2. Maldita hora extra.

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O plano inicial de Sooyan era passar o final de semana com sua mãe, porém no dia seguinte que chegou recebeu uma mensagem de seu gerente pedindo para ela revisar e corrigir um trabalho com urgência, pois precisaria entregar o plano cedo na segunda de manhã. Como era domingo, ela preferiu voltar para casa depois do almoço e focar no que te foi pedido, afinal ela havia conseguido aquele trabalho com muito esforço, queria muito se manter nele e aquela hora extra seria a chance de conseguir uns pontos com seu gerente.
Quando chegou em casa Yuh não estava lá, então ela imaginou que a amiga teria saído para aproveitar o dia, então se sentou em uma cadeira a escrivaninha no canto de seu quarto e abriu o notebook para acessar o email com o plano de trabalho, ela abriu o mesmo e clicou no link anexado para o download dos arquivos.
Algumas horas se passaram enquanto ela realizava esse trabalho, precisou de algumas pausas para algo mais importante e no começo da noite ela mal tinha chegado a metade pela necessidade das pausa.
Ouviu o barulho da porta da sala e respirou aliviada por Yuh ter voltado para casa, para que então pudesse pedir sua ajuda, ela se levantou e saiu do quarto para ir de encontro com a amiga.
— Yuh, será que você pode...
Mal pôde concluir sua fala e foi interrompida por um grito de susto da garota que não estava sozinha.
Sooyan virou rápido de costas pelo constrangimento de ver a amiga atracada nos braços de um homem alto aos beijos.
— VOCÊ NÃO TINHA IDO PARA A CASA DA SUA MÃE? — Yuh gritou sem perceber por conta do nervosismo.
— Tinha, mas eu precisei voltar por conta de um trabalho. — justificou Sooyan ainda de costas pelo constrangimento.
— E-eu acho melhor eu ir embora. — disse o rapaz que estava Yuh.
— É, é melhor você ir. — Yuh deu um pigarro nevosa e ajeitou a roupa.
— Eu não quero atrapalhar a noite de vocês, leva ele para o seu quero. — disse Sooyan, então ela se virou. — Eu só passo que vocês não faç...
— Não. — Yuh tentou dizer antes que Sooyan se virasse, mas já era tarde.
Sooyan interrompeu sua própria fala quando reconheceu o rapaz que estava com a amiga, e ele arregalou os olhos quando viu o rosto da garota.
— S-ue-Yang? — ele piscou forte achando que estava vendo uma miragem, ou até mesmo um fantasma.
Sooyan se virou de costas para o rapidez novamente, seu coração acelerou e ela sentiu um gelo no peito.
Que droga, porque ele está aqui?, pensou cosigo mesma.
— É melhor você ir embora. — Yuh pegou no braço do garoto para que ele se retirasse.
— Não, espera. — ele afastou a mão de Yuh, deu a volta na outra garota parando em sua frente e confirmou que não viu errado. — Sue-Yang, você está viva?!!!
Sooyan engoliu a seco vendo o rapaz parar em sua frente e olhar fixamente em seu rosto.
— Namjoon, eu posso explicar.
— Como é que você está viva e ninguém falou sobre isso? — Namjoon estava com a expressão nitidamente confusa e espantada.
— Por favor, você não pode contar. — pediu Sooyan entrando em nervos por ter sido descoberta por mais um.
Yuh se aproximou de Namjoon e segurou seu braço.
— Nam, por favor... É melhor você ir embora, depois a gente fala sobre isso.
Namjoon a olhou. — Eu falei várias vezes a você como o Jungkook estava por ela estar desaparecida a tanto tempo, e você nunca me falou nada.
— Olha, é complicado. Ela não é mais a Sue-Yang, é a Tak Soo-yan agora. — Yuh disse sem jeito.
— Eu pedi a ela para não contar, ela só respeitou a minha decisão, não tem que brigar com ela. — Sooyan tentou amenizar a situação da amiga.
— Tak Soo-yan? Que conversa maluca é essa? — ele pausou. — Você sabe o que a polícia pode fazer se descobrir que você está viva e nunca foi prestar nenhuma explicação? — Namjoon se dirigiu a outra garota. — O Jungkook ainda vai a delegacia duas vezes ao mês saber sobre as investigações. Já tem um ano, Sue-Yang, como é que você está viva? Como foi que você saiu daquele carro?
Pela elevação da voz do rapaz, as garotas sabiam que ele não iria aceitar manter o segredo de sua nova idade.
Suyí começou a tremer de nervoso.
— Namjoon, por favor, eu...
Um choro infantil ecoou interrompendo a conversa.
FERROU, as garotas pensaram em conjunto.
Namjoon olhou na direção do quarto e voltou a atenção para as garotas.
— Isso é um bebê?
Sooyan correu para o quadro e pegou no colo o pequeno serzinho que estava deitado em sua cama cercado por travesseiros, ele havia despertado pela elevação voz do rapaz na sala.
— Shh, shh, shh, está tudo bem, meu amor, já passou, já passou. — Sooyan sussurrou para o bebê enquanto o balançava devagar, logo ele parou.
— De quem é aquele bebê? — Namjoon questionou a Yuh, sua expressão ríspida e confusa ao mesmo tempo.
Yuh não sabia o que dizer, não sabia como sair daquela situação.
— Namjoon, olha, eu te disse que dividia apartamento com uma amiga.
— É, só esqueceu de mencionar que a amiga em questão era a Sue-Yang. — ele foi irônico. — De quem é aquele bebê?
— Isso não é da sua conta, é a vida dela. — disse Yuh. — É melhor você ir embora.
Naquele momento tinha ficado claro para todas as partes que a relação que Yuh e Namjoon tinham desde o último ano, quando ele a levou para jantar, havia ficado por um fio. O rapaz se sentia traído, enganado e estava terrivelmente decepcionado por ver a relutância da garota em sua frente.
Namjoon deu de ombros e foi em direção ao quarto.
— O q- , não, volta aqui. — Yuh tentou impedir que ele fosse até la, mas não conseguiu.
Namjoon viu o bebê no colo de Sooyan e se aproximou.
— Está brincando comigo? — ele olhou para Yuh.
— Namjoon... — ela não sabia o que dizer.
Namjoon voltou a atenção para Sooyan com o bebê no colo.
— Olha a cara dele. — ele comentou espantado, vendo a clara semelhança do bebê com seu pai.
— Namjoon, por favor... — Sooyan implorou a ele, sua expressão tristonha e preocupada, seus olhos molhados, coração pesado de medo e aflição...
Namjoon olhou para o bebê que já o olhava.
Seu coração se acalmou e se aqueceu ao ver aquelas bochechas gordinhas e olhinhos puxados, ele sorriu deixando sua covinha aparente e fez um carinho na mãozinha do bebê.
Sooyan e Yuh, por um momento, tiveram a esperança de que Namjoon aceitasse manter o segredo que as duas tinham - segredo esse mais de Suyí do que de Yuh, que era só uma cúmplice.
— Desculpa. — ele disse calmo, ainda fazendo carinho no bebê. — Eu não posso esconder isso.
Namjoon saiu do quarto e abriu a porta da sala, ele parou na soleira e tirou o celular no bolso.
Yuh e Sooyan se olharam, ambas com a expressão tristonha e olhos marejados.
— Sooyan, me desculpa... eu não sabia que vocês tinham voltado. — choramingou para a amiga ao se aproximar. — Eu não teria trazido ele para cá se soubesse que vocês estavam em casa.
— Está tudo bem, você não tem culpa. — Sooyan sorriu, mas uma lágrima escorreu: ela a limpou rápido. — Isso iria acontecer em algum momento, eu só não esperava que fosse tão cedo.
Namjoon, que já estava com o celular encostado no rosto esperando sua ligação ser atendida, parecia extremamente incômodo.
— Oi. Olha, eu preciso que você venha me encontrar, preciso que você veja algo. — ele disse quando atenderam do outro lado e pausou quando responderam. — Não faz perguntas, só venha logo, vou mandar o endereço por mensagem. Pode trazer ele também, é do interesse de vocês dois.
Namjoon finalizou a ligação e mexeu alguns segundos digitando algo em seu celular, logo ele voltou para dentro e se sentou quieto no sofá da sala, as garotas ouviram tudo que eu disse na rápida ligação.
Yuh se aproximou mais de Sooyan e pegou o bebê em seu colo por notar a cor sumir do rosto da amiga.
Sooyan se sentou na cama e cobriu o rosto com as mãos, ela não podia acreditar que em tão pouco tempo sua nova vida iria desmoronar desse forma, aquilo que ela tentou proteger com todas as forças agora estava vulnerável.
— Sooyan, me desculpa. — Yuh pediu mais uma vez.
— Está tudo bem. — ela disse mais uma vez olhando a amiga e forçando um sorriso. — Se não fosse por você eu não teria conseguido ficar longe de tudo por tanto tempo.
Yuh suspirou e sentou com o bebê ao lado da amiga.
" Na verdade todos nós estamos aqui, viemos a trabalho, mas não vamos ficar muito tempo ", a voz de Changbin ecoou na mente de Sooyan.
Ela se levando rápido e pegou seu celular, abriu o aplicativo de mensagens e enviou uma, que dizia: "preciso de você, venha o mais rápido que puder!"
C

erca de meia hora depois alguém bateu na porta, Suyí e Yuh se olharam apreensivas, Namjoon quem se levantou para atender a porta, já que imaginava de quem se tratava: mas para sua surpresa não era.
— Hyunjin?!
— Kim Namjoon? — Hyunjin ficou tão surpreso quanto, por ver quem o recebeu.
— Hyunjin Hyung. — Sooyan correu e abraçou Hyunjin, que retribuiu o abraço.
— Oi, como você está? O que aconteceu? — Hyunjin perguntou a ela em seu abraço.
— Espera aí... — Namjoon franziu a expressão e cruzou os braços. — Você sabia que ela estava viva?
Sooyan e Hyunjin se afastaram, mas ele continuou ao lado do garoto.
— O que você está fazendo aqui? — Hyunjin perguntou confuso.
— O que VOCÊ está fazendo aqui?! — Namjoon devolveu a pergunta com ênfase.
— Ele... ligou para eles. — Sooyan contou.
Hyunjin ouviu a garota e olhou Namjoon.
— Por que você veio se meter aqui?
— Por que você ajudou a esconder que ela está viva? — Namjoon pausou. — Não lembra da repercussão do caso?
— Ela é adulta, ela quem sabe da vida dela. — disse Hyunjin em defesa da garota. — E você deveria estar cuidando da sua também, deveria ter ficado quieto.
— Mesmo não concordando eu ficaria. — disse Namjoon. — Mas tem um bebê nessa história, e eu suponho que você saiba disso. Seus amigos também sabem que ela está viva?
— Ela não quer que eles saibam. — disse Hyunjin e passou pelo rapaz entrando e parando no meio da sala: Sooyan ainda ao seu lado. — Muito menos que os SEUS amigos saibam.
— Você sabe que eles precisam saber. — disse Namjoon também entrando, e enfatizou: — Que ELE precisa saber.
— Você não tem o direito de decidir isso por ela. — disse Hyunjin olhando para Namjoon.
— E nem ela tem o direito de esconder isso dele, eles fizeram aquele bebê juntos. — Namjoon disse firme.
— Que garante a você tem que o bebê é de alguém que você conheça? — Hyunjin cruzou os braços.
Namjoon riu realmente achando graça daquilo.
— Você acha mesmo eu vou comprar essa história? Ou você achando que eu não vi o bebê? — Namjoon pausou. — Está na cara dele.
— De que adianta discutir sobre isso agora? — Yuh saiu do quarto com o bebê. — Não tem mais o que esconder, ele já está vindo para cá mesmo.
Hyunjin se aproximou de Yuh e pegou o bebê no colo.
— Oi, bebê. — ele abaixou o tom de voz para brincar com ele em seu colo. — Olha o titio Hyu aqui, sentiu minha falta?
O coração de Sooyan se aqueceu vendo Hyunjin sorrir para seu bebê, sempre se aquecia quando ela os via juntos.
TOC  TOC TOC, alguém bateu a porta.
Todos ali na sala se entre olharam e o coração de Sooyan pareceu que iria parar dentro do peito quando ela viu Namjoon indo em direção a porta e abrindo a mesma.

v2 - Not Celebrity • Want You StayOnde histórias criam vida. Descubra agora