei. Você está sozinho?

Pisquei um pouco confuso antes de procurar ao redor tentando achar algum de meus amigos. Falhei nisso e voltei a olhar para o homem que me encarava de cima a baixo. Era estranho, mas ele não parecia ter me reconhecido.

– Eu estava até agora. Mas acabei de me separar pelo visto.

O homem riu e me deu tapinhas no ombro, diminuindo cada vez mais a distância que antes estava entre nós.

– Haha, tudo bem. Não quer uma bebida? Posso pagar alguma coisa para você se quiser...

Sua mãos pousou dessa vez em meu ombro enquanto ele olhava para baixo já que o homem era claramente mais alto. Eu estava começando a me sentir melhor pouco a pouco.

O homem estava sendo muito amigável, amigável até demais da conta, mas não era tão perturbador. Eu estava prestes a aceitar quando alguém parecia ter puxado meu braço para trás, me fazendo ficar atrás da pessoa que me puxou.

– Ele não quer. Agradeço por cuidar dele enquanto eu não estava por perto!

Essa voz era com certeza familiar, eu só não tinha certeza porque a pessoa estava de costas. Antes mesmo da minha voz sair, o homem com quem eu estava conversando antes havia ido embora depois do tom ameaçador que essa pessoa usou.

Quem diabos é? Eu estava bem, eu não precisava dessa proteção. Puxei meu braço com força antes de encarar a pessoa.

– Quem é você?!

Mesmo com a música, eu pude ouvir uma risada leve e baixa da pessoa que estava na minha frente. Pouco a pouco eu fui conhecendo a voz e o rosto, não era tão impressionante quanto parecia.

Era Storm.

FIM DO CAPÍTULO TREZE
Storm com ciúmes e sendo protetor ao mesmo tempo é meu vício.

O Relâmpago da Minha TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora