24. A fúria de um ídol militar.

24 6 7
                                    

Jung Wook estava de pé parado no canto de sua sala, ele olhava a cidade pela gigantesca janela de vidro, a voz de Sooyan ecoando na mente dele, dizendo o quando ele era repugnante, e o olhar de desprezo da garota...
Ele estava com uma das mãos no bolso da calça e a outra massageando o pescoço, sua garganta estava irritada devido a força com que Dong-Seok o apertou.
O CEO estava furioso com a lembrança das falas da garota, ter dado aquele tapa nela não foi o suficiente para colocar sua raiva para fora.
– Aquela vadia insolente. – ele disse consigo mesmo.
O telefone na mesa tocou, e ele andou sem pressa alguma até a frente da mesa, tirou o mesmo do gancho e apertou o botão de alto-falantes.
– O que é agora? – ele perguntou áspero.
– Senhor! – a voz da recepcionista estava trêmula e o nervosismo era notável. – É o Kim Taehyung do Big Hit... ele... está no prédio!
– O quê? – Jung Wook perguntou sentindo um desespero crescer no peito. – Não deixe ele subir.
– Ele já subiu. – disse ela. – Eu tentei impedir, mas ele passou direto pela recepção e pegou o elevador.
– Mande os seguranças para cá agora mesmo! – o homem pediu em desespero.
Mal terminou sua fala e a porta foi aberta com um chute, ele se virou e V avançou o acertando com um sono no rosto que o fez cair sobre a mesa derrubando o telefone, alguns arquivos e um porta canetas.
– Seu desgraçado, eu vou acabar com você. – rosnou V agarrando no pescoço do homem e desferindo socos em seu rosto.
Jung Wook tentava lutar para se defender, mas era em vão, V estava possesso, tomado de raiva e ódio do CEO, não só pelo que ele disse e fez a pouco com a mãe de seu filho, mas sim por tudo o que fez com ela desde o começo.
Depois de dar vários socos no homem V o arrastou pela mesa derrubando tudo que estava sobre ela e o jogou no chão, ele desferiu um chute bem no meio do estômago do Wook que se contorceu se abraçando pelo meio ficando em posição fecal.
V se afastou ofegante alguns passos, seu coração disparado, seu sangue fluindo tão rápido quando as cataratas do Niágara; ele respirava forte por conta da ação com adrenalina.
Ele olhou seu punho, estava machucado na região dos ossos dos dedos com o punho fechado, mas ele não sentia doer, entre seus dedos havia sangue, mas era dele, era dos ferimentos nos lábios e do nariz do CEO.
Ele se aproximou do homem no chão que se encolheu quando o viu ir em sua direção.
– Não, não, não, espere, por favor. – suplicou Wook em desespero.
V se agachou na frente dele e olhou novamente seu punho, agora, depois de controlar sua respiração e seu sangue fluir um pouco mais lento, ele sentiu seu punho latejar, mas sacudiu a mão e apoiou a mesma no joelho.
– Se mencionar o meu filho, ou chegar perto da Sooyan outra vez... – V levou a mão calmamente no pescoço do CEO, mas quando o segurou apertou com força, o homem grunhiu sendo esganado. –... eu posso até perder tudo, mas eu juro por Deus que eu mato você na porrada.
Jung Wook bateu no braço V como uma súplica para o soltasse, o homem com os olhos esbugalhados começou a mudar de cor e colocou a língua suja de sangue para fora por não conseguir respirar.
– Você entendeu?! – V perguntou baixo, de forma arranhada e agressiva, ele apertou um pouco mais o pescoço do CEO que assentiu desesperado.
– S-s-sim. – Wook disse baixo, rouco e arrastado.
– "Sim" o quê? – V perguntou apertando ainda mais a garganta do homem.
A mão grande do ídol militar segurava a garganta do CEO faltando pouco para os dedos se fecharem envolvendo todo o pescoço, que era apertado com uma força tremenda a ponto do ar ser impedido de passar, Wook chegou a tentar alguma pronúncia em resposta mas não conseguiu devido a pressão contra sua traquéia, os olhos dele ficaram vermelhos como se fossem sair da orbita, ele olhou fundo nos olhos de V, que possuía um olhar frio, carregado como um amontado de nuvens densas durante uma tempestade.
V assistiu o homem com o rosto ensanguentado começar a tremer, seus olhos começaram a revirar e ele começou a desfalecer pela falta de oxigênio.
Antes que Jung Wook desmaiasse por completo V o soltou; não por querer. Três seguranças entraram as pressas na sala do CEO e agarraram V por trás, eles o puxaram e dois deles o imobilizaram segurando-o cada um em um dos braços.
– Me solta. – disse V tentando se soltar. 
Jung Wook começou a grunhir feito um animal tentando tomar fôlego, tossiu algumas vezes como um idoso com problemas respiratórios e cuspiu sangue no carpete, o segurança número 3 se aproximou do CEO e o ajudou a se levantar.
– Senhor, está tudo bem? – ele perguntou vendo o estado do homem.
Ao ficar de pé o Jung Wook empurrou para longe o segurança que o ajudou, ele respirava ofegante e sentia os cortes pulsando em seu rosto, ele olhou para V imobilizado.
– Seu moleque miserável. – ele disse, sua voz espeça, ele cambaleou alguns passos em direção ao rapaz e o acertou com o soco no rosto.
V mal sentiu, já que o homem não havia recuperado suas forças, e nem mesmo antes ele possuía força o suficiente para machuca-lo seriamente, ainda assim um pequeno corte foi feito no meio do lábio inferior de V e uma poça rasa de sangue começou a se formar.
– Acha que pode vir aqui na minha empresa e partir para cima de mim sem ter consequências? – Wook perguntou olhando V nos olhos.
O rapaz imobilizado retraiu o lábio inferior para dentro de boca; para trás do lábio superior, e sugou as gotas de sangue que vazaram do pequeno corte, ele cuspiu bem no meio no rosto do CEO.
– Acha que eu tenho medo de você? Acha que estaria consciente agora se não fossem seus capachos? – ele perguntou olhando o homem, ele deu um riso baixo. – Esqueceu de como a um minuto atrás você estava me implorando igual uma puta para que eu não te batesse mais?
Jung Wook fechou os olhos recebendo a cusparada com sangue no meio da cara, enojado ele pegou a ponta da gravata e se limpou enquanto ouvia V.
– Ora, seu...
Wook atacou V com um soco no estômago e outro no rosto, quando o CEO avançou para atacar novamente o rapaz imobilizado pelos dois seguranças, o segurança n3 o segurou.
– Pare com isso, senhor. – ele disse segurando o braço de Jung Wook. – O senhor pode ter problemas por isso.
O CEO estava com a respiração pesada e olhou o segurança n3, ele puxou seu braço que estava sendo segurado e deu um tapa na cabeça do homem.
– Acha que eu vou ter problemas? Acha que eu tenho medo dele? – ele olhou para V, que ainda possuía um olhar de fúria que transparecia que partiria para cima dele a qualquer milésimo de vacilo, em seguida olhou para os dois seguranças que o imobilizava. – Joguem o lixo fora, esse tipo de merda vai manchar nossa imagem.
Os dois seguranças assentiram e saíram da sala levando V consigo, o rapazes se debateu algumas vezes tentando se soltar, mas só teve sua liberdade de novo somente quando os seguranças o soltaram na calçada dos fundos da empresa.
– É melhor que não volte mais aqui. – um dos seguranças disse a ele, e deu-lhe as costas voltando para a empresa junto com o outro.
V puxou sua camisa para desamassa-la, passou os dedos nos lábios onde sentia pulsar e olhou a mão, notou um o pouco de sangue mas não se importou.
– Aquele filho da puta. – ele disse consigo mesmo pensando no CEO, ele saiu caminhando para ir embora dali.
Enquanto na JYP, Jung Wook estava parado no canto da sala com a não no rosto enquanto o segurança n3 recolhia as coisas do chão e colocava na mesa.
– Aquela vadia misericórdia. – disse Wook. – Já voltou transformando minha vida em um inferno.
– O que o senhor disse a ela em relação ao Hyunjin? – perguntou o segurança ajeitando a mesa.
– Eu não disse nada, ela pode ter vindo aqui com toda aquela certeza, mas não tem nenhuma prova. – disse o CEO. – Mas tirar a coleira dos cachorros e solta-los em mim foi a pior decisão que ela poderia tomar.
O segurança n3 se levantou com algumas coisas na mão que recolheu do chão e as pôs sobre a mesa, ele olhou o CEO.
– O que o senhor pretende fazer?
Jung Wook ficou como olhar perdido pensativo por alguns segundos e logo olhou o homem.
– Eu vou dar uma lição neles, começando por esse militarzinho de merda. – ele disse. – Onde está o Burnout?
– Ele ainda não voltou do Japão, senhor. – disse o segurança.
Wook murmurou pensativo.
– Vá procurar o Park Jan. – ele disse. – Quando encontra-lo traga-o até aqui.
– Sim, senhor. – o segurança abaixou a cabeça em uma reverência, as mãos cruzadas para a frente. – E quando ao Hyunjin?
Wook respirou fundo e foi até sua cadeira, ele se sentou recostado.
– Esse aí não vai mais nos causar problemas. – ele disse. – Mas aquela vadia não vai parar de procura-lo, também vou ter que dar um jeito nela e naquele animal raivoso que ela trouxe.
– O que o senhor pensa em fazer? – questionou.
Wook deu um sorrisinho de canto elaborando mentalmente seu plano.
– Espere e verá. – ele disse. – Agora vá, e traga o Park Jin.
O segurança fez que sim, o reverenciou e saiu da sala.

_______________________________________________________

Autora passando para te lembrar de deixar a ⭐ no capítulo atual e nos anteriores também 🥰💕☯️

v2 - Not Celebrity • Want You StayOnde histórias criam vida. Descubra agora