8. A proposta.

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Era madrugada, Sooyan estava acordada trocando a fralda do Baby Eun-ho, ela estava exausta, morrendo de sono, mas precisava ficar acordada.
Anda logo, deixa eu ver ele. — disse a voz saindo do notebook aberto sobre a cama.
— Da para você esperar? Ou quer vir até aqui trocar a fralda dele? — resmungou a garota enquanto fechava os botões da rouba do bebê.
Já faz tempo que eu ligo e você não atende, agora está enrolando para me deixar ve-lo.
Sooyan rosnou.
— Vai a merda, Taehyung. Aí são cinco da tarde, aqui são quatro e quinze da manhã e eu tive que acordar para você falar com ele. — ela pausou. — Eu vou trabalhar daqui a pouco, e você ainda está reclamando?!
Está bem, foi mal. — disse V do outro lado. — Mas já terminou?
— Já vou, já vou. — disse Sooyan, ela terminou de ajeitar a roupa do bebê e pegou o notebook, inclinou a tela para que pai e filho pudessem se ver melhor.
Quando V viu Baby Eun-ho ele quase gritou de emoção.
Oi, filho. Olha papai aqui, já estou morrendo de saudade de você.
Baby Eun-ho encarou sério por um tempo a tela brilhante, mas logo abriu um sorriso quando reconheceu a pessoa do outro lado.
V sorriu contente por ter sido reconhecido.
Olha, olha. Ele está sorrindo para mim.

Sooyan assistia, com um leve sorriso no rosto

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Sooyan assistia, com um leve sorriso no rosto.
— É, eu estou vendo. — ela disse. — Acho que ele já sabe quem é você.
Nao vejo a hora de poder carregar ele de novo. — disse V se mostrando um pai babão. — Daqui duas semanas vou começar a cumprir o alistamento, não acredito que só vou ver ele de novo depois que concluir.
Já faziam oito semanas que ele havia descoberto que era pai e viu o filho pela primeira vez, já havia cumprido a agenda de shows do grupo, e por insistência de Sooyan não cancelou os shows solo que havia agendado para não decepcionar os fãs, muito menos fazê-los assimilar que, já que sabem que agora ele é pai, o bebê fosse o impedir de seguir sua carreira. Faltava pouco tempo para que fosse cumprir o alistamento militar, e estava aflito.
Ele ficou ali na chamada admirando o sorriso banguela de Baby Eun-ho, mal cabia no peito a emoção que sentia, e sempre que assistia a chamada entre os dois, o coração de Sooyan ficava quentinho e ela se sentia estranha.
A nova rotina de acordar na madrugada para que seu filho pudesse ver o pai através do computador estava deixando Sooyan exatamente desgastada, e isso a estava afetando fisicamente.
Em um dia, quando estava saindo da empresa ao lado de Thória, ela comentou:
— Não vejo a hora de chegar em casa, tomar um banho e dormir.
— Do jeito que você está andando, só vai chegar em casa amanhã. — disse Thória.
As duas estavam na parada de ônibus, esperando o mesmo transporte lotado de todos os dias.
— Não é tão longe assim da parada que desço até meu prédio. — disse Sooyan.
— É, mas do jeito que você tem estado lerda, aposto que chego em casa antes de você, mesmo descendo duas paradas depois. — provocou Thória.
— Como você é exagerada, hein. — murmurou Sooyan.
— Vamos apostar, então. — disse Thória. — Se eu chegar primeiro, você paga o meu almoço por uma semana inteirinha.
— Você só pensa em comida, garota. — Sooyan disse com ironia.
— Vai apostar ou não? — Thória insistiu estendendo a mão para selar a aposta.
— Apostado, então. — Sooyan apertou a mão da colega. — Mas se eu ganhar, você quem vai pagar para mim.
— Fechado. — disse Thória.
As duas riram e esperaram mais um pouco.
Um carro preto de lataria super polida parou próximo ao parada de ônibus, e a janela foi abaixada. Não só as garotas, mas como todos no ponto de ônibus admiraram aquela máquina.
— Oi, Sooyan. — disse Dong-Seok no banco do motorista. — Está indo para casa?
— Oi, senh... Dong-Seok. — ela acessou. — Estou sim.
— Quer uma carona? — perguntou o homem. — Já que estamos indo na mesma direção, posso deixar você em casa.
Sooyan e Thória se olharam, ali havia ficado claro que ganharia a aposta que haviam acabado de fazer, se não fosse por isso, Sooyan não aceitaria a carona, não sem insistir que Thória também recebesse uma.
— Ah, eu adoraria. — disse Sooyan desviando o olhar com um sorriso pirracento para o rapaz.
— Entra aí. — ele disse.
Sooyan soltou um beijo no ar para Thória, que se mordeu pela injustiça, a garota entrou no carro pelo lado do passageiro e o homem seguiu a viajem. Ficaram sem silêncio por alguns minutos, até que ele o quebrou.
— Fiquei sabendo que a sua proposta revisada foi aceita na reunião do conselho. Eles vão desenvolver o projeto.
— É, fiquei sabendo. — disse Sooyan. — Não imagina o quanto eu fiquei frustrada, ninguém veio me falar nada, então provavelmente ele não colocou o meu nome.
— Quantos projetos no total você corrigiu e entregou a ele? — perguntou Dong-Seok.
— Acho que uns vinte. — disse Sooyan.
— E quantos foram ideias suas?
— Uns dezoito.
— E você não vai fazer nada? — Dong-Seok desviou o olhar do trânsito para a garota por um momento.
— E o que eu vou fazer? — ela o olhou. — Vou reunir o conselho e dizer que ele roubou um projeto meu e que eu quero os créditos pelo meu esforço? Eu seria demitida na mesma hora.
— Você ainda tem o email original que ele te mandou? — perguntou Dong-Seok parando no sinal vermelho.
— Sim, eu tenho. — disse Sooyan.
Dong-Seok a olhou e ergueu as sobrancelhas, automaticamente ela captou o que ele quis dizer.
— Você acha? — ela questionou.
— Por que você não tenta? Só vai sobrar se tentar, tem o plano original dele, a data, tudo que prove que a ideia atual não foi dele. — ele disse.
— É, mas se eu for mal interpretada, posso ficar sem trabalho.
— Eu não ia contar isso para ninguém, mas, eu estou com um plano de investir em ações que eu acredito que vão render daqui a algum tempo. — contou o rapaz ao volante. — É uma empresa coreana, são péssimos nos desenvolvimentos de ideias, mas trabalham com produtos no ramo artístico.
— A ideia é boa. — disse Sooyan. — Aplicando bons produtos com as imagens certas, tenho certeza que o negócio vai se expandir facilmente.
— O problema é encontrar pessoas com mentes brilhantes como a sua. — ele disse, e estacionou o carro em frente ao prédio da garota. — Se você topar entrar nessa comigo... Tenho certeza que em pouco tempo seremos empresários de sucesso.
Sooyan riu e balançou a cabeça.
— Eu sou uma pobre coitada, não tenho de onde tirar dinheiro para investir em ações, muito menos compra-las.
— Quem vai investir e comprar as ações serei eu. — disse Dong-Seok. — Não quero que entre de forma financeira, só coloca suas ideias na mesa que eu invisto. Todo ganho vai ser dividido meio a meio, com contrato assinado e tudo mais.
Era uma boa ideia, o ramo artístico era bastante lucrativo, principalmente na Coreia, e as ideias que Sooyan tinham era brilhantes, mas arriscar agora, em um momento tão complicado de sua vida - em todas as áreas - exigiria total dedicação.
— Eu vou pensar melhor nisso. — disse ela.
— Tudo bem, então. Só não demore muito em me dar uma resposta. — pediu Dong-Seok.
— Pode deixar. — ela sorriu e abriu a porta para sair. — Obrigada pela carona, boa noite.
— Até amanhã. — ele se despediu acenando e seguiu.
Quando chegou em casa, Sooyan enviou uma mensagem para Thória a lembrando que a partir do dia seguinte ela compraria o seu almoço durante uma semana, por ter ganhado a aposta que fizeram. Ela também contou a Yuh sobre a proposta que Dong-Seok havia feito a ela, a amiga concordou que era uma boa ideia, e que a apoiaria se ela entrasse no ramo.
Ela descansou um pouco, e durante a madrugada despertou para que V pudesse ver baby Eun-ho, mesmo que dormindo.
Durante os três dias seguintes, Sooyan tentou questionar a Sr. Marson sobre sua proposta revisada.
— Ficou uma porcaria, joguei no lixo. Da próxima vez entregue algo melhor. — era o quê um homem calco e barrigudo gritava todas as vezes chamando a atenção de todos.
Mas Sooyan sabia que era mentira, afinal todos sabiam que uma proposta havia sido aceita, e que coincidia com a entrega da garota.
— Você tem que marcar uma reunião com o CEO e dizer que ele roubou sua ideia. — disse Thória.
— Eu já disse isso a ela, mas ela está com medo de ser demitida. — Dong-Seok pegou um palito de batata frita em seu prato e comeu.
— Gente, eu não sou a primeira com quem ele faz isso, sabia? — lembrou Sooyan. — Eu posso perder meu emprego por justa causa, e depois vai ser difícil encontrar outro.
Eles estavam em horário de almoço, em um restaurante próximo a I&P.
— Você pensou na proposta que te fiz? — questionou Dong-Seok.
— Hmmmm, que proposta? — Thória murmurou maliciosamente olhando para a amiga.
Sooyan chutou a amiga de baixo da mesa, a mesma fez uma careta.
— Eu ainda estou pensando a respeito. — disse Sooyan.
— Espero muito que aceite, estou bastante confiante. — Dong-Seok sorriu de lado.
Depois que terminaram o almoço, voltaram para a empresa, enquanto editava alguns textos, Sooyan deu uma pausa no trabalho para enviar um e-mail para a secretária pessoal do CEO solicitando uma reunião, não demorou muito para que Mr. Manson a chamasse em sua sala, Dong-Seok também estava lá para o seu desespero.
— Eu fui instruído a chamar vocês aqui por ordem do CEO Park, o assunto é importante, então peço que sejam breves em sua resposta. — o gerente deu uma longa pausa olhando Sooyan e Dong-Seok parados lado a lado no meio de sua sala. — Temos um cliente americano muito importante para a empresa, ele quer ajudar a expandir nossa sede da Coreia, e pensamos em mandar alguém daqui para lá acompanha-lo. Vocês ficariam lá durante duas semanas, todas as despesas da viagem serão pagas pela empresa.
Sooyan e Dong-Seok se olharam de canto.
Quanta ironia.
Ele quer funcionários da sede de NY para acompanhar um cliente até a sede da Coreia, e para isso ele escolheu justamente os únicos dois funcionários coreanos dessa sede para mandar na viagem.
— E então, o que vocês me dizem? — perguntou Sr. Manson.
— Ah, sim. Claro, eu aceito. — disse Dong-Seok.
Sooyan pensou por um momento, por duas semanas na Coreia, era o tempo que correspondia a quando V iria iniciar o serviço no exército. Essa poderia ser uma boa oportunidade para proporcionar a ele um tempo com Baby Eun-ho enquanto ela trabalhava.
— Seria uma honra, senhor. — disse Sooyan.
— Então está decidido, arrumem suas coisas. — disse o homem. — Vocês vão partir depois de amanhã.

v2 - Not Celebrity • Want You StayOnde histórias criam vida. Descubra agora