O22 | Queimando por sua causa

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𝜗𝜚

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     NAQUELE DIA, acordei com uma luz forte batendo no meu rosto. Logo despertei, percebendo que o Sol da manhã seguinte raiava.

— Mãe? - pergunto ao enxergar a mesma pressionando meu braço.

— Bom dia, amor. Não mexa o braço, estou medindo sua temperatura. - decido obedecer sem questionar.

     Havia um pano úmido na minha testa, imaginei que minha mãe estivesse ali há algum tempo.

— Que horas são? - as palavras saiam de forma enrolada da minha boca.

— Perto das dez horas da manhã.

     Eles estão no intervalo, penso comigo mesma.

— Ontem você apagou cedo, Ni-ki ficou conversando comigo por algumas horas. - mamãe conta. — Pelo visto, andou ensinando-o física.

— Sim, ele é um bom aluno.

     Não tinha avisado a Aran sobre minha falta.

     Mamãe retira o termômetro de mim.

— 38,1°C. - ela me olha abatida pela situação em que me encontrava. — Você está febril. Vou fazer um suco cítrico natural para você.

     A mais velha se retira do cômodo sem mais delongas.

     Olho para a janela na intenção de me distrair, já que a realidade estava um pouco miserável.

     Gostaria de tomar uma ducha gelada, mas qual era a probabilidade de levar um tombo?

     Retiro a toalha molhada de mim. Lembrar que tinha algo úmido em cima de mim era incomodativo. A ponho na bancada do lado da minha cama.

     Mamãe talvez demorasse.

     Não há mais nada do que eu possa fazer. Eu permaneci ali, imóvel.

     Me afundo na cama, colocando mais cobertas perto do meu pescoço.

     Meus olhos, então, começam a se fechar involuntariamente. Até o momento em que dou de frente com o escuro resultante dos olhos cerrados.

     Mas, antes de entrar em um sono profundo, ouço o barulho de um canudo roçando num copo de vidro vindo em minha direção.

     A porta se abre.

— Yura? Acorde, seu suco chegou. - sinto uma força afundando a cama ao sentar do meu lado.

     Minhas pálpebras estavam cansadas demais, era como se houvesse pedras nelas.

— Yura. - a voz coloca o copo na bancada do pano. — Yura, sou eu, Ni-ki.

— Ni-ki? O que está fazendo aqui? - pergunto.

     Saber da presença do garoto me faz ter mais motivos para abrir os olhos.

𝗩𝗘𝗡𝗨𝗦, n. ni-kiOnde histórias criam vida. Descubra agora