5. Enfim... "Pais".

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Durante os quarenta minutos que V e Sooyan entraram no quarto para conversar, eles estava em silêncio. Ambos admirando o bebê adormecido no berço, por alguns momentos a garota desviou o para V que pareceu não notar que estava sendo observado.
Parte dela estava com medo, preocupada em com como seria sua vida a partir da readmissão de V nela, agora tendo uma participação frequente e obrigatória, em vários momentos veio a mente dela a breve relação tóxica que eles tiveram e ela estremeceu diante as recordações.
A pouco quando se reencontraram na sala já iniciaram uma discussão, e aquilo a fazia temer que aquele clima viesse a ser frequente, porque sua maior preocupação agora era evitar que seu filho crescesse em um ambiente hostil como o que ela e sua irmã haviam crescido.
— Olha só para ele, tão pequeno... — V disse baixo, finalmente quebrando o licencio, enquanto admirava seu bebê.
Sooyan não sabia o que dizer, e na verdade não queria ter que dizer algo, mas a conversa precisava ser iniciada, eles precisavam criar um plano de rotina de agora em diante.
— Taehyung, olha...
— Qual o nome dele? — V perguntou interrompendo a garota.
Sooyan suspirou um tanto frustrada.
— Park Jin Eun-ho. — ela contou.
V finalmente a olhou desde que entraram no quarto.
— Não tinha um nome maior?
Ela o encarou por um instante e sentiu a mão coçar para estapia-lo.
— Eu estou brincando. — disse o rapaz voltando a atenção para o bebê. — É um bom nome, eu gosto de Eun-ho.
Sooyan suspirou aliviada por aquele infeliz comentado ser brincadeira - embora fosse verdade.
— Park Jin era o nome do meu pai. — ela contou também voltando a olhar o bebê.
— Então eu gosto ainda mais. — disse V depois de uns segundos em silêncios.
Sooyan reuniu coragem para tentar iniciar novamente a conversa que precisariam ter.
— Taehyung, olha...
— Eu não acredito que você me deu um filho. — V interrompeu Sooyan mais uma vez.
A garota ficou surpresa em ouvir aquilo, e confusa por não idênticas o tom daquelas palavras, mas ela respondeu.
— Eu não queria ter dado.
V a olhou subitamente.
— Eu quero dizer... se não fosse pelo Namjoon, você não saberia sobre ele.
— Você ia esconder ele de mim até quando? — ele perguntou. — Isso porque não queria que ninguém soubesse que você está viva?
— Não. — ela disse. — Isso por saber que você nunca escolheria ter um filho, e que o que nós tivemos não foi nada, por isso o que resultasse não faria diferente para viver.
V reconheceu suas próprias palavras na fala de Sooyan, "o que nós tivemos não foi nada", porém ele não identificou se ela usou aquilo contra ele, ou se falou de forma espontânea, sem recordar: então ele abstraiu aquela parte.
— E não escolheria mesmo. — ele disse, e voltou o olhar para o bebê. — Mas não pode dizer que não faria diferença para mim. Aconteceu. Transamos tantas vezes que era de se esperar que pudesse resultar em um bebê.
Sooyan estremeceu quando uma fusão dos momentos em que transou com o rapaz veio a sua mente em um único segundo, ela engoliu a seco e abstraiu.
— Só precisa transar uma vez para ter a chance de uma possível gestação, sabia disso? — ela informou com ironia. — Mas, eu ainda não entendo como aconteceu.
— Nós transamos várias vezes sem proteção. — ele a lembrou. — Transar assim da nisso.
Sooyan estremeceu novamente por recordar.
— Será que dá para você parar de repetir a palavra com T? — pediu.
— Transar? — V perguntou com ironia.
— É! — ela respondeu com um pouco de raiva.
V sorriu disfarçadamente por tê-la irritado propositalmente, ele suspirou.
— Só por termos feito tantas vezes, com ou sem proteção, a possibilidade já existia. — ele disse. — Mas você não usava nenhum tipo de remédio de prevenção? Eu pensei que tomasse, por causa da ninfomania.
Aquele infeliz comentário a fez lembrar que o odiava.
— Você me ofende perguntando isso. — pausou. — Por acaso tem alguma dúvida que ele seja seu filho?
— Aaaah, isso eu não tenho, não. — disse V reconhecendo todos os seus traços refletidos no pequeno Eun-ho.
— Você continua me ofendendo com o modo que fala as coisas. — disse a garota. — Sem falar que você foi o único com quem eu me relacionei sem proteção durante toda a minha vida.
V olhou para ela, e ela notou um sorriso no canto dos lábios dele.
— O quê? — ela perguntou, com intensão de saber qual era a graça.
— Está falando sério? — ele perguntou. — Fui o único que você confiou a esse ponto?
A raiva que Sooyan sentia pelo garota ia e voltava como um pisca pisca de natal, e ela já estava se sentindo incomoda com aquela sensação.
— E-eu também não tive muita escolha, não, por várias vezes eu só me lembrava desse detalhe quando você já tinha começado. — ela disse.
— Está reclamando? Por que eu lembro muito bem de como você parecia gostar ainda mais quando estávamos sem. — comentou V, para o delicio interno da garota.
— iiiiih, será que dá para você parar de falar essas coisas? — ela se levantou da cama, onde estava sentada, V já estava de pé, inclinado sobre o berço, admirando sua mini versão desde que entraram no quarto. — A gente deveria estar falando de como vai ser sua inclusão na vida dele.
V esticou as costas ficando ereto, e esticou os ombros, ele suspirou.
— Em pouco tempo eu vou precisar cumprir o alistamento militar. — ele contou, e parte de Sooyan se entristeceu e estremeceu de preocupação, assim como o próprio sentiu. — Temos uma turnê agendada antes do Jin ser o primeiro a ir, eu vou cumprir essa agenda e cancelar os shows solo que estão marcados até a minha admissão.
— O quê? Não. — disse Sooyan. — Não precisa mudar suas programações.
— É claro que eu preciso, eu tenho mais uma responsabilidade agora. — disse V, e desviou o olhar para o bebê no berço, percebeu que ele havia acordado e havia permanecido ali bem quietinho:

v2 - Not Celebrity • Want You StayOnde histórias criam vida. Descubra agora