Todos haviam ficado surpresos e felizes por ver a antiga Sue-Yang viva, Bangchan deu um sermão em Hyunjin por tê-la levado até a JYP a fazendo correr o risco de ser vista pelo CEO. O rapaz disse que sabia que ele não estava na empresa, e por isso concordou em levar a garota.
Félix estava com Baby Eun-ho no colo, todos os outros em volta deles babando o bebê, eles ainda estavam na sala de descanso, duas das pessoas ali estavam mais afastadas, sentados em um canto, lado a lado.
Sooyan suspirou enquanto olhava os rapazes com seu filho.
Ao seu lado, Han fez o mesmo.
– Não dá para acreditar que você é a mãe do filho do V. – ele disse.
– Eu sei como é. – disse a garota. – Se até eu mesma preciso de um tempo as vezes para digerir tudo, imagina você.
Han olhou para ela.
– Por que você não me procurou?
– Aceitei a possibilidade de que você me odiasse como se fosse uma certeza. – ela disse. - Nossa última conversa não acabou muito bem.
– Eu procurei você depois da festa. – Han contou.
– As meninas me disseram. – ela o olhou. – Acredite se quiser, eu não estava com o Jungkook aquela noite. Me magoou saber que você acreditou naquilo.
– O Bangchan também disse que não acreditava que você estivesse com ele. – Han olhou na direção os rapazes com o bebê. – Mas eu fiquei tão cego de raiva que não consegui racionar.
Sooyan ficou quieta, ela sabia como era não saber como agir devido as emoções - quaisquer que fossem.
– Agora... Pensei que você e o V fossem só amigos. – disse Han olhando o bebê mais a frente. – Como isso foi acabar acontecendo?
Sooyan pigarreou, ela não queria tocar naquele assunto, sua relação com V não era algo que ela gostava de lembrar, muito menos contar.
– Mas... Porque me procurou aquela noite? – ela perguntou.
Han olhou a garota e desviou o olhar depois.
Ele suspirou e se levantou, deu alguns passos se afastando um pouco depois se virou para ela ainda sentada, ele franziu os lábios pensando se deveria dizer.Sooyan o observou de forma cativa, ela percebeu Han um tanto exitante e suspirou.
– Olha, está tudo bem se não quiser...
– Eu ia... – ele a interrompeu, mas também se interrompeu criando coragem para continuar. – Ia dizer o quanto eu senti sua falta. Ia dizer o quanto estava chateado, mas também o quanto eu queria que tivéssemos um recomeço.
Os olhos de Sooyan brilharam ao ouvir aquilo, a expressão de Han mostrava o quanto ele estava nervoso por estar frente a ela.
– Depois que você sofreu o primeiro ataque na sua casa, e depois na casa do V... – Han desviou o olhar se lembrando horrorizado de como encontrou a garota machucada e desacordada no carpete de sua casa. – Eu ficava o tempo todo pensando "e se ela morrer? E se eu nunca mais ver ela?". A ideia de que você desaparecesse me causava arrepios, mas eu estava tão magoado e chateado com tudo que eu não conseguia dizer isso a você. Quando criei coragem no final da festa, não te encontrei.
Sooyan sorriu de leve e se levantou, ela se aproximou de Han e o abraçou levemente.
Han demorou a reagir, mas logo envolveu os braços na garota.
No meio dos outros Hyunjin olhou aquela cena, logo os outros rapazes também, eles uivaram baixo felizes por aquilo, pelo possível entendimento entre o ex-casal.
– Será que eles vão voltar? – Lee Know murmurou.
– Eu espero que sim. – disse Bangchan. – Eles gostavam muito um do outro, não acho que aquele sentimento tenha sumido tão fácil.
– Aposto que o Han está feliz de vida. – comentou I.N.
– Se a Sooyan fez questão de vir até aqui falar com ele... talvez ela ainda sinta algo. – disse Changbin em um tom não identificado.
Hyunjin desviou o olhar desconfortável com as opiniões, ele suspirou e levantou; mas não saiu de onde estava.
– Sooyan, já está na hora. – ele disse chamando a atenção da garota.
Sooyan ouviu o amigo e finalizou seu abraço com Han, ela o olhou nos olhos e deu um leve sorriso; ele retribuiu.
– Talvez tudo tivesse sido diferente se tivéssemos nos encontrado aquela noite, mas o passado não volta, e está tudo bem. – ela disse. – Fico feliz que possamos ser amigos agora.
A garota acariciou o rosto do rapaz e passou por ele, o sorriso que havia no rosto de Han se desfez e ele sentiu um leve desânimo. Ele suspirou e virou para olhar a garota, que pegou seu bebê do colo de Félix e sorriu quando brincou com ele.
Han sentiu seu coração se aquecer e sorriu, talvez as coisas não fossem mudar, o que já existiu a muito tempo atrás não viesse a existir novamente. Mas o fato de saber que ela estava viva, e que estava de volta a Coreia o deixava feliz, como não se sentia em muito tempo; ele se juntou ao grupo.
– Onde vocês vão agora? – questionou Bangchan.
– Vamos a delegacia. – disse Hyunjin.
– Se vou recomeçar minha vida aqui, eu preciso prestar esclarecimento, não posso arriscar ser reconhecida por alguém. – disse Sooyan.
– Sabe que podem querer fazer uma reportagem sobre isso, não é?! – questionou I.N. – Se o acidente foi ao ar, agora que o seu desaparecimento vai ter um final, podem querer divulgar.
Sooyan suspirou desanimo, não havia pensado nisso.
– Eu espero muito que não. – ela disse. – Inclusive tenho que fazer a mudança dos meus documentos.
– Não quer mais ser chamada de Park Sue-Yang? – questionou Lee Know.
Sooyan suspirou e balançou a cabeça.
– Esse nome me lembra de muita coisa que eu quero esquecer. – ela disse. – Eu gosto de Tak Soo-yan, foi Hyunjin quem escolheu.
O rapaz citado forçou um sorriso leve.
– Então nos veremos com mais frequência, estou certo?! – questionou Changbin, todos o olharam, e especialmente o olhar de Han fez ele perceber como aquilo soou individualista, ele olhou todos ali. – Eu digo nos veremos... no sentido de todos nós.
Sooyan sorriu.
– Eu acho que sim. – ela disse.
– Bom, agora nós precisamos ir. – disse Hyunjin.
– Eu vou com vocês, fico com o bebê. – disse Félix tomando o mesmo do colo de mãe.
– Foi muito bom ver vocês. – disse Sooyan olhando todos, sendo Han por último. – Especialmente você.
Han sorriu leve para ela e abaixou a cabeça.
Sooyan, Hyunjin e Félix com Baby Eun-ho saíram da JYP, foram de carro para o delegacia, o rapaz de voz grave ficou no carro com o bebê, enquanto os outros dois entraram para ter um encontro com o delegado.
Por muito tempo eles ensaiaram as falas, imaginaram todos os tipos de perguntas que poderiam ser feitas individualmente e combinaram tudo nos mínimos detalhes para que os dois lados da história batessem.
Sooyan contou ao delegado que no dia do acidente ela não sabia como havia saído do carro, mas não se lembrava de nada, e permaneceu assim por muito tempo. Na beira da estrada deserta um carro parou e a acolheu, um casal de idosos a levaram para uma casa isolada no meio da mata e cuidam dela por longas semanas. Quando melhorou decidiu ficar com eles, e em uma saída para procurar um emprego encontrou com Hyunjin no centro de Seoul, ele dizia conhece-la e contou sobre uma parte da sua vida. Com a ajuda dele ela encontrou um emprego e foi para NY, depois de reencontrar sua mãe suas memórias vieram a tona, mas ela preferiu manter a nova identidade, e pediu para que Hyunjin não contasse nada a ninguém.
O delegado ficou cismado com aquela história sem pé nem cabeça, mas o depoimento de Hyunjin bateu com o da garota e a empresa de NY a qual ela dizia ter trabalhado confirmou a contratação quando ele ligou. Hyunjin foi multado por prestar falso testemunho, mas ele foi liberado juntamente a garota. Ele disse a ela que precisaria informar a imprensa, e que se quisessem uma coletiva, ela teria que participar.
Quando saíram da delegacia e entraram no carro, do banco do passageiro Sooyan se esticou e abraçou Hyunjin no lugar do motorista.
– Eu sinto muito pela multa, o valor é bem alto.
Hyunjin murmurou um riso abafado no abraço dela.
– Está tudo bem. – ele disse. – O importante é que agora você pode recomeçar para valer aqui.
Sooyan finalizou o abraço e se consertou no banco.
– Eu não sei o que seria de mim sem você. – ela disse enquanto colocava o cinto de segurança. – Acho que você é a personificação do meu anjo da guarda.
Hyunjin riu e começou a dirigir, ele levou a garota para casa, Félix e ele ficaram por lá por um tempo, mas logo foram embora ao cair da noite.
Alguns dias foram se passando e na semana seguinte V teve folga e foi para casa, Sooyan levou Baby Eun-ho até lá e o deixou lá.
Ela encontrou Dong-Seok e foram pessoalmente ver a empresa de perto, não era tão grande, um prédio pequeno tendo só térreo e primeiro andar, divulgaram as varas para contratação e não demorou muito para que contratasse seis funcionário, duas mulheres e quatro homens, Thória seria a terceira garota, ela chegaria em poucos dias.
Sooyan escreveu seu primeiro projeto, e ao lado de Dong-Seok concordaram em investir nele, se tratava de um tecido impermeável para fardamento escolar.
Eles desenvolveram o projeto e criaram alguns uniformes, conversaram sobre dirigirem um comercial para a divulgação do produto, Sooyan disse que esperaria que Thória chegasse para ajuda-la com isso, já que no momento não poderiam investir em contratação de uma equipe de imagem.
E finalmente era o dia da chegada de Thória, quem ficou de busca-la no aeroporto foi Hyunjin, que acabou pegando um resfriado e teve que ficar de cama, Bangchan garantiu a Sooyan que buscaria a amiga dela e levaria até sua cara, para que ela não precisasse sair com Baby Eun-ho, já que o vôo da garota chegaria na madrugada.
A única coisa que ele pediu a Sooyan foi que dissesse a Thória qual era o modelo e a placa do carro onde ele esperaria por ela no estacionamento, não arriscaria ser reconhecido e seguido por paparazzis, e assim ela o fez, mandou para a amiga as informações necessárias e pediu que encontrasse a pessoa que a levaria para sua casa no estacionamento do aeroporto.________________________________________
Autora passando para te lembrar de avaliar o capítulo atual e os anteriores
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v2 - Not Celebrity • Want You Stay
FanfictionDepois de quase morrer e ter a vida virada de ponta cabeça, Sue-Yang decide assumir outra identidade e viver sua vida longe daqueles que contribuíram para seu colapso mental. Mas o passado bateu em sua porta [...]