UM POUCO MAIS A FRENTE
Depois de deixar o salão principal do desfile da Gucci, V abriu uma porta aleatória em um corredor e viu que estava vazio, ele encontrou com Sooyan e trancou a porta, parecia um camarim extra, as luzes estavam acesas.
– O que você pensa que está fazendo? – Sooyan perguntou, o tom de voz mais alto.
V a soltou com um empurrão que a fez parar a alguns passos distante, ele passou a mão no rosto e apoiou as duas no quadril, a expressão nitidamente irritada.
– O que você pensa que está fazendo? – ele devolveu a pergunta. – É o seu primeiro minuto de fama e você deixa que te vistam uma roupa vulgar dessas? Dá para ver tudo a um quilômetros de distância.
– Acha que eu me importo com sua opinião? Ninguém escolheu roupa alguma por mim, eu mesma fiz e decidi usar. – Sooyan tirou irritada o paletó que a envolvia, a peça pertencia a V, como conjunto do terno cinza que ele vestia, ela o jogou no rapaz. – Que autoridade você acha que tem para ter me tirado de lá?
O paletó arremessado pela garota bateu em V e caiu no chão, ele sequer se moveu.
– Sooyan, você é mãe. – V disse. – O que você pensa que o Eun-ho diria se entendesse alguma coisa e te visse assim?
Sooyan arfou um riso irônico e cruzou os braços.
– Todas as suas desculpas para justificar suas reprovações ao que eu faço é usar o Eun-ho, já percebeu? – ela pausou olhando o rapaz. – Por que não diz de uma vez o que você realmente pensa?
– Você quer que eu diga? Tudo bem, então! – V avançou na direção dela e parou em sua frente, não havia espaço para caber outra pessoa entre eles. – Eu estou com ciúmes de todos aqueles filhos da puta em cima de você como se vocês fosse a porra da comida favorita deles.
Sooyan se retraiu um pouco e ficou surpresa com o que ouviu, V estava tão perto que ela podia ver cada minúsculo detalhe de seu rosto, ela engoliu a seco e sentiu seu coração acelerar.
– Estou com ciúmes do Jungkook falando de você, mesmo quando eu tento fazer ele desistir de te procurar, por que eu nunca tive coragem o suficiente de dizer que se ele insistisse iria doer em mim. – V continuou. – Eu estou com ciúmes do Hyunjin, mesmo que você diga que são só amigos, por que você disse isso sobre o Dong-Seok, e agora eu tenho mais ciúmes ainda por saber que você dormiu com ele. – ele pausou, os olhos fixos nos dela. – É isso que você queria que eu dissesse? Estou dizendo!Sooyan começou a tremer, leve, porém sem controle, não só pelo ar-condicionado do camarim esfriar a maior parte da sua pele nua, mas pela tensão que percorreu em seu corpo como uma sensação em espiral, semelhante a um furacão - e era - de emoções. Os olhos fixos nos de V a encarando seriamente, o cabelo elegantemente caído no rosto com a franja repartida na lateral.
O que ele acabara de dizer, para ela, significava muitas coisas além do que as próprias palavras usadas queriam dizer, mas, ela teve receio de se enganar pela beleza irresistível do rapaz e pelo que foi dito, afinal, não seria a primeira vez que ele dizia uma coisa que poderia significar outra.
– Arh, para com isso, eu não vou cair nessa sua conversa. – Sooyan arfou e disse. – Você odeia que as coisas saiam do seu controle, e agora está com raiva por não ter controle sobre mim. – ela descruzou os braços e deu um leve sorriso sarcástico. – Eu sugiro que você se acostume, por que essa pode ser a primeira, mas não será a última vez que você me verá atrair a atenção de todos propositalmente.
Sooyan passou por V indo em direção a porta, mas ele se virou e agarrou seu braço a impedindo de seguir.
– Acha que eu vou deixar você voltar para lá vestida assim?
– Quem não tem que achar nada é você! – Sooyan disse grosseiramente e indicou a mão dele em seu braço. – Tira sua mão de mim.
– Pega o paletó que você jogou no chão com sua ingratidão e veste. – disse V com autoridade.
– Quem você pensa que é para falar assim comigo? Perdeu o juízo? – Sooyan levou a mão sobre a de V em seu braço.
Mas o rapaz a segurou pelo outro braço e a empurrou encostando-a na porta a fazendo se chocar com uma certa força; ela arfou um gemido quando se chocou.
– Eu disse que você não vai sair daqui assim. – V reforçou.
– E eu... – ela pausou engolindo o desconforto e a pequena porcentagem de raiva entalada na garganta. – disse para você tirar suas mãos de mim.
Sooyan tentou empurra-lo algumas vezes, mas V a segurou firmemente pelos pulsos e colou seu corpo no dela para que ela parasse de se debater.
Os dois colados, os olhos fixos um no outro, os rostos tão próximos...
– Queria atrair atenção com essa roupa? – V perguntou tão baixo quanto um sussurro.
Com o hálito fresco de menta do rapaz em seu rosto, Sooyan sentiu seu coração palpitar, ela engoliu a seco ignorando as lembranças olfativas, tentou mais uma vez empurra-lo, mas estava impossibilitada de se mexer com ele a imobilizando.
– E se essa fosse a minha intenção, o que você ia fazer? – questionou com ironia.
– Ter chamado a minha atenção não foi o suficiente para você? – V questionou, sério, porém baixo e sublime.
Sooyan sentiu um calafrio, e não conseguiu controlar seus olhos quando eles desviaram para a boca de V.
Ele sentiu ela estremeceu quando teve o calafrio, ele sentiu uma sensação quente crescer em seu estômago e se espalhar pelo seu corpo, não controlou o impulso de beija-la; ambos de olhos abertos.
Sooyan murmurou com surpresa quando os lábios dele colaram nos seus, mas a mesma sensação quente que cresceu em V também cresceu nela, ainda que os lábios de ambos estivessem colados em um selinho demorado, significava mais do que deveria. Ele não demorou a afastar o rosto.
V soltou devagar os pulsos de Sooyan a dando liberdade para se quisesse empurra-lo novamente, mas para a surpresa dele e até mesmo dela, ela aproveitou com rapidez sua liberdade e agarrou o rosto do rapaz entre as mãos, e colocou novamente seus lábios nos dele, dessa vez não foi um selinho; a língua de V seguiu o ritmo dos movimentos de dela.
Ele segurou firme com as duas mãos na cintura dela, que soltou um baixo gemido entre o beijo com a pressão e entrelaçou os dedos no cabelo da nuca dele enquanto o beijava intensamente, V deslizou a mão direita para baixo pelo corpo dela até onde alcançava sem precisar de esticar, quando voltou a subir roçando a ponta dos dedos pela coxa dela, ele deslizou a mão para baixo do vestido entre as pernas; Sooyan murmurou trêmulo.
V massageou a intimidade da garota por cima da calcinha de renda com intensos movimentos circulares, ela se retraiu e soltou um gemido parando de beija-lo, com a mão esquerda ele segurou de mão aberta no queixo dela a fazendo ficar com o rosto na direção do dele, mas os olhos dela estavam fechados, as sobrancelhas franzidas e os lábios entreabertos. V levou a mão direita na boca e roçou a ponta dos dedos na língua, ele voltou a mão para baixo do vestido e a deslizou para dentro da calcinha da garota, com lentidão ele penetrou dois dedos na vagina dela - sendo eles o indicador e o dedo médio -, ela gemeu baixo.
Enquanto ele entrava e saia com os dedos de dentro dela sem pressa, usava o polegar para roçar de forma circular no clitóris a fazendo se contorcer.
Sooyan gemia baixo e ofegante, ela deslizou uma das mãos para baixo e segurou no braço de V o apertando com força, ele aumentou a velocidade com que penetrava os dedos e acariciava o clitóris dela, consequentemente ela começou a gemer mais alto e mover o quadril para frente e para trás rebolando na mão dele.
– Para. – ela sussurrou ofegante. – E-eu... eu odeio você... Tem que parar...
V arfou um riso abafado, seu magnífico sorriso quadrado trouxe luz ao seu rosto.
– É difícil acreditar quando você fala isso gemendo desse jeito. – ele disse baixo, e forçou os dedos mais fundo dentro dela, o que a fez gemer ainda mais alto e apertar o ombro dele.
V cobriu a boca de Sooyan com a mão esquerda na tentativa abafar os gemidos, com total dominância ele procurou o ponto G da garota e começou a acaricia-lo com pressão; ela gemia abafado e ofegante de tesão.
Era impressionante como V a dominava de todas as formas sem o mínimo esforço, não era novidade que ela era vulnerável a ele, mas ela sempre se surpreendia com as sensações que ele a causava.
Com as carícias ritmadas no clitóris e no ponto G, Sooyan sentiu algo se expandir dentro dela, como uma bexiga sendo inflada, a sensibilidade interna chegou ao extremo e ela sentiu suas pernas fraquejarem. V sentiu seus dedos serem pressionados pela intimidade de garota e encostou o rosto no dela; sendo bochecha com bochecha.
— Isso, Petit, goza. – ele pediu sussurrando, Petit significa pequena em francês, assim que ele a chamava quando estiveram na França, era como um apelido carinhoso que ele usava para pirraçar a garota, já que havia bastante diferença de tamanho entre eles. — Goza para mim!
Sooyan murmurou negativamente e balançou a cabeça.
Mesmo estando no nível máximo de sensibilidade e tomada por tesão, ela ainda não queria se entregar ao clímax – por querer que ele continuasse a acariciando.
V arfou quente e calmo no ouvido dela e disse baixo:
— Eu não estou pedindo! – ele a olhou admirando sua expressão contorcida de prazer quando aumentou a velocidade do vai-vem de seus dedos e o estímulo no clitóris da garota; Sooyan não teve como evitar o orgasmo poucos segundos depois.
As pernas dela fraquejaram e ela perdeu a força, V tirou a mão que abafava os gemidos dela e a segurou pelo meio para que não caísse, com calma ele tirou a mão de dentro da calcinha dela; seus dedos estavam sujos com um líquido viscoso, branco e quente.
Sooyan respirava ofegante, sentia seu corpo leve tanto quanto pesado, seu coração batendo tão forte no peito que parecia que iria rasgar a pele e pular para fora, sem dúvidas aquele foi um dos melhores orgasmos que ela já havia tido, principalmente por quem a fez ter.
– Sooyan. – V chamou seu nome.
A garota engoliu com dificuldade e se forçou a firmar as pernas, ela ficou ereta e olhou o rapaz nos olhos, a expressão dele dividida entre serenidade e tensão, o que a deixou confusa.
– Eu te amo. – V disse.
Como se uma gaiola de pássaros tivesse sido aberta os entregando a liberdade em um momento inapto durante uma forte ventania, a garota sentiu seu estômago revirar, mas no peito pôde ouvir seus batimentos ecoar como se sua alma tivesse deixado seu corpo vazio. Ela ficou alguns minutos em choque, embora tivessem sido poucos, para ela pareceu uma eternidade.
Ela abriu a boca sem saber o que iria falar, mas antes mesmo que fizesse uso de suas cordas vocais alguém bateu três vezes na porta atrás dela.
– Sooyan, você está aí? – era uma voz feminina.
V e a garota permaneceram em silêncio se encarando, ela estava em êxtase, desacreditada do que havia escutado, a frase que nunca pensou que ouviria vinda dele. Os olhos dela começaram a se encher de lágrimas e o branco foi tomado por uma leve vermelhidão.
– Sooyan, você está aí? É a Yind.– insistiu a voz do outro lado. – Os gerenciadores do evento estão te procurando, o desfile vai começar e precisam de você.
Uma única lágrima carregada de um turbilhão de sentimentos, que parecia pesar mais de uma tonelada, escapou de um dos olhos de Sooyan e deslizou depressa pelo seu rosto, ao chegar na mandíbula ela pingou e caiu no braço de V sobre a manga de sua camisa; o som do impacto pôde ser ouvido por ambos.
V sabia que ela havia entrado em choque, ele tinha consciência de tudo o que ela já tinha enfrentado em relação a ele, sabia que depois que desvalorizou a mesma frase quando foi ela quem disse, as coisas poderiam ter mudado. Mas ainda que ele não tivesse tido coragem o bastante para retribuir antes, ele sentia o mesmo desde o começo, ou talvez até antes.
– Sim, a Sooyan está aqui. – V disse alto para que pudesse ser ouvido do lado de fora. – Ela teve um problema com o vestido, mas ela já vai sair.
– Diz a ela para vir depressa, por favor. – pediu Yind.
– Tudo bem, pode ir na frente. – ele disse.
V ouviu passos se afastando e deduziu que a garota tivesse voltado para o salão principalmente.
Sooyan ainda estava imóvel olhando o rapaz.
V se afastou um pouco e abaixou a cabeça depois de suspirar, ele deu uma rápida olhada para o lado e viu em cima da penteadeira uma caixinha de lenços de papel, ele foi até a mesma, pegou alguns e limpou a mão, ele voltou para perto de Sooyan e a olhou.
– Eu vou sair primeiro. – ele disse calmo, se olhou para garantir que o colete estivesse limpo, e ao abaixar o olhar viu seu paletó no chão, ele se baixou e pegou o mesmo. – Pega, não vai lá para fora sem isso.
Sooyan piscou algumas vezes e desviou o olhar para a mão dele lhe estendendo o paletó, ela esticou o braço com lentidão e pegou a vestimenta.
V a olhou por um tempo, sabia que ela precisaria digerir o que aconteceu e ouviu antes de dizer algo racional, ele se aproximou dela e beijou-lhe a testa, em seguida saiu do camarim fechando a porta e deixando a garota sozinha com seus pensamentos.______________________________________________________
Autora passando para te lembrar de deixar a ⭐ no capítulo atual e nos anteriores também 🥰💕☯️
VOCÊ ESTÁ LENDO
v2 - Not Celebrity • Want You Stay
FanfictionDepois de quase morrer e ter a vida virada de ponta cabeça, Sue-Yang decide assumir outra identidade e viver sua vida longe daqueles que contribuíram para seu colapso mental. Mas o passado bateu em sua porta [...]