OO7 | Talvez um adeus

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𝜗𝜚

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— DEFINITIVAMENTE NÃO era sua letra, não se preocupe com isso. - Aran me tranquilizava enquanto guardava seu material.

     Era fim de aula.

— Eu sei mas, a escola não sabe. - eu a espero, já havia guardado tudo fazia horas.

— E desde quando você liga? - era verdade.

— Desde que Ni-ki é amigo de Heeseung. Eles já devem estar sabendo.

— Você tá ligando mais pra homem do que eu. - Aran põem a mochila nas costas.

— Não é isso, ele é meu amigo. Nos conhecemos a tão pouco tempo, isso é constrangedor. - saímos da sala.

— Não é.

— É sim.

— Se ele achar que é verdade, vai tentar te juntar com Ni-ki. - descemos as escadas.

— Mas esse é o problema! Não é verdade e eu não quero Ni-ki.

— Leva as coisas de uma forma melhor, Yura. Daqui uma semana ninguém mais vai se lembrar disso. - queria que isso tivesse acontecido.

— E se lembrarem?

— Você é muito pessimista. - estávamos próximas da saída do bloco de salas. — A semana acabou de começar, temos muito pela frente. - eu vejo Jaeyun esperando a mesma mais a frente.

— Acho melhor eu já ir indo pra biblioteca. Até amanhã. - ela sabia o porquê da minha pressa. Sinto-a sorrir e a deixo.

     Queria evitar aquele grupinho o máximo possível.

     Queria me afundar de vergonha na minha cama.

     Mas, as prioridades sempre vinham primeiro.

     Eu passo pelo ginásio com a certeza que de dez pessoas, duas naquele local estavam me encarando.

     E se a carta fosse verídica, o que eles tinham a ver com isso?

     Abro a porta que daria de frente com o corredor de salas, e uma delas, a de dança.

     Passo rápido para a biblioteca, como se estivesse fugindo.

— Bom dia, Yura. Está tudo bem? - não estava, senhora Lim.

— Na verdade, sim. - respiro.

     Se eu agisse daquela maneira, pareceria que estou correndo algum risco por causa da carta. Sendo que não estou, já que ela é falsa.
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— Boa semana, senhora Lim. - saio do cômodo. Ufa, hoje foi difícil focar.

     E para o meu azar, abro a porta e vejo um rosto nada bom:

— E então? - Nishimura estava ali fazia pouco tempo, parecia.

— Não entendi. - ajo normalmente.

— Sou seu amado? Que história é essa?

— Não sei do que está falando. - decido apelar pra esse lado.

— Não se faça de idiota, eu pedi a Jungwon perguntar a você sobre a carta. - merda.

— Você conhece Jungwon?

— Não vem ao caso, você realmente tem sentimentos por mim? - paro por vergonha e ele percebe. Afinal, ainda estávamos na porta da biblioteca. Bem, pelo menos ela estava fechada. — Viu? Eu sabia que estava obcecada por mim. Olha, não quero te magoar. Mas eu não posso retribuir..

— A letra claramente não é minha, você é imbecil? - me defendo.

     Agora, Ni-ki para.

     Decido pegar a minha anotação mais recente.

— Aqui, essa é a minha letra. - abro de novo a mochila com o meu caderno de aula. — Não é a minha letra, eu nunca gastaria meu tempo com você.

     Ele pega o celular para fazer uma comparação.

— Não está tentando desmentir fingindo uma letra feia na carta, certo? - ele levanta a cabeça, fazendo com que seus olhos fixassem no meu. Nossa.

— Por que eu faria isso?

— Porque gosta de mim.

— Eu já falei que não gosto, essa carta é falsa. - Ni-ki me devolve toda a papelada.

— Ok... Se quer assim, vou fingir que essa declaração nunca aconteceu para que todos esqueçam logo. - ele agia como se o que estivesse escrito fosse real.

— Todos quem?

— Minha turma, talvez uma parte da escola, algumas garotas, meus amigos... Heeseung e Jaeyun. - Ni-ki especifica com intuito de me intimidar.

— Tá, eu estou de consciência limpa que não escrevi isso. - termino de fechar o zíper da mochila. — Obrigada pelo seu tempo, tchau.

     O deixo sozinho.

     No caminho até o carro, foi como uma recapitulação da minha aproximação com Ni-ki.

     Eu tinha decidido mentalmente me afastar dele. Eu sabia que Heeseung é do tipo provocativo. O que Ni-ki devia estar ouvindo, era sacanagem. E o que eu iria ouvir, seria pior.

     O que eu não contava, era que Ni-ki também tinha tomado essa decisão.

𝗩𝗘𝗡𝗨𝗦, n. ni-kiOnde histórias criam vida. Descubra agora